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Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha e Itália apelaram esta segunda-feira a Israel e ao movimento islamita palestiniano Hamas para concluírem rapidamente um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, instando Teerão a não atacar o Estado hebreu.

Os Presidentes norte-americano, Joe Biden, e francês, Emmanuel Macron, e os chefes de Governo britânico, Keir Starmer, alemão, Olaf Scholz, e italiana, Giorgia Meloni, emitiram o seu apelo num comunicado conjunto divulgado após terem falado por telefone para analisar a escalada das tensões no Médio Oriente.

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“Expressámos o nosso total apoio aos esforços em curso para reduzir as tensões e alcançar um acordo de cessar-fogo e libertação dos reféns em Gaza”, vincaram.

Os líderes políticos apoiaram o apelo dos países mediadores — Estados Unidos, Egito e Qatar — para que as delegações de Israel e do Hamas “retomem as conversações ainda esta semana, com o objetivo de concluir o acordo o mais rapidamente possível”.

“Sublinhámos que não há mais tempo a perder. Todas as partes devem cumprir as suas responsabilidades”, sustentaram, depois de o Hamas ter anunciado que não participaria na próxima reunião, agendada para quinta-feira no Cairo ou em Doha.

Israel declarou a 7 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para “erradicar” o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 111 dos quais permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.

A guerra, que esta segunda-feira entrou no 311.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza pelo menos 39.897 mortos e 92.152 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros após mais de dez meses de guerra, de acordo com números atualizados das autoridades locais.

O conflito causou também mais de dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que está a fazer vítimas — “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.