O comando e corpo ativo dos Bombeiros Voluntários do Porto (BVP) revelaram esta terça-feira, em comunicado, haver na corporação apenas três voluntários ao serviço credenciados para emergência pré-hospitalar, sendo que os demais tripulantes de ambulância foram despedidos ou pediram transferência.

Em resposta ao comunicado da direção, tornado público na quinta-feira e onde esta acusa alguns efetivos da corporação de “ação concertada” para que, nos últimos dias, “a emergência médica não tenha sido assegurada, nem de dia nem de noite”, os visados devolvem as acusações.

Assinalando que “nem só o pré-hospitalar é considerado emergência no seio dos bombeiros”, os signatários do comunicado acrescentam que os efetivos em falta “saíram por se sentirem perseguidos pela atual direção”.

Os bombeiros revelam ainda que lhes foi “retirado todo o equipamento de proteção individual, bem como os rádios SIRESP e aparelhos respiratórios”, anunciando ter “documentação para o provar”.

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Dando conta de que os colegas que se mantêm no quartel “estão cansados e fartos de serem perseguidos pela direção”, ainda assim, sublinham os subscritores do comunicado, “são eles quem tem assegurado os serviços mínimos da associação”.

À acusação da direção de que foram o comandante José Carlos Coelho e alguns bombeiros os responsáveis pelo afastamento da coordenadora de serviço do quartel, respondem no comunicado que esta “foi suspensa pela atual direção, suspeita de desvio de fundos”.

As críticas prosseguem apontando falhas e ausências à direção da corporação, nomeadamente na inspeção feita pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil “em que nenhum elemento da direção apareceu”.

Neste cenário, os signatários reclamam a “reposição da legalidade e o normal funcionamento da associação”.

A Lusa tentou uma reação do presidente da corporação, Gustavo Barroco, mas até ao momento não foi possível.