O PSD voltou a ultrapassar o PS numa sondagem. Depois de ter sido esse o resultado no estudo de abril da Aximage para o DN/JN/TSF, e de outro, de janeiro, da Pitagórica, uma nova sondagem da Intercampus para CM/CMTV e Negócios confirma a tendência. Os social-democratas reúnem 24,1% das intenções de voto, ligeiramente acima dos socialistas (22,4%). Já o ministro das Infraestruturas, João Galamba, envolto na polémica do SIS, passa de uma avaliação negativa de 11,1% em abril para 33,6% em maio.

O PS cai, assim, quase 3 pontos percentuais face à última sondagem da Intercampus (25,2%), num estudo que já reflete a polémica em torno da atuação do ministro João Galamba no despedimento do ex-adjunto, assim como as novas revelações na investigação do processo Tutti-Fruti, que envolvem PS e PSD. Já os social-democratas não crescem, mas também não descem: mantêm exatamente o mesmo resultado da última sondagem, de abril: 24,1%.

Em conjunto, a direita (PSD, Chega, IL e CDS-PP) conseguiria 46,2% dos votos — sem o Chega, desceria para 34,4%, abaixo da esquerda (PS, Bloco, CDU, PAN e Livre), que juntaria 41,3% (isto se incluirmos o PAN, que tem recusado posicionar-se à esquerda ou à direita). Ou seja, o PSD não conseguiria maioria para governar sem o partido de André Ventura, que, ainda assim, caiu 1,4 pontos percentuais.

Quem parece estar a beneficiar da queda do PS é o Bloco, o partido que mais sobe (mais 2,3 pontos, para 9,3%). Com esta subida, consegue ultrapassar a IL e recuperar a quarta posição.

A sondagem procura também recolher avaliação em relação ao primeiro-ministro, que atinge um mínimo histórico — não vai além de 2,5 pontos, numa escala de 1 a 5. Rui Rocha, da IL, é o único líder partidário com avaliação positiva (3 pontos) e o líder com pior pontuação é André Ventura (2,3). Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tem 3,1.

João Galamba, ministro das Infraestruturas, passa de uma avaliação negativa de 11,1% em abril para 33,6% em maio. O ministro das Finanças, Fernando Medina, recupera, de 16,7% para 10,8% nas opiniões negativas. Para a sondagem foram feitas 611 entrevistas, entre 25 e 31 de maio.

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