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MELISSA VIEIRA/OBSERVADOR

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Há uma passerelle no Exército. O dia em que a ModaLisboa ocupou as antigas Oficinas Gerais

Durante três dias, o Exército abre as portas de um edifício histórico. Mérito da ModaLisboa, que convida a cidade a conhecer criadores e um património singular. O Observador foi o primeiro a entrar.

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Há uma imponência inerente aos edifícios militares e este não é exceção. No Campo de Santa Clara, o arco assinalado pelas insígnias das Forças Armadas desperta um misto de intimidação e curiosidade. Atravessá-lo tem sido uma das derradeiras interdições numa cidade com cada vez mais portas abertas. Lá dentro, o trabalho é uma ínfima amostra do que foi noutros tempos. Durante décadas produziram-se aqui as fardas, o calçado e os equipamentos do Exército, da Marinha e da Força Aérea, mas também os trajes oficiais de fidalgos e os uniformes de forças de segurança.

No final dos anos 60 do século passado, as Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento do Exército laboravam a todo o vapor, empregando cerca de 2.000 pessoas. Hoje, não chegam a 40, após a gradual desativação da confeção, em 2015, resultado da extinção da Manutenção Militar consumada pelo governo de Passos Coelho. Se por um lado, o complexo — na sua origem, um empreendimento pombalino — permanece como património do Exército (e com um destino incerto), por outro, é uma estrutura que parou no momento em que cessou funções. Mesas de corte, máquinas de costura, metros de tecido e um arquivo de documentos colossal — uma herança à porta fechada que motivou a ModaLisboa a dar o primeiro passo.

“Participei na primeira reformulação do uniforme do Exército e, como tal, tive o privilégio de experienciar este sítio a funcionar em pleno”, afirma Eduarda Abbondanza, presidente da ModaLisboa, ao Observador. “Lembro-me daquelas máquinas todas, da capacidade de fabrico, dos métodos manuais, os alfaiates que trabalhavam para as patentes mais elevadas, dos sapateiros, das formas das botas. Tudo aquilo era mágico e ficou-me na cabeça”, recorda. As memórias impeliram-na a estabelecer o primeiro contacto, há precisamente um ano. Uma negociação sigilosa, da qual também fez parte a Câmara Municipal de Lisboa, que chegou a bom porto.

Um dos edifícios do complexo ocupado pela ModaLisboa, o Armazém do Ferro © Melissa Vieira/Observador

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Ver este edifício aberto ao público, tal como o vamos ver durante todo o fim de semana, é inédito. Entre desfiles, exposições, uma loja temporárias, visionamentos, pequenas conferências e visitas a museus, a ModaLisboa será a peça central de uma proposta cultural mais abrangente. O programa ocupará também o Mercado de Santa Clara, o Palácio Sinel de Cordes, sede da Trienal de Arquitetura de Lisboa, e a área exterior do Panteão Nacional e ainda abrirá as portas do Museu Militar, incluindo a Sala dos Gessos, e de dois núcleos museológicos dentro do complexo das antigas oficinas.

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“Collective” é o mote agregador desta 53ª edição, caso para dizer que o local fez o tema. “Quando nos disseram, fez todo o sentido que acontecesse aqui. É um pouco aquilo que nós somos, o princípio do próprio uniforme — vestimo-nos todos de igual, somos todos uma equipa. Esta edição, com este tema, assenta em muitos dos nossos valores. Só podíamos aceitar e fazer tudo o que está ao nosso alcance para apoiar a ModaLisboa”, refere a Major Elisabete Silva, porta-voz do Exército, em declarações ao Observador. O intuito da cedência do espaço torna-se claro — ao abrir as portas de um dos seus edifícios mais emblemáticos, o Exército procura aproximar-se das pessoas e cimentar uma relação de empatia. “A ideia de que é uma instituição fechada surgiu um bocado com o fim do serviço militar obrigatório. A nossa intenção é mostrar precisamente o contrário. Abrir as portas é uma prioridade do Exército”, acrescenta o Tenente Coronel Luís Pimenta, outro dos anfitriões.

É entre camuflados e patentes que o calendário de desfiles arranca já na sexta-feira com o concurso Sangue Novo. A plataforma LAB assinala uma nova entrada — a marca portuguesa Hibu — e volta a dar espaço às criações de Imauve, João Magalhães, Constança Entrudo, Carolina Machado, Duarte e Gonçalo Peixoto. O Portugal Fashion reforça a presença na passerelle lisboeta com os desfiles de Luís Onofre, Decenio Alexandra Moura e Carlos Gil.

"Arsenal do Exército", a denominação de outrora das Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento do Exército © Melissa Vieira/Observador

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Sobre o trabalho conjunto da ModaLisboa e do Portugal Fashion, resultado do protocolo assinado em setembro de 2018, Eduarda Abbondanza acrescenta apenas que “está a ser construído”. “O processo inicial aconteceu com um executivo e depois o executivo mudou. Passámos quase um ano a testarmo-nos mutuamente antes de assinar o memorando de entendimento. Agora, tivemos de voltar a criar esse sentimento de confiança”, refere a presidente, fazendo referência ao facto de Adelino Costa Matos ter abandonado a presidência da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) em abril deste ano. Nas palavras de Eduarda, a competição entre as duas organizações deu lugar a uma “lógica de complementaridade”, na qual já se destacam as valências de cada uma das partes. “Há uma mudança na participação internacional de todas as organizações [do setor]. Isso também tem muito a ver com a ação direta que temos tido e é uma mais valia para o país. Estamos a comunicar de uma forma muito mais assertiva e acho que é só o começo”, conclui.

De volta ao alinhamento desta 53ª edição, também nomes já consolidados como Nuno Gama, Valentim Quaresma, Awaytomars, Ricardo Preto, Ricardo Andrez, Kolovrat, Dino Alves e Luís Carvalho preenchem os três dias de desfiles. Juntam-se a estes os Colisão Studios, uma nova entrada, e o regresso de Patrick de Pádua, numa parceria com a marca de calçado portuguesa Ambitious. Renovado em janeiro deste ano, o protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa prevê a realização de seis edições do evento, bem como a cedência de espaços e apoio financeiro por parte da autarquia. Em contrapartida, é exigido que a ModaLisboa garanta iniciativas abertas ao público. A poucos dias do arranque de mais uma edição, entrámos nas antigas oficinas do Exército. Com montagens em curso, guiados pelos anfitriões fardados, vimos a ModaLisboa a moldar-se à sua nova casa.

Campo de Santa Clara, uma nova casa para a ModaLisboa

A equipa de produção da ModaLisboa chegou há mais de dois meses e, feitas as contas, foram necessárias cerca de 450 pessoas para montar o maior evento de moda da capital. Afinal, a “casca” — como descrevem os arquitetos Raul Santos e Rita Muralha — está lá, mas é preciso muni-la de todos os apetrechos, a começar pela passerelle. Na sala principal, esta estende-se por 60 metros e, num recinto onde o uso de saltos altos é altamente desaconselhado, é das poucas superfícies seguras. Estamos na antiga Sala dos Botes, onde eram feitos os pequenos barcos de borracha das Forças Armadas. De um lado e do outro, as janelas quebram a habitual escuridão de uma sala de desfiles.

Os 60 metros de passerelle na principal sala de desfiles © Melissa Vieira/Observador

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À semelhança de todas as outras áreas ocupadas, coube ao próprio Exército preparar o espaço para receber a estrutura convidada. Das velhas máquinas de costura a toda a sorte de mobiliário, a sala foi deixada vazia e desimpedida, ficaram apenas as inapagáveis marcas do tempo. “Este edifício é extraordinário, até porque há aqui uma longa história de desenho das fardas e isso também é moda. Tem tempo, tem desgaste, mas isso até lhe dá um certo charme. Obviamente que, sendo um edifício antigo, tem sido um trabalho com muitas restrições”, refere Raul Santos, arquiteto que, juntamente com Rita Muralha, concebe os espaços da ModaLisboa há cerca de cinco anos.

Intervir nas antigas oficinas foi um desafio, sobretudo se pensarmos que, antes desta mudança de poiso, as últimas quatro edições aconteceram no Pavilhão Carlos Lopes, um multiusos com todas as comodidades técnicas e que, ainda antes disso (e de uma rápida passagem pelo CCB), houve uma prolongada residência no Pátio da Galé. Aqui, a preparação do espaço foi mais complexa — a rede móvel teve de ser reforçada, a fibra ótica instalada (com uma mãozinha da Altice) e as ligações elétricas feitas diretamente aos postos de energia no exterior. Até a EPAL foi chamada a instalar reservatórios de água potável devido ao estado antigo da canalização do edifício.

Logisticamente, deu muito trabalho trazer a ModaLisboa para o Campo de Santa Clara, mas os esforços já foram encetados a pensar em mais do que uma edição. “A moda precisa de mudança e de ativação. O Pavilhão Carlos Lopes é maravilhoso — e havemos de lá voltar –, mas março de 2020 é a nossa altura de receber o United Fashion [projeto de intercâmbio realizado por um grupo de sete associações europeias] e no Carlos Lopes não tínhamos espaço”, explica Eduarda Abbondanza. Ao mesmo tempo, sobrepõem-se as ginásticas orçamentais de forma a fasear por duas edições o investimento que o edifício requer.

A antiga Sala de Padrões, ocupada agora pela área social da ModaLisboa e com o aproveitamento de mobiliário das antigas oficinas © Melissa Vieira/Observador

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A empreitada estende-se pelos espaços contíguos: uma ampla área social — nesta edição aberta ao público sem convite –, uma sala de bastidores com vista para o rio e de onde foram retiradas dezenas de estantes e quilos de documentação arquivada, e uma praça central, cujo topónimo varia entre Jardim ou Pátio das Laranjeiras e ainda ModaLisboa Resort, que contará com as habituais food trucks. É um edifício para circular, nomeadamente até à segunda sala de desfiles, reservada aos criadores do LAB. Aqui, a primeira fila ganha uma vida extra, composta por um sortido de bancos, cadeiras e poltronas trazidas de todo o complexo. Encostada às janelas, a maquinaria foi apenas desviada para deixar passar os possíveis grandes nomes de amanhã. A visão que hoje é simplesmente nostálgica, advinha-se contrastante a partir do momento em que os primeiros manequins pisarem a passerelle.

Redescobrir espaços da cidade é algo de que a ModaLisboa se pode gabar. E no que toca à relação com as Forças Armadas, este também não é um caso inédito. Em 1996, chegou à antiga fábrica da Cordoaria Nacional. “Foi a primeira vez que aquela estrutura, que pertencia à Marinha, foi aberta e usada. Quando lá entrei ainda havia cordas a serem feitas”, recorda Abbondanza. Seguiram-se outros espaços inusitados: a Gare Marítima de Alcântara, os Armazéns Abel Pereira da Fonseca, o Museu da Cidade e o Armazém Terlis. Resta concluir que a estrutura não perdeu por completo a sua natureza itinerante, esta estava apenas adormecida.

“A experiência tem um valor cada vez maior e, para nós, foi sempre importante. Esse lado mágico, misterioso e de nos estarmos sempre a pôr á prova continua a existir. Não é sempre a mesma coisa, os desafios são outros, as questões são outras, a maneira como comunicamos é outra. Moda é isso, algo acima da roupa”, completa. “Nós próprios fomos descobrindo a história e é possível passar isso para a edição. É o que fazemos com as peças de mobiliário que espalhamos por aí”, reforça Raul Santos. Mas a incorporação dos tesouros do Exército foi muito além do espaço. A partir de antigos tecidos, outrora usados em fardas, foram feitos uniformes para a equipa do evento e ainda acessórios que reforçam o conceito desta edição.

A sala de desfiles reservada aos criadores da plataforma LAB © Melissa Vieira/Observador

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Justiça seja feita ao Exército, que integrou a missão e a desempenhou com distinção. “O exército teve de entrar connosco nesta aventura. Olhámos para este espaço e, apesar de estar atulhado com mobiliário, dissemos logo que dava uma ótima sala de desfiles”, admite Rita Muralha. Da parte dos anfitriões, a incredulidade esbateu-se à medida que as soluções foram surgindo. Aqui e ali, houve uma janela que teve de virar porta e uma parede que deixou de existir. “Além de ter partido uma parede, a ModaLisboa também quebrou uma barreira com esta parceria. Todos criamos alguns estereótipos — de que o Exército é muito fechado, por exemplo –, mas acho que vamos chegar ao fim e concluir que temos mais em comum do que pensávamos”, resume a Major Elisabete Silva.

Entre fardas, moldes e máquinas: a história das antigas oficinas

Não é em vão que Rita Muralha fala em “património museológico”. Mesmo antes de entrar nos dois núcleos expositivos que fazem parte do complexo — um dedicado à antiga Fábrica de Calçado, outro a uma viagem pela evolução das fardas e equipamentos aqui produzidos –, a história desta grande fábrica é contada pelos objetos que se encontram ao cruzar de cada porta ou arco. Afinal, a desativação quase total desta unidade é recente, razão pela qual persistem elementos de sinalética, máquinas e mobiliário prontos a serem usados.

Os vários ramos de confeção podem ter sido concentrados aqui em 1969, mas o nascimento do edifício remonta ao século XVIII. Como construção pombalina que é, foi erguido no pós terramoto, mais precisamente em 1762, no lugar do irremediavelmente danificado Mosteiro de Santa Clara. Começou por se chamar Fundição de Artilharia, já que era essa a vocação predominante naquela zona da cidade, que entretanto ganhou a designação de Arsenal Real do Exército, por deliberação régia, é certo, mas também em resultado das reformas do Conde de Lippe, de seu nome Frederico Guilherme Ernesto. De um lado do edifício, as armas eram feitas. Do outro, expostas e encaminhadas para quem de direito.

A produção de fardamento e de calçado nas antigas oficinas, no final da década de 60 © Arquivo do Exército

Com a chegada do século XX, esta espécie de parque industrial voltou a reorganizar-se. Desenvolve-se o Depósito Central de Fardamento, bem como a própria Oficina de Fardamentos, e, pouco tempo depois, abre a Fábrica de Calçado, dentro da Igreja de Santa Engrácia, em 1911. É também na primeira década do novo século que se começa a padronizar a produção, até então feita a olho. A sala que, a partir de sexta-feira, vai dar as boas vindas a quem pisar na ModaLisboa viria a ser, durante décadas, a Sala de Padrões.

No início dos anos 40, a Fábrica de Calçado muda-se para o atual complexo das oficinas. A tecnologia era de ponta, sobretudo à base de máquinas italianas, e a produção era feita à medida, mas também em série. Basicamente, era tudo uma questão de patente. Da bota portuguesa ao que hoje podemos chamar ténis, passando pelos modelos de montar e pelos sapatos Oxford, a fábrica proliferou em variedade e em quantidade, chegando mesmo a laborar 24 horas por dia. Em 1969, tudo se concentra aqui, em prol de uma maior eficiência. A Guerra Colonial assim o exigia. Calçado, fardas, arreios e outros equipamentos passaram a ser aqui feitos.

Antiga máquina de costura da fábrica © Melissa Vieira

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A qualidade da produção nacional chegou mesmo a ser premiada lá fora. Ao mesmo tempo, a especificidade dos acessórios multiplicava o número de ofícios e materiais. Cantinas (das mais modestas às que serviam os oficiais no terreno), estojos de todas as formas e feitios, ferramentas de barbeiro e respetivas malas, equipamentos de esgrima e complexas tendas de campanha — tudo isto pode ser visto num dos núcleos museológicos das oficinas, por sinal, aberto ao público durante o fim de semana. Em 1997, extiguiu-se a Fábrica de Calçado. Alguns fardamentos continuam a ser produzidos aqui. Na fundição, ainda se segue o processo mais antigo, com areia.

Um desfile no Panteão e 21 marcas portuguesas na cozinha: a moda e o Exército abertos ao público

Eduarda fala num espaço que “permitiu convidar mais a cidade”, a começar pelo desfile de Carolina Machado, no domingo à tarde. Em frente ao Panteão Nacional, a jovem criadora apresenta a coleção do próximo verão num dos postais mais privilegiados de Lisboa. Uma negociação difícil, embora a apresentação passe apenas pelo exterior do edifício. Dentro das antigas oficinas, a programação leva os visitantes a conhecer outros espaços. “Aqui, toda a gente passa o portão”, afirma a presidente da ModaLisboa. O convite estende-se à antiga cozinha, salas cobertas de azulejos brancos que ainda conservam as panelas gigantescas que, em tempos, alimentaram centenas de trabalhadores. É lá que encontramos tudo a postos para receber o Wonder Room. A loja temporária vai reunir 21 marcas e designers nacionais, empreendedores que deixam que o design e a inovação fale por eles e que trazem propostas de vestuário, calçado, joias, acessórios e swimwear para a semana da moda lisboeta.

O espaço terá outros atrativos. Check Point, o programa de conversas e workshops em torno de inovação, sustentabilidade, tendências e saber-fazer, terá lugar aqui e qualquer um pode participar mediante inscrição prévia, dentro de uma limitação de 20 lugares. Manda a tradição que o trabalho de três fotógrafos e de três ilustradores seja exposto à medida que o calendário de desfiles se desenrola. Uma espécie de diário de bordo que pode ser visto na sala que ainda dá pelo nome de “copa de louça fina”. O Armazém do Ferro, outro espaço digno de visita, será ocupado com as instalações Stoners | Slices of Heaven by Colisão Studios x Assimagra e Showcase MODAPORTUGAL by CENIT/ANIVEC. Abordagens à indústria num edifício com uma arquitetura à base de ferro, como restam poucos em Lisboa.

A antiga cozinha da fábrica recebe agora exposições, conversas e uma nova edição da loja temporária Wonder Room © Melissa Vieira/Observador

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Como é habitual, o arranque está marcado já para esta quinta-feira. No Palácio Sinel de Cordes, seis jovens criadores apresentam as suas coleções num formato mais pequeno e alternativo, a partir das 17h. Archie Dickens, António Castro, Cristina Real, Federico Protto, Opiar e Rita Afonso seguem depois para a “cozinha”, onde se juntam aos restantes nomes. Em seguida, as Fast Talks chegam ao Mercado de Santa Clara, outro dos polos desta edição. A partir das 18h e também com entrada livre, Joana Barrios modera uma conversa sobre qual poderá ser o impacto positivo da indústria da moda.

Esta é a primeira de, pelo menos, duas edições da ModaLisboa nas antigas oficinas do Exército. O sentimento é de descoberta, ao entrar num lugar que sempre foi de acesso vedado ao público. Quebra-se a solenidade, ao mesmo tempo que toda a cidade se aproxima de uma instituição muitas vezes distante. O mesmo pode dizer-se sobre a moda portuguesa de autor, aqui ainda mais disponível para estabelecer laços com um público que não tem de ser uma elite. Sábado é dia de Feira da Ladra, solo fértil, potenciador da criatividade individual e do coletivo. É que moda não é só o que acontece numa passerelle, é um pacote bem mais completo.

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