O PSOE, o Junts e o Esquerra Republicana de Catalunha (ERC) anunciaram ao início da noite desta quarta-feira que chegaram a um acordo para aprovar a lei da amnistia dos independentistas catalães.

O texto final, já com as alterações acordadas, só vai ser conhecido na quinta-feira de manhã, especifica o jornal ABC. A revelação deverá acontecer às 9h (8h em Lisboa), antes da votação na Comissão de Justiça. De acordo com o El País, nenhum dos comunicados detalha as possíveis alterações – Pedro Sánchez disse que as mudanças na lei “vão dar mais garantias” aos independentistas e, especialmente, a Carles Puigdemont, o líder do Junts.

Num comunicado conjunto, os três partidos disseram que “depois de dias de trabalho conjunto, e tendo em conta as diretrizes do direito constitucional, europeu e internacional”, chegaram a um acordo “mediante uma transação única a partir das diferentes emendas”, para “reforçar a lei da amnistia”.

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Para Patxi López, porta-voz parlamentar do PSOE, a aprovação da lei da amnistia servirá “para ter um governo que possa governar com tranquilidade”. López recusou-se a avançar com detalhes do texto final da lei. “Não mudou o objetivo, o espírito e a constitucionalidade da lei e isso vai ser visto amanhã”, cita o El País.

A lei da amnistia foi uma exigência dos partidos independentistas da Catalunha para viabilizarem o último Governo do socialista Pedro Sánchez, em novembro do ano passado. No fim de janeiro, o Junts travou a aprovação da amnistia, após o PSOE ter chumbado todas as emendas propostas pelo partido, como a inclusão de todos os delitos de terrorismo na lei da amnistia.

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