A associação Animalife recebeu, no ano passado, mais de nove mil pedidos de ajuda de famílias carenciadas com animais, tendo conseguido distribuir mais de 646 mil quilos de ração.

A associação, que luta contra o abandono animal, diz ter recebido “mais de 9.143 pedidos de ajuda“, um “número alarmante” que demonstra a vulnerabilidade dos animais e famílias em débil situação económica e social.

Através do seu programa de apoio, a Animalife ajudou 660 entidades que tratam de 81.459 animais, tendo distribuído mais de 646 mil quilos de ração.

“Este suporte é um pilar fundamental para muitas associações, que lutam diariamente para garantir a segurança e o bem-estar dos animais”, refere a associação em comunicado enviado para a Lusa.

Já o Departamento de Desenvolvimento Social-Animal da Animalife apoiou diretamente outros “1.877 animais de famílias em situação de vulnerabilidade económica e social“.

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Ao longo do ano, as equipas do departamento de desenvolvimento social-animal realizaram 762 atendimentos sociais e 1.008 atendimentos profiláticos.

No que toca aos cuidados para a prevenção de doenças e para a promoção de uma vida saudável dos animais, as equipas realizam 971 vacinações, colocaram 391 microchips e fizeram 186 esterilizações.

A este trabalho soma-se o apoio de proximidade feito por equipas multidisciplinares, compostas por assistentes sociais e médicos-veterinários, que ajudam pessoas vulneráveis com animais, como são o caso dos sem-abrigo ou dos idosos com dificuldades de mobilidade.

Só 15,5% dos munícipios concorreram a projeto de cuidados veterinários gratuitos

“Cada pedido de ajuda é um lembrete da necessidade constante de suporte comunitário e da importância das doações que recebemos”, sublinhou Rodrigo Livreiro, presidente da Animalife.

O trabalho da associação depende da solidariedade da comunidade, através de donativos ou de tempo disponibilizado em ações de voluntariado.

“O nosso trabalho vai além do cuidado imediato, é um compromisso contínuo com a saúde e a estabilidade futura dos animais e das famílias que os amam”, sublinhou o presidente da associação sem fins lucrativos, que nasceu em 2011 com o objetivo de diminuir o abandono animal.