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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, admitiu serem impossíveis a curto prazo negociações de paz para pôr fim à guerra russa contra a Ucrânia, numa entrevista divulgada esta terça-feira pelo jornal espanhol El Pais.

“Infelizmente, penso que, neste momento, uma negociação de paz não é possível“, afirmou Guterres, citado pela agência francesa AFP. O antigo primeiro-ministro português disse que também não vê “qualquer possibilidade de [se] obter imediatamente (…) um cessar-fogo abrangente”.

Guterres recebe Prémio Europeu Carlos V em Espanha das mãos de Felipe VI

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“É evidente que as duas partes estão totalmente empenhadas na guerra” e estão “convencidas de que podem vencer”, justificou, esperando ainda que seja possível, no futuro, levar as duas partes à mesa das negociações.

António Guterres, 74 anos, líder da ONU desde 2017, recebeu esta terça-feira, em Espanha, o prémio europeu Carlos V, atribuído pela Fundação da Academia Europeia e Ibero-americana de Yuste numa cerimónia presidida pelo Rei Felipe VI.

O prémio reconhece o trabalho de “pessoas, organizações, projetos ou iniciativas que contribuíram para o conhecimento geral e o engrandecimento dos valores culturais, sociais, científicos e históricos da Europa, assim como para o processo de construção e integração europeia”.

A entrevista do secretário-geral da ONU foi divulgada no dia em que a Rússia celebra a vitória contra a Alemanha nazi, em 1945.

Perante milhares de soldados e a elite política russa reunida na Praça Vermelha, em Moscovo, o Presidente Vladimir Putin apelou para a vitória contra a Ucrânia e acusou também os países ocidentais de orquestrarem uma guerra contra a Rússia.

O prémio para Guterres, o discurso focado na guerra e o rasgado elogio de Marcelo: “É o melhor de todos nós”

“A civilização encontra-se, mais uma vez, num ponto de viragem. Foi lançada uma guerra contra a nossa pátria“, disse.

A China, que se apresenta como um interlocutor neutro no conflito na Ucrânia, apesar da proximidade com a Rússia, está a tentar agir como mediadora no conflito. O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, está na Europa esta semana, e deverá visitar sucessivamente a Alemanha, a França e a Noruega. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, está em Kiev para o Dia da Europa, que se assinala esta terça-feira.