O regulador russo dos ‘media’ Roskomnadzor bloqueou o acesso à página digital de Alexei Navalny, preso desde janeiro, e onde se publicavam as suas investigações sobre corrupção nas esferas do poder. Também foram bloqueadas outras páginas relacionadas com o opositor russo.

Segundo a equipa de Navalny, o regulador russo proibiu o acesso a navalny.com porque a página “continha informação que está proibida na Rússia”.

O regulador Roskomnadzor indicou que o bloqueio foi efetuado após um pedido da Procuradoria-Geral da Rússia.

Para além da principal página digital de Navalny, não estão disponíveis outras páginas relacionadas com o opositor, incluindo o site fere.navalny.com, elaborado pelos apoiantes do político para pedir a sua libertação.

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O número de páginas digitais relacionadas com o político que foram bloqueadas ascende a 47, disse a equipa de Navalny, na aplicação de mensagens Telegram.

A última investigação publicada na página de internet de Navalny antes do bloqueio relacionava-se com alegados negócios da família do presidente da Câmara baixa do parlamento russo, Viacheslav Volodin, assinalou o portal Meduza.

A 9 de junho, a Justiça russa ilegalizou o Fundo de Luta contra a Corrupção (FBK), vocacionado para revelar o enriquecimento ilícito entre os altos cargos russos, o Fundo para a Proteção dos Direitos dos Cidadãos (FZPG) e a rede das delegações de Navalny, ao declará-las “extremistas” e, desta forma, impedir os seus membros e seguidores de se apresentarem como candidatos aos diversos atos eleitorais.

A decisão implica que qualquer pessoa que se tenha associado a estas três organizações, ou as tenha apoiado de alguma forma, está impedida de se apresentar a cargos públicos por um período de cinco anos.

Para mais, os funcionários e os que estão empenhados em manter ativas as organizações proibidas, arriscam uma pena até seis anos de prisão.