A notícia caiu como uma bomba logo ao início da manhã da passada quarta-feira: depois de uma derrota na Croácia, frente ao Dínamo Zagreb e na jornada inaugural da Liga dos Campeões, Thomas Tuchel tinha sido despedido do comando técnico do Chelsea. O treinador que deu uma Liga dos Campeões, uma Supertaça Europeia e um Mundial de Clubes aos blues, sendo responsável pelo período de maior sucesso do clube na história recente, não sobrevivia ao deslize croata.

Escassos dias depois, sem grandes hesitações apesar do interesse em Mauricio Pochettino, Zidane ou até Rúben Amorim, o Chelsea confirmou Graham Potter como o novo treinador. O técnico inglês de 47 anos, até aqui a fazer um grande início de temporada no Brighton, mudou-se para Londres para aquele que é o maior desafio da ainda curta carreira — e viu a estreia, que estava marcada para sábado contra o Fulham, ser adiada devido à morte da Rainha Isabel II.

Agora, pela primeira vez, Thomas Tuchel quebrou o silêncio. Numa raríssima publicação nas redes sociais — a última ocasião em que tinha atualizado o Twitter data de abril de 2020 –, o treinador alemão comentou a saída do Chelsea ao fim de um ano e sete meses. “Esta é uma das declarações mais difíceis que já tive de escrever. E é uma declaração que esperava não ter de escrever durante vários anos. Estou devastado por o meu tempo no Chelsea ter terminado”, começou por escrever Tuchel.

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“Este foi um clube onde sempre me senti em casa, tanto profissional como pessoalmente. Muito obrigado a todo o staff, aos jogadores e aos adeptos por fazerem com que me sentisse bem vindo desde o início. O orgulho e a alegria que senti ao ajudar a equipa a ganhar a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes vão ficar comigo para sempre. Sinto-me honrado por ter sido uma parte da história do clube e as memórias dos últimos 19 meses terão sempre um lugar especial no meu coração”, acrescentou o técnico, que não resistiu à derrota em Zagreb depois de já ter perdido dois jogos em seis jornadas para a Premier League e foi o protagonista da primeira grande decisão de Todd Boehly.

Sete jogos, três derrotas, a surpresa: Chelsea despede Thomas Tuchel (e Todd Boehly tem mais uma dor de cabeça)