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O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, vai visitar na quinta-feira a central nuclear de Zaporijia, sob o controlo de tropas russas, anunciou o assessor da operadora russa de centrais nucleares (Rosenergoatom).
De acordo com a agência de notícias russa Interfax, Renat Karchaa disse que a visita deveria ocorrer esta quarta-feira, mas que foi adiada para quinta-feira.
“Desconhece-se o motivo do adiamento”, afirmou o assessor da Rosenergoatom, citado pela Interfax.
Grossi está na Ucrânia e, na terça-feira, conversou com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apresentando-lhe um programa de ajuda para sanar a redução do fluxo de água para a central de Zaporijia, devido aos danos causados na barragem de Kakhovka, após uma explosão.
Timely conversation with ???????? #Ukraine President @ZelenskyyUa on the eve of my visit to #Zaporizhzhya nuclear power plant where I will assess the situation after the catastrophic Nova Kakhovka dam flooding. pic.twitter.com/kRDrfIAVoe
— Rafael MarianoGrossi (@rafaelmgrossi) June 13, 2023
Na rede social Twitter, Grossi disse que vai a Zaporijia avaliar “a situação após a catastrófica inundação” causada pelos danos significativos na barragem de Kakhovka. Grossi também planeia realizar a rotação da equipa, além de a reforçar, que a AIEA mantém na central nuclear, sob controlo militar russo desde fevereiro de 2022.
A 6 de junho, os danos causados pela explosão ocorrida na barragem de Kakhovka, no rio Dnieper, provocou inundações nos municípios vizinhos e suscitou preocupações quanto à central nuclear de Zaporijia, a maior da Europa.
A barragem, situada mais a jusante do rio Dniepre, na região de Kherson, ajudava a manter a água num reservatório que arrefece os reatores da central. A Ucrânia afirmou que a Rússia fez explodir a barragem, o que foi negado por Moscovo, embora os analistas afirmem que a inundação poderá ter perturbado os planos de contraofensiva de Kiev.
Grossi disse que o nível do reservatório que alimenta a central está a descer “de forma bastante constante”, mas que não representa um “perigo imediato”.
A AIEA alerta há meses para o risco das explosões que ocorrem perto da central nuclear, a maior da Europa, e insiste na necessidade de criar uma zona de segurança e impedir combates ou armazenamento de armas na instalação, entre outras medidas para evitar um acidente.