Um homem de 46 anos foi detido em Moncorvo, em maio do ano passado, quando foi encontrado no automóvel onde seguia um embrulho de papel prata com 40 gramas de um pó branco. A história é contada pelo Jornal de Notícias na edição deste domingo.

O homem, um cidadão português residente em Verín, próximo de Ourense, Espanha, foi detido pela GNR, quando vinha a Portugal visitar um amigo, que estaria a ser investigado por operar uma rede de tráfico em Trás-os-Montes.

As análises revelaram, meses depois, que se tratava de açúcar e não cocaína no embrulho. O homem terá argumentado que, uma vez que era diabético, o açúcar permitia repor os níveis de glicémia em caso de crise.

Logo após a detenção terá sido feito um teste rápido numa farmácia para verificar que se tratava de cocaína. O JN teve acesso ao auto oficial da GNR e escreve que a substância reagiu “positivamente ao teste de estupefaciente” nessa ocasião. Só mais tarde é que as análises de laboratório revelaram que era açúcar.

Apesar do resultado das análises, o homem está detido no Estabelecimento Prisional de Bragança. O Ministério Público e o juiz de instrução criminal de Torre de Moncorvo decidiram mantê-lo detido por suspeitas de integrar a rede de tráfico que resultou, entretanto, na detenção do amigo que veio a Portugal visitar. Entretanto foi acusado pelo Ministério Público, juntamente com outros oito arguidos.

O JN cita o advogado do homem que refere ter consultado o processo em dezembro onde descobriu que os testes não detetaram cocaína, tendo já abertura de instrução do processo para tentar libertar o cliente que está preso há oito meses.

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