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Os portos russos e os navios no Mar Negro, incluindo os cargueiros que transportem petróleo para a Europa, são alvos legítimos para as tropas ucranianas como parte do esforço para fragilizar os esforço de guerra de Moscovo. Quem o diz é Oleg Ustenko, um conselheiro económico do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

“Tudo o que os russos estiverem a mover para trás e para a frente no Mar Negro são para nós alvos militares válidos”, sublinhou Ustenko numa entrevista ao jornal Politico. Justificou que esta posição é uma retaliação à retirada russa do acordo de cereais do Mar Negro, que permitiu ao longo do último ano transportar estes alimentos para vários países que dependem deles para garantir a segurança alimentar.

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“Esta história começou com a Rússia a bloquear os corredores de cereais, a ameaçar atacar os nossos navios e destruir os nossos portos”, acrescentou o conselheiro.

Não é a primeira ameaça, que a Ucrânia já faz por cumprir. No mês de julho o ministério da Defesa ucraniano replicou as ameaças russas de ataque, afirmando que iria considerar todas as embarcações que se encaminhassem para portos russos ou ucranianos no Mar Negro como possíveis transportadores de armas. “A partir das 00h00 de 21 de julho, 2023, todos os navios em águas do Mar Negro em direção a portos da Federação russa e portos ucranianos localizados em território da Ucrânia temporariamente ocupados pela Rússia podem ser considerados como portadores de carga militar com todos os riscos associado“, referia em comunicado.

Na semana passada um drone marítimo atingiu uma embarcação russa sancionada pelos Estados Unidos, descrita como uma das mais “poderosas” embarcações petrolíferas russas. Antes disso o Ministério da Defesa da Rússia acusou Kiev de ter lançado um ataque contra uma base naval perto do porto de Novorossiysk, no Mar Negro.

As palavras do Presidente ucraniano neste fim de semana são também sinal de que as ofensivas não deverão abrandar. A Rússia “poderá ficar sem navios” se os ataques aos portos ucranianos continuarem, avisou Volodymyr Zelensky.

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Os ataques a navios e portos têm sido dos dois lados. Desde a saída do acordo de cereais, a Rússia lançou várias ofensivas sobre os portos de Odessa e de Mikolayiv.