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É mais uma reviravolta em Bakhmut. O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, revelou agora que as forças ucranianas recuperaram o controlo de uma parte da região, Berkhivka, e autoridades ucranianas confirmaram já alguns avanços na região.

Como tem sido recorrente, Prigozhin voltou a criticar o governo russo, classificando a perda de território como uma “vergonha” e incentivando, numa mensagem no Telegram citada pela Sky News, os responsáveis políticos russos a visitarem a linha da frente em Bakhmut, como já tinha feito nas últimas semanas. Agora desafia: “Vá lá, vocês são capazes! E se não forem, morrerão heróis”.

As últimas declarações de Prigozhin sobre Bakhmut surgem depois de ter criticado repetidamente a liderança militar russa, denunciando a falta de meios e munições ao dispor dos seus combatentes. O Washington Post chegou a noticiar recentemente que Prigozhin teria estado envolvido em negociações com a Ucrânia para revelar posições russas, coisa que negou.

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Depois de semanas a garantir que a Rússia estaria a perder terreno em Bakhmut, o grupo Wagner acabou mesmo por liderar a ofensiva eficaz naquela zona, no mês passado, tendo deixado depois essas posições para as forças russas. Já na semana passada o líder da companhia militar privada alegou que 99% das suas unidades já tinham deixado Bakhmut, acusando o Ministério da Defesa russo de ter colocado minas nas rotas usadas para a retirada.

Prigozhin acusa Ministério da Defesa russo de colocar minas na rota de retirada do grupo Wagner

Após as declarações de Prigozhin, a Ucrânia confirmou que lançou ações ofensivas em várias zonas do país, incluindo na cidade de Bakhmut. “Esta direção permanece o epicentro das hostilidades. Aí estamos a mover-nos ao longo de uma frente bastante ampla”, revelou a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, numa publicação partilhada na conta de Telegram.

As declarações de Maliar estão a contribuir para aumentar a especulação sobre o início da aguardada contraofensiva ucraniana. Para já, a representante da pasta da defesa não se pronunciou sobre o assunto e disse apenas que os relatos russos de que a contraofensiva ucraniana começou servem apenas para afastar a atenção sobre a “derrota” na direção de Bakhmut.

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