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Israel atacou esta segunda-feira pela primeira vez desde o início da guerra em Gaza alvos na região de Baalbek, leste do Líbano, um reduto do Hezbollah, matando pelo menos dois membros daquela organização política e paramilitar fundamentalista islâmica.

Um dos ataques teve como alvo um depósito do Hezbollah e o outro um edifício que abriga uma instituição civil pertencente ao grupo islâmico pró-iraniano nos arredores da cidade de Baalbeck, conhecida como o seu templo romano, disseram duas fontes de segurança citadas pela agência de notícias francesa AFP.

Ambas as fontes adiantaram que dois membros do Hezbollah foram mortos.

O exército israelita limitou-se a indicar, num comunicado de imprensa, que estava “atualmente a realizar ataques contra objetivos terroristas do Hezbollah nas profundezas do Líbano”.

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Os ataques aconteceram na sequência do anúncio feito esta segunda-feira pelo Hezbollah de que abateu um drone israelita sobre o sul do Líbano.

A região de Baalbeck, na planície leste de Bekaa, na fronteira com a Síria, é um reduto do Hezbollah que ali tem uma presença militar significativa.

Os ataques desta segunda-feira são os primeiros contra o Hezbollah fora da região sul do Líbano, palco de violência diária entre a formação xiita e o exército israelita desde o início da guerra em Gaza.

Em 02 de janeiro, um ataque israelita teve como alvo um alto responsável do movimento islamita palestiniano Hamas, aliado do Hezbollah, nos subúrbios de Beirute. Saleh al-Arouri e seis outros membros do Hamas foram mortos.

Desde o início da guerra em Gaza entre Israel e o Hamas, em 07 de outubro, o Hezbollah tem atacado diariamente posições militares israelitas, em apoio ao seu aliado palestiniano, e Israel tem levado a cabo ataques contra o Líbano.

Nesta segunda-feira, a organização libanesa anunciou que a sua “unidade de defesa antiaérea” tinha “abatido um grande drone israelita do tipo Hermes 450 utilizando um míssil terra-ar”, especificando que o incidente aconteceu na região de Iqlim al-Touffah, um reduto do Hezbollah a cerca de 20 quilómetros da fronteira com Israel.

Os militares israelitas confirmaram que um dos drones que operavam no Líbano foi abatido.

Pelo menos 280 pessoas, a maioria combatentes do Hezbollah, bem como militantes de outros grupos aliados, e 44 civis, foram mortas em mais de quatro meses de conflito, segundo uma contagem avançada pela AFP.

Do lado israelita, 10 soldados e seis civis foram mortos, segundo o exército.

O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, alertou no domingo que uma possível trégua nos combates com o Hamas na Faixa de Gaza não prejudicaria “o objetivo” de Israel de expulsar o Hezbollah da sua fronteira norte.