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Eylon Levy, o porta-voz do governo israelita que deu nas vistas devido a publicações na rede social X, foi afastado de funções. Os tweets dirigidos ao britânico David Cameron, hoje com a pasta dos Negócios Estrangeiros, terão sido a gota de água que fez transbordar um copo.

O que começou como uma situação temporária tornou-se um afastamento definitivo, avançou o jornal N12, uma informação entretanto confirmada pelo Gabinete Nacional de Informação de Israel, escreve o Haaretz. Levy teria um vínculo que era renovado mensalmente. Com o mês a chegar ao fim, o governo israelita terá optado por não renovar a ligação.

O porta-voz nasceu em Inglaterra e trabalhou como jornalista antes de se tornar conselheiro do Presidente Isaac Herzog. Segundo a imprensa israelita, a suspensão começou há uma semana, após uma resposta a um tweet de David Cameron, ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido. A publicação foi feita após uma visita de Cameron a Israel, quando teve uma reunião com Benny Gantz, ministro do gabinete de guerra.

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A publicação terá gerado atrito entre os dois países. “Espero que tenha consciência de que não há limites à entrada de alimentos, água, medicamentos ou equipamento de abrigo em Gaza, de facto há excesso nas passagens. Testem-nos. Enviem-nos mais 100 camiões por dia através de Kerem Shalom e vamos fazê-los passar”, cita o jornal, a partir de um tweet que entretanto foi apagado.

A publicação terá sido a “gota de água”, disse uma fonte do governo ao N12, após vários incidentes. É considerado que Eylon “se desviou da mensagem de Israel e tomou demasiadas liberdades”.

A mesma fonte mencionou também a audição de Levy para o programa “Dancing with the Stars”, em que celebridades e artistas são convidados para aprender danças de salão. Neste caso, Levy não terá confirmado junto dos superiores se podia ir à audição.

Também foi mencionado o episódio em que o agora ex-porta-voz do governo partilhou um vídeo no início do conflito, que mais tarde se percebeu que era falso. Outra publicação, onde Levy fazia troça de Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezbollah, também terá gerado mau ambiente.