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Os Estados Unidos vão impor novas sanções contra o Irão, na sequência do ataque lançado contra Israel no fim de semana, anunciou esta terça-feira a Casa Branca, que espera que os seus aliados façam o mesmo brevemente.
Nos próximos dias, os Estados Unidos vão impor novas sanções contra o Irão, incluindo os seus programas de drones e mísseis”, o seu Corpo da Guarda Revolucionária e o seu Ministério da Defesa, detalhou Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional do Presidente Joe Biden, em comunicado.
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, divulgou também esta terça-feira que o bloco está a ponderar expandir as sanções contra o Irão para incluir os mísseis que Teerão venha a disponibilizar à Rússia e a agentes sob influência iraniana no Médio Oriente.
União Europeia quer alargar sanções ao Irão para incluir mísseis
Borrell referiu que foi proposta, que resultou de uma reunião ministerial por videoconferência, prevê a expansão do regime de sanções contra o Irão, que já existe por causa da disponibilização de drones (aeronaves sem tripulação) à Rússia, e incluir os mísseis que Teerão eventualmente venda a Moscovo e a “‘proxies’ na região”, em particular milícias que têm ligações ao Governo iraniano.
O Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros alertou, contudo, que até esta quarta-feira não há evidências de que Teerão esteja a fornecer mísseis a Moscovo, mas as sanções podem “incluir já essa possibilidade”.
Josep Borrell revelou que alguns Estados-membros, sem especificar, também “pediram sanções contra a Guarda Revolucionária Iraniana [ramo das forças armadas iranianas criado após a Revolução Islâmica de 1979]”, mas o Alto Representante explicou que não é possível porque o regime de sanções tem de estar associado a atividades terroristas, insistindo que só com provas de atividades terroristas é que a UE pode considerar a aplicação de restrições.
O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 drones (aparelhos aéreos não tripulados), mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.
A noite em que a “guerra-sombra” do Irão e de Israel ficou a um passo de se tornar uma guerra aberta
Teerão justificou o ataque com uma medida de autodefesa, argumentando que a ação militar foi uma resposta “à agressão do regime sionista” contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco (Síria), ocorrida a 01 de abril e marcada pela morte de sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.
A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irão a Israel, apelando à máxima contenção, de forma a evitar uma escalada da violência no Médio Oriente, região já fortemente instável devido à guerra em curso há mais de seis meses entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.