O ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump processou E. Jean Carroll por difamação, depois de um júri do tribunal de Nova Iorque ter considerado que agrediu sexualmente e difamou a jornalista.

Donald Trump alega que E. Jean Carroll o difamou quando, depois de ser conhecido o veredito em maio, afirmou que o ex-presidente norte-americano a tinha violado. As declarações da jornalista foram feitas num programa da CNN, depois de o júri ter responsabilizado Trump por abuso sexual, mas não por violação.

Júri considera que Trump agrediu sexualmente e difamou a jornalista E. Jean Carroll. Terá de pagar indemnização de 5 milhões

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Segundo a Reuters, o antigo presidente, que está a concorrer às primárias republicanas, procura agora uma retração das declarações de Carroll. Espera também uma compensação e a aplicação de medidas punitivas face às alegações da escritora.

A advogada de E. Jean Carroll, Roberta Kaplan, já reagiu e, em comunicado, sublinhou que a ação de Trump “não passa de um novo esforço para atrasar a sua responsabilização”. “Donald Trump volta a argumentar, contrariamente à lógica e aos factos, que foi exonerado por um júri que declarou que abusou sexualmente de  E. Jean Carroll”, afirmou.

A ação de Donald Trump faz parte do mais recente capítulo da batalha legal frente à antiga colunista da revista Elle. E. Jean Carroll já o tinha processado por difamação em 2019, quando o ex-presidente negou a acusação de violação. Voltou a processá-lo uma segunda vez no ano passado pelos mesmos motivos, um processo que ainda está a decorrer.