A vacinação conjunta contra a gripe sazonal e contra a Covid-19 (também em reforço sazonal) vai ter início no dia 7 de setembro de acordo com o plano outono-inverno apresentado oficialmente esta sexta-feira na sede do Infarmed. Isto contando que as vacinas chegam no dia anterior, alerta o coronel Carlos Penha-Gonçalves, coordenador da task force de vacinação.

A vacina contra a Covid-19 a ser usada (em todos os grupos que já tenham sido vacinados antes) será a adaptada, ou seja, a que inclui uma componente contra a estirpe original e uma componente adaptada à variante ómicron. Estas vacinas chegarão a Portugal no dia 6 de setembro e vão começar a ser administradas no dia seguinte.

Já em relação à vacina contra a gripe será usada uma dose mais forte, sobretudo para os grupos mais vulneráveis.

Plano de vacinação contra a Covid-19 e gripe é apresentado esta sexta-feira

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

As primeiras pessoas a serem vacinadas são as que têm 80 ou mais anos e as que têm outras comorbilidades. Estas pessoas começarão a ser contactadas ainda esta sexta-feira, para começarem a ser vacinadas no dia 7 de setembro (de forma limitada) e no dia seguinte de forma generalizada. Mas a vacinação não está limitada ao agendamento, uma vez que haverá também casa aberta.

A idade recomendada para a vacinação depende da vacina: acima dos 60 anos contra a Covid-19 e acima dos 65 anos contra a gripe; para pessoas com comorbilidades, acima dos 12 anos contra a Covid-19 e acima dos seis meses contra a gripe.

As pessoas serão chamadas consoante a faixa etária (acima dos 80 anos, acima dos 70 e, finalmente, acima dos 70 anos). Quando todas as pessoas de uma determinada faixa etária estiverem contactadas, ainda que não estejam todas vacinadas, dá-se início ao contacto da seguinte faixa etária. A casa aberta será aberta para uma determinada faixa etária quando 80% deste grupo estiver vacinado.

Todos os residentes e profissionais nos lares e unidades de cuidados continuados, assim como todos os profissionais de saúde serão vacinados com ambas as vacinas. As grávidas também integram os grupos de risco.

Covid-19. EMA autoriza novas vacinas contra Omicron

A Comissão Europeia autorizou duas novas vacinas contra a Covid-19 que correspondem à atualização das duas vacinas de mRNA (a da Pfizer e a da Moderna). Estas vacinas contêm, em partes iguais, uma componente que pretende desencadear a produção anticorpos contra a estirpe original e outra componente que vai desencadear a produção de anticorpos contra a variante ómicron.

A compra das vacinas contra a Covid-19 para serem usadas de acordo com o plano de outono-inverno já estava acordada entre a Comissão Europeia e as duas farmacêuticas. Como as vacinas adaptadas foram aprovadas serão essas a ser entregues para cumprir o plano. Serão entregues na terça-feira mais de meio milhão de doses de uma vacina e mais de 100 mil doses de outra, disse Rui Ivo.

Estas vacinas só poderão ser dadas a quem já tenha a vacinação primária (as duas primeiras doses) e deve ser dada três meses depois da última vacina contra a Covid-19. As vacinas adaptadas serão usadas não apenas no plano outono-inverno, de vacinação simultânea com a gripe sazonal, mas também como vacina de reforço a quem não esteja incluído nos grupos de risco, mas seja elegível para uma nova dose.

Estas vacinas adaptadas mostraram-se mais eficazes na proteção contra a variante ómicron e igualmente eficazes contra a estirpe original, referiu Rui Ivo, presidente do Infarmed.

Covid-19. Incidência pode aumentar no outono e regresso de férias favorece contágios, diz investigador

A campanha destina-se a três milhões de pessoas e durará cerca de 100 dias, até 17 de dezembro, informa o coordenador da vacinação contra a Covid-19 do Ministério da Saúde. Prevê-se que em cada semana seja possível vacinar 280 mil pessoas, em 397 pontos de vacinação — dois terços deles em centros de saúde e um terço em centros de vacinação de maior dimensão.

Na conferência estiveram presentes Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, Rui Ivo, presidente da autoridade do medicamento e o coronel Carlos Penha-Gonçalves, coordenador do Núcleo de Coordenação de Apoio ao Ministério da Saúde (NCAMS) — que tem estado responsável pela administração das vacinas contra a Covid-19.

Última atualização às 15h50