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É a quinta semana da iniciativa "Sentir Portugal" pensada por Montenegro. Desta vez, em Coimbra
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É a quinta semana da iniciativa "Sentir Portugal" pensada por Montenegro. Desta vez, em Coimbra

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É a quinta semana da iniciativa "Sentir Portugal" pensada por Montenegro. Desta vez, em Coimbra

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A sentir Coimbra, Montenegro foge da sombra de Rio, pode reencontrar Santana e aponta a Carlos César

Horas antes da reaparição de Rio, Montenegro deixou nota positiva à recuperação autárquica em Coimbra e disse ser "natural" um encontro com Santana durante a semana, deixando as criticas para o PS.

Quinta semana de Luís Montenegro na rua cumprindo o desafio de passar uma semana por mês em cada distrito do país. O dia preenchido impediu o presidente do PSD de ver o novo visual de Rui Rio mas ajudou a tentar afastar as sombras: “A aparição de Rui Rio parece-me absolutamente normal”, relativizou o presidente do PSD, que ainda durante a semana deve encontrar-se com outro antigo líder: Pedro Santana Lopes.

Mas Carlos César seria mesmo o principal alvo de Montenegro. À bicada do socialista (“Penso que Luís Montenegro é que está em teste no interior do PSD”), o líder do PSD respondeu à letra. Aproveitando o facto de ter sido o presidente do PS a dizer que o partido devia ter maior cuidado na escolha de governantes, o social-democrata aproveitou para provocar o adversário.

“Carlos César acho que está equivocado e, se há coisa que ele não é, é exemplo em formar equipas e em poder criar condições de governabilidade, porque são conhecidos todos os atropelos democráticos que cometeu enquanto foi presidente do governo regional dos Açores”, sublinhou.

Acontece que agora foram as nomeações familiares no Governo dos Açores a fazer ricochete no PSD — a secretaria regional da Agricultura nomeou três familiares de António Ventura, que tem a tutela da pasta. O caso, aliás, já resultou, na demissão da mulher, Fernanda Ventura.

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Ora, mesmo frisando que “as relações familiares em órgãos de administração não são propriamente um crime”, Montenegro pediu fossem “esclarecidas todas as dúvidas”. Até lá, o importante, insistiu o social-democrata, é recolocar o foco no Governo de António Costa.

O presidente do PSD voltou a reforçar o pedido ao primeiro-ministro para que os atuais governantes tenham também que responder ao questionário, “até porque não parece nada aconselhável que existam num Governo membros com um determinado tratamento e outros com um tratamento diferente”.

De resto, Montenegro aproveitou o mais recente caso a envolver Paulo Cafôfo, secretário de Estado das Comunidades, para aumentar a pressão: “António Costa é o responsável pelas pessoas que integram o executivo” e que “possa junto dos atuais membros do Governo quem é que está disponível para responder ao questionário e daí retirar as devidas consequências”.

Depois de uma semana de gestão política particularmente delicada, em que teve de lidar com os estilhaços da Operação Vórtex — que envolve o amigo e agora ex-vice presidente da bancada Joaquim Pinto Moreira –, Montenegro repetiu o que já tinha dito na SIC: a sua autoridade política não está em nada beliscada.

Montenegro à procura de recuperar o brilho e o estado de graça

Com os olhos em 2025, entre elogios velados a Rio e a esperança santanista 

Como vem sendo hábito, o presidente do PSD vai passar a semana num alojamento local bem perto do Largo da Portagem, na baixa de Coimbra. O primeiro dia começou com um atraso no pequeno almoço marcado para a Pastelaria Briosa, onde se encontrou com a imprensa local e quase que antecipou a reaparição pública de Rui Rio ao deixar um elogio sobre o distrito de Coimbra — região em que o “PSD até recuperou um bocadinho o peso autárquico”, reconheceu.

Coimbra foi uma das vitórias eleitorais que Rui Rio teve como bandeira nas eleições de 2021 e, para além da capital de distrito, o PSD recuperou ainda Góis e Penacova, tendo agora 7 das 17 autarquias da região. O agora presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva foi uma aposta direta de Rui Rio que chegou a enfrentar ameaças de boicote no PSD local.

Apesar de o autarca não ter estado no pequeno almoço, recebeu mais tarde Montenegro na Câmara Municipal e juntos foram a pé até ao restaurante onde o presidente do PSD almoçou com seis dos sete presidentes de Câmara, registando-se apenas a ausência de Góis, por um imprevisto de última hora.

"Carlos César acho que está equivocado e, se há coisa que ele não é, é exemplo em formar equipas e em poder criar condições de governabilidade, porque são conhecidos todos os atropelos democráticos que cometeu enquanto foi presidente do governo regional dos Açores", atacou Montenegro 

Ainda à mesa do café, Luís Montenegro admitiu que “estas visitas também permitem tirar alguma informação para fazer boas escolhas em 2025”. Apesar de pelo meio, em 2024, ainda enfrentar umas eleições internas, o objetivo revelado por Montenegro é que o processo de escolha de candidatos esteja “suficientemente evoluído para que a próxima direção, seja esta ou outra, possa decidir grande parte das candidaturas no primeiro dia do segundo mandato”.

Horas depois do pequeno almoço, onde esteve acompanhado por vários dirigentes locais e pelos deputados do distrito, incluindo a rioísta Mónica Quintela, que acompanhou todos os pontos da agenda e interpelou várias vezes Montenegro, Rui Rio voltou a aparecer nos ecrãs de televisão — o anterior líder social-democrata veio esta segunda-feira exigir à EDP que pague impostos das barragens do Douro e para acusar o Governo de conivência na borla fiscal à elétrica.

Assumindo “não ter visto o visual” do antecessor, Montenegro garantiu que não existia qualquer incómodo. “É uma aparição perfeitamente normal no exercício de um direito cívico de participação política”, começou por dizer, subscrevendo na totalidade as palavras de Rio. “Não há nada a acrescentar.”

Nesse processo de evolução autárquica pode estar também Pedro Santana Lopes, com quem Montenegro se encontrou no primeiro dia enquanto presidente do PSD e que convidou a voltar ao partido. Para esta quinta-feira, Montenegro tem no programa uma paragem na Praia da Cova Gala, na Figueira da Foz e já admitiu que “um encontro com as autoridades locais é perfeitamente natural”. A coincidência de não existir mais nenhum ponto na agenda durante a manhã da próxima quinta-feira abre até a porta a um encontro de maior duração entre Montenegro e Santana Lopes.

Apesar de um arranque debaixo de chuva — algo que diz ser “uma tradição nestas iniciativas ” –, Montenegro procura fugir das sombras e mesmo com Santana Lopes a dizer que Passos Coelho “está a marcar uma posição”, o presidente do PSD quer mostrar que os assuntos do passado estão resolvidos e que não há uma oposição vocal dentro do partido.

O líder social-democrata esteve com autarcas e dirigentes locais

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O chumbo ao Ministro da Educação e o combate ao “inverno demográfico”

Em dia de novas greves dos professores, Luís Montenegro atribuiu ainda “um chumbo” à forma como o Governo está a gerir a situação, em especial “à forma arrogante como o ministro da Educação tem encarado os protestos”. “Esta é uma postura que já fez escola neste Governo”, criticou.

Apesar das críticas à falta de docentes e à demora na recuperação das aprendizagens depois da pandemia da Covid-19, e mesmo reconhecendo que “não é possível dar tudo o que os professores pedem”, Montenegro considera essencial “uma valorização das carreiras”.

O PSD junta João Costa à lista de ministros que tem criticado nos últimos dias, depois de na manhã desta segunda-feira ter apresentado um requerimento para ouvir João Gomes Cravinho na Assembleia da República por causa da investigação que deteve cinco altos dirigentes do setor. Montenegro diz que “as respostas de Gomes Cravinho não foram ainda satisfatórias” e por isso também o pedido de que “a maioria absoluta não limite a audição” do agora Ministro dos Negócios Estrangeiros.

Montenegro na reunião do movimento Acreditar, em Coimbra

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Nesta que é a quinta semana da iniciativa Sentir Portugal — já passou por Viseu, Évora, Castelo Branco e Viana do Castelo –, Montenegro confessa que tem tido “mais argumentos para as críticas e mais convicção para encontrar soluções”.

Do lado das soluções, e no dia em que o movimento Acreditar realizou a primeira reunião setorial, com a demografia em destaque, Montenegro seguiu para a Universidade de Coimbra para uma reunião com o reitor. Na manga, o presidente do PSD trazia já a intenção de criar um programa de atração de imigrantes, contando também com o ensino superior para ser uma das plataformas para captar mais estrangeiros.

O encontro do movimento liderado por Pedro Reis e que contou também com a presença do líder parlamentar, Joaquim Miranda Sarmento, reuniu 25 convidados, muitos deles ligados ao partido, ainda que sem cargos dirigentes, numa reunião à porta fechada.

Em jeito de balanço do encontro, Montenegro disse que “é preciso coragem para tomar medidas que combatam o inverno demográfico” e “uma capacidade maior para reter os jovens” mas aponta uma solução de curto-prazo que passa pela atração de imigrantes.

Neste dia inaugural do quinto distrito que Luís Montenegro está a visitar, o presidente do PSD marcou ainda presença numa assembleia distrital aberta a todos os militantes, continuando assim a cumprir uma promessa deixada em congresso de, diretamente, procurar combater também o ‘inverno eleitoral’ do PSD e medir o pulso ao partido um pouco por todo o país.

Espumante, cabidela e urticária alheia. Montenegro em modo campanha apostado em cozer Costa

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