O parlamento debate esta sexta-feira a gestão da pandemia no pós-estado de emergência, numa interpelação suscitada pelo CDS-PP, que quer fazer a avaliação do processo de vacinanação e dos apoios à recuperação económica e social.

O debate, que começa às 10h00, contará com a presença de três secretários de Estado: Adjunto e da Economia, João Neves, Adjunto e da Saúde, António Sales e da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes.

O líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, defendeu, em declarações à Lusa, que o parlamento discutiu e votou durante meses as declarações de estado de emergência e os respetivos relatórios, mas há “uma avaliação que tem de ser feita” no pós-estado de emergência.

Do que é que foi feito de então para cá, do que é que está a acontecer, do que é que correu mal e está a correr muito mal e também de um ou outro aspeto que esteja a correr bem, como é evidente. Desde o fim do estado de emergência não temos este tipo de debates e achamos que este debate faz todo o sentido, designadamente no fecho do ano parlamentar”, sustentou.

Um outro aspeto que o CDS-PP quer ver explicado pelo Governo será a situação pandémica de Lisboa, um dia depois de o Governo ter imposto novas restrições neste território, devido à subida de casos Covid-19, disse

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“Nós temos ouvido várias explicações, desde os festejos futebolísticos, à questão dos jovens e dos eventos, há um conjunto de explicações. (…) Isto é uma interpelação ao Governo portanto nós queremos que o Governo nos explique na perspetiva do Governo exatamente o que é que falhou, e depois obviamente saber o que é que se vai fazer daqui para a frente”, adiantou.

Outro dos temas que estará em debate é o funcionamento dos certificados digitais de vacinação contra a Covid-19, que Portugal começou a emitir esta semana.

Por outro lado, um caso que é estranho e sobre o qual também não há dados que é estão a aparecer muitos casos com pessoas vacinadas e nalguns casos vacinadas com as duas doses. Menos letalidade, é certo, e isso é positivo, mas o que é que explica isso e se há ou não estatística sobre isso. Nós sabemos que a cobertura da vacina, nenhuma delas é total, mas a impressão que temos é que existem muitos casos de vacinados”, apontou.