A Agência Europeia do Medicamento (EMA) anunciou esta quinta-feira que está a analisar os dados sobre a utilização do anticorpo monoclonal VIR-7831 no tratamento da Covid-19, para apoiar os países na decisão sobre o uso deste medicamento.

“A EMA está a iniciar esta revisão para apoiar as autoridades nacionais que podem decidir sobre o uso deste medicamento para a covid-19 antes da sua autorização de introdução no mercado”, adiantou o regulador europeu em comunicado.

Segundo a EMA, esta análise incluirá os dados de um estudo que compara os efeitos deste anticorpo com o de um tratamento simulado (placebo) em doentes infetados com o SARS-CoV-2 com sintomas leves a moderados, mas que apresentavam um alto risco de evolução grave da doença.

Este medicamento foi projetado para se ligar à proteína “spike” do SARS-CoV-2, limitando a capacidade do vírus de entrar nas células do corpo, e os especialistas da EMA esperam que, desta forma, possa reduzir a necessidade de hospitalização em pessoas infetadas pelo novo coronavírus.

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Os resultados preliminares indicam que o VIR-7831 reduziu o risco de hospitalização por mais de 24 horas ou de morte em 85% em comparação com o placebo”, adiantou ainda a EMA.

O Comité de Medicamentos Humanos (CHMP) da EMA vai estudar como o medicamento evita a hospitalização e a morte em pacientes com Covid-19 não hospitalizados e que não requerem o uso de oxigénio, assim como os dados sobre a sua qualidade e segurança.

“Embora se preveja o início de uma análise mais abrangente antes de um possível pedido de autorização de introdução no mercado, esta revisão fornecerá recomendações a todas as autoridades nacionais da União Europeia, que, assim, podem tomar decisões baseadas em evidências sobre o uso precoce do medicamento”, explicou a entidade reguladora.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.974.651 mortos no mundo, resultantes de mais de 138,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.933 pessoas dos 829.358 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.