O Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, aproveitou esta segunda-feira para cortar lenha durante um encontro informal com os jornalistas. Pelo meio, o chefe de Estado foi deixando várias críticas à União Europeia (UE) e foi comentando a situação na guerra da Ucrânia, colocando em cima da mesa um cenário de guerra mundial em que a Europa “ficará em chamas”.

Citado pela agência de notícias bielorrussa Belta, o chefe de Estado aconselhou a que os europeus “acordem” e que “parem a guerra” ou travem um futuro conflito. No entanto, Alexander Lukashenko veio seguidamente conceder a população “não pode” e não lhe é “permitido fazer isso”. A culpa é dos Estados Unidos, “que tiraram vantagem da situação”. 

“A Alemanha e toda a União Europeia não têm líderes hoje em dia. Gostaria que tivessem… Eles não consegue acender fogo na sua lareira”, afirmou o Presidente da Bielorrússia, que insistiu que a população europeia “não quer esta guerra”. “Eles veem que hoje é a Ucrânia, há tentativas para desestabilizar a Bielorrússia e amanhã será toda a Europa em chamas”, previu.

Num cenário de uma eventual III Guerra Mundial, Alexander Lukashenko assinalou que os norte-americanos também serão afetados. No entanto, e uma vez que o Presidente bielorrusso anteviu que não serão usadas armas nucleares, haverá uma guerra convencional no continente europeu. “Vamos estar nesse caldeirão”, lamentou, acrescentando que a Ucrânia “já está a ferro e fogo”.

O Presidente bielorrusso estranha que os líderes europeus estejam dependentes dos Estados Unidos, mas diz que isso acontece por motivos económicos. A solução seria criar uma parceira entre a União Europeia e a Rússia, que “ninguém seria capaz de destruir”. “Há imensos recursos para três gerações. Há tecnologias de ponta, que não são piores do que as dos Estados Unidos.”

“Vamos fazê-lo”, exortou Alexander Lukashenko, que justificou que este plano não vai avante, uma vez que os líderes europeus “têm medo” dos Estados Unidos. “Eles servem o país por um período de tempo. Eles servem [o país] por um ou dois termos e depois deixam para outro emprego”, afirmou, numa críticas aos governantes da UE.

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