Começou por ser uma possibilidade, tornou-se o cenário mais provável, transformou-se numa certeza e já é uma confirmação: Lionel Messi não vai renovar contrato com o PSG e vai deixar o clube francês no final da atual temporada. A ideia, que tem sido alimentada pela comunicação social no último mês, foi confirmada esta quinta-feira por Christophe Galtier, o treinador dos parisienses.

“Tive o privilégio de treinar o melhor jogador na história do futebol. O jogo de sábado contra o Clermont será o último jogo de Messi no Parque dos Príncipes. Espero que seja recebido da melhor maneira”, disse Galtier na antevisão da última jornada da Ligue 1, sendo que o PSG já se sagrou bicampeão francês no fim de semana passado.

Messi deixa o PSG ao fim de duas temporadas e depois de ter conquistado duas ligas e uma Supertaça, num período da carreira que fica obviamente marcado pelo Mundial do Qatar que ganhou com a Argentina e não necessariamente pelos feitos no clube. A ideia de que o argentino poderia deixar os parisienses já esta época começou a ser veiculada já há alguns meses, com a RMC Sport a indicar no início de abril que o jogador já tinha decidido sair — logo depois de ser assobiado em pleno Parque dos Príncipes.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O contrato de Messi termina no fim da época, sendo que o vínculo assinado pelo argentino previa a possibilidade de renovação por mais um ano depois de junho de 2023 — uma cláusula que, porém, só podia ser acionada pelo próprio jogador.

France Press avança que Messi vai jogar na Arábia Saudita (contra Ronaldo), pai do argentino garante que só decide no final da época

Segundo a rádio francesa, as conversações entre Messi e o PSG com vista à tal renovação não terão chegado a bom porto: o clube pretendia uma redução salarial de 25% para cumprir o fairplay financeiro e o jogador, para além de não aceitar o milionário corte, exigiu maiores garantias de que os franceses vão lutar ativamente pela conquista da Liga dos Campeões na próxima temporada. Condições que envolvem a mudança de treinador, com o despedimento de Christophe Galtier no fim da época, e a contratação de nomes de topo que pudessem subir o nível exibicional da equipa. E condições que, à partida, o PSG não estava disponível para assegurar nestes termos.

Os assobios ouvidos nessa altura no Parque dos Príncipes terão sido mesmo a gota de água para Lionel Messi, que nunca se sentiu querido no clube. Do outro lado, segundo o L’Équipe, o PSG também nunca esteve satisfeito com a entrega e o compromisso do argentino, considerando que este nunca se enquadrou com os parâmetros dos franceses. Seguiu-se a visita não autorizada à Arábia Saudita, que lhe valeu uma suspensão por duas semanas, e os muitos rumores sobre o interessa milionário do Al-Hilal e o desejo sempre latente do Barcelona, que precisa de ver aprovado o novo plano de viabilidade financeira para sonhar sequer com o regresso do argentino.

Barcelona quer regresso de Messi e prepara a “última dança” do argentino: “As histórias bonitas têm de acabar bem”