Uma greve “cruel”, “estranha” e “não aceitável”; um “problema nacional”, “extremo” e “preocupante”; e uma falta de “bom senso” e de “consciência”. As críticas vão ganhando volume à medida que crescem os números de cirurgias adiadas nos cinco principais centros hospitalares do país. Até esta quarta-feira, estima-se que possam ter sido cerca de 7.500.
Parados até 31 de dezembro, os enfermeiros preparam já mais uma greve —sem o apoio do sindicato mais representativo (que fala em “greve populista”) e mesmo depois de o Governo dizer que não se senta à mesa das negociações enquanto não voltarem todos ao trabalho.
Até agora, estão a ser cumpridos apenas os serviços mínimos. Cirurgias programadas e consideradas não urgentes, são inevitavelmente adiadas — mesmo na pediatria. E ninguém parece disposto a ceder. O que explica a eficácia desta greve? E como foi cirurgicamente pensada para durar o tempo que for preciso — com consequências extremas?
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