A norte-americana Yahoo vai reduzir em 20% o número de postos de trabalho até ao final deste ano, o que equivale à saída de cerca de 1.600 pessoas da empresa. A notícia foi avançada pelo site Axios e, mais tarde, oficializada pela companhia em comunicado.

A principal mudança está ligada a reduções na equipa de tecnologia para anúncios, onde a empresa vai fazer um corte de 50% até ao fim do ano. Mas está prevista uma saída rápida para cerca de mil empregados, que serão despedidos ainda esta semana, anunciou a Yahoo.

A companhia argumenta que estes despedimentos vão permitir uma reorganização do negócio, que passará por uma redução dos investimentos na plataforma para anunciantes e um foco maior na área DSP, que opera do lado da procura. Um porta-voz da empresa disse à CNBC que a estratégia atual da empresa tem “tido dificuldade em estar à altura dos elevados parâmetros definidos para o negócio”.

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“Estas decisões nunca são fáceis, mas acreditamos que estas mudanças vão simplificar e fortalecer o nosso negócio publicitário a longo prazo (…)”, transmitiu a empresa ao site norte-americano. Perante o cenário de possível recessão, as tecnológicas ligadas ao negócio de anúncios estão a sentir um recuo das receitas publicitárias nesta área, como tem sido o caso em gigantes da publicidade como a Alphabet ou a Meta.

A Yahoo foi um dos maiores portais da internet, sendo vista como uma das primeiras grandes marcas no negócio da web. Neste momento, é controlada pelo fundo de investimento Apollo Global Management, na sequência de uma aquisição de cinco mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros), em 2021, que incluiu também o AOL. Antes de ser adquirida pelo fundo Apollo, a Yahoo estava nas mãos da Verizon, que comprou o negócio por 4,5 mil milhões de dólares em 2013.

Os anúncios de despedimentos nas empresas ligadas ao setor da tecnologia continuam a aumentar: o eBay vai despedir 500 pessoas e a plataforma de videoconferência Zoom vai eliminar 1.300 postos de trabalho.

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