771kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Os bares afinal vão poder abrir, mas vão ter de funcionar com as regras dos restaurantes e servir apenas a clientes sentados.
i

Os bares afinal vão poder abrir, mas vão ter de funcionar com as regras dos restaurantes e servir apenas a clientes sentados.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Os bares afinal vão poder abrir, mas vão ter de funcionar com as regras dos restaurantes e servir apenas a clientes sentados.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Já não há recolher obrigatório? Posso ir a uma discoteca? E a um bar? E tenho de trabalhar em casa? 27 respostas sobre os próximos passos

Começa a "libertação": a partir deste domingo, país começa a aliviar restrições em três fases, conforme avanço da vacinação. É o fim do recolher, dos horários e das medidas diferenciadas por concelho.

Esqueça quase todas as restrições que conheceu até agora, sobretudo as de horários para espaços comerciais, de restauração ou até para circular na rua. Todas essas medidas vão desaparecer nos primeiros minutos deste domingo, 1 de agosto, e ao mesmo tempo para todo o país, independentemente de estar num concelho com mais ou menos casos de Covid-19. Agora será a percentagem de população vacinada que vai ditar cada uma das três fases de libertação — ou de “levantamento gradual de restrições”, como lhe preferiu chamar o Governo.

Mas atenção: o distanciamento físico e o uso de máscaras, bem como limites à lotação de alguns dos espaços, continuam a existir, pelo menos nesta primeira fase. O Governo estima que a terceira e última fase de desconfinamento aconteça em outubro, altura em que conta ter 85% da população totalmente vacinada. Só aí vão abrir as discotecas, por exemplo. Os bares, no entanto, abrem já este domingo (com bastantes regras).

Neste trabalho do Observador encontrará respostas para algumas das perguntas que mais se colocam nesta altura de mudança. Fica, para já, uma certeza: o estado de calamidade vigora até ao dia 31 de agosto.

Começou a “libertação”. Quer dizer que já não há horários de recolhimento?
O país entra este domingo na primeira fase de libertação, num quadro de desconfinamento que inclui três fases que dependem da percentagem de população vacinada. Há regras a partir de 50% dos vacinados, a segunda fase começará quando estiverem vacinados 70% dos portugueses e a libertação total acontecerá com 85% da população vacinada. As restrições de horários dos espaços comerciais e de recolhimento terminam já no dia 1 de agosto, altura em que avança este novo plano do Governo com a fase 1.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Já posso jantar até tarde num restaurante se viver em Lisboa?
Se viver em Lisboa e em qualquer outro ponto do país. As regras passam agora a aplicar-se a todo o território nacional e deixam de existir a partir deste domingo o comércio, a restauração e os espetáculos culturais voltam a ter horários normais. Podem funcionar de acordo com as regras fixadas pela DGS para os espaços, mas com as duas da manhã como limite para o seu funcionamento — e uma da manhã para a admissão de novos clientes.

Clientes almoçam no interior do restaurante 'Wish', no dia em que entram em vigor novas medidas de desconfinamento, no Porto, 19 de abril de 2021. Passa a ser autorizada a abertura de restaurantes, cafés e pastelarias, mas com a restrição de lotação máxima a quatro pessoas ou seis pessoas em esplanadas e com horário até às 22:00 horas ou às 13:00 ao fim de semana. JOSÉ COELHO/LUSA

Restaurantes vão poder funcionar até às duas da manhã a partir de domingo

JOSÉ COELHO/LUSA

Tenho uma loja de roupa. No sábado, posso fechar a que horas afinal?
No sábado ainda terá de fechar às 15h30, já que as novas regras e o fim dos limites de horários só entram em vigor à meia noite de domingo.

Então, mas isso quer dizer que eu, que tenho um restaurante, posso abrir à meia noite de domingo?
Na teoria isso é possível. No sábado ainda terá de fechar portas, nas regiões onde o risco é muito elevado, às 22h30 e as pessoas têm de regressar a casa até às 23 horas, mas uma hora depois já podem voltar a estar na rua e os estabelecimentos de restauração com licença para funcionar a essa hora podem estar abertos entre a meia noite e as duas da manhã.

E se viver no Porto?
Lá esta: é tudo igual. A partir de domingo, as regras passam a aplicar-se de uniformemente a todo o território nacional. Ou seja, as medidas deixam de ser aplicadas consoante o estado de cada concelho ou região, como até aqui. Isto porque, segundo a explicação do Governo, a variante Delta já é tão dominante que já não faz sentido aplicar restrições específicas.

Então a matriz de risco já não conta? Vamos deixar de ouvir que o país está no verde ou no vermelho e de saber como está cada concelho?
Não, pelo menos não da mesma maneira. A matriz de risco, que tem servido para decidir quais as medidas a aplicar consoante os concelhos que estejam, cruzando a taxa de incidência e da transmissibilidade, em situação de alerta, de risco ou de risco muito elevado, já não será avaliada semanalmente. O que o Governo promete é que vai continuar a vigiar a evolução da pandemia de perto, tendo também em conta outros fatores, como o número de internamentos ou de mortes.

Matriz de risco vai servir apenas para avaliação, deixará de determinar fases para concelhos.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Voltando ao meu jantar: posso levar quantos amigos?
Nesta primeira fase que será aplicada a todo o território nacional, os limites gerais para a restauração são os que até agora eram aplicados nos concelhos classificados como de “risco elevado”. Ou seja, podem juntar-se seis pessoas à mesma mesa no interior do restaurante e dez se for numa esplanada. Mas quando o país passar para a segunda fase de desconfinamento — o que deve acontecer em setembro — este limite será aumentado e passará a ser possível juntar grupos de oito pessoas no interior dos espaços e de 15 no exterior.

E se, depois do jantar, em vez de irmos para casa nos apetecer ir dançar?
Isso é que ainda não pode fazer. Apesar de as restrições estarem a ser aliviadas, a reabertura das discotecas — que estão fechados desde o início da pandemia, ou seja, março de 2020 — voltou a ser empurrada para a frente e só acontecerá na terceira fase, ou seja, em outubro. Quando acontecer, será preciso mostrar um certificado digital válido para frequentar estes espaços.

Certo. Mas então posso beber na rua?
Não. Continua a manter-se a proibição do consumo e venda de álcool na via pública, a partir das 20h. Mas os bares afinal vão estar abertos, atenção.

Vão? Mas ouvi o primeiro-ministro dizer que não ainda esta tarde…
Sim. O Governo veio entretanto corrigir o que tinha dito o primeiro-ministro no final do Conselho de Ministros e detalhar que, afinal, os bares (sem espetáculos) vão poder abrir, desde que se sujeitem às regras da restauração. Na primeira fase do plano de levantamento de restrições, os bares vão poder funcionar mas com os limites de lotação e de ocupação do espaço que existem para os restaurantes. Mas não implica que tenham licença para servir refeições, segundo esclareceu o Observador junto do Governo. Vão apenas ter de manter os clientes sentados à mesa e com os limites para grupos que existem para os restaurantes.

Espetadores assistem a um espetáculo de comédia em que todos os espetadores tiveram que realizar um teste para a Covid-19 e que teve como objetivo obter os estudos clínicos pelas autoridades de saúde que permitam o aumento das lotações de salas de espetáculos e a viabilidade de grandes eventos, como os festivais ou festas da cidade, no Campo Pequeno, em Lisboa, 09 de maio de 2021. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Eventos culturais deixam de ter limitações de horários

JOSE SENA GOULAO/LUSA

Se em vez de jantar preferir ir ao cinema, qual é o horário em que posso ir?
Já pode voltar às sessões da meia-noite: a partir deste domingo, acabam-se as restrições horárias não só nos restaurantes, mas também para comércio e espetáculos culturais.

Na minha loja vou ter de continuar a limitar o número de pessoas no interior?
Para já, sim. O Governo tem a expectativa de poder haver uma evolução neste aspecto na segunda fase de libertação, mas por agora continuam a vigorar as restrições atuais que determinam que só podem estar cinco pessoas por cada 100 metros quadrados.

E o futebol? Já se pode ir ao estádio?
Sim. Essa restrição de público em eventos desportivos cai a partir deste domingo, faltando ainda uma norma da DGS sobre em que modelo vai poder processar-se. Mas fica claro que, desta vez, quando o Governo fala em “eventos desportivos” já inclui — ao contrário do que aconteceu até aqui — os estádios de futebol e os eventos de futebol profissional.

Tenho de continuar a trabalhar em casa?
Não necessariamente: também a partir de domingo, o teletrabalho deixa de ser obrigatório para passar a ser apenas “recomendado”. Isto no caso de atividades que possam ser feitas a partir de casa, como sempre. O teletrabalho continua, no entanto, obrigatório, sem necessidade de acordo com o empregador, quando  o trabalhador tiver atestado de imunodeprimido ou doente crónico ou se possuir deficiência com grau de incapacidade igual ou superior a 60%. Também não precisa de acordo com o empregador quem tem dependentes a cargo com menos de 12 anos ou, independentemente da idade, com uma doença crónica, se, nos dois casos, forem considerados doentes de risco no quadro da pandemia e, por isso, estejam impossibilitados de ir à escola. Mantêm-se os horários desfasados nas empresas com 50 ou mais trabalhadores em todo o território nacional.

E a usar máscara na rua?
Quanto a isso, nesta primeira fase não há mudanças: a máscara é para usar na rua sempre que houver risco de aglomeração. Na segunda fase, ou seja, a partir de setembro, acaba a obrigatoriedade na via pública. De qualquer forma, António Costa avisou que os cuidados básicos — máscara, higiene das mãos, distanciamento — são para manter quando se verificar que é preciso, “com bom senso”, até porque a população é “responsável e adulta”.

Um vendedor de bolos utilizam uma mascára respiratória contra a covid-19, enquanto percorre o areal de uma praia na Costa da Caparica, Almada, 24 de maio de 2020. ANTONIO COTRIM/LUSA

Férias em alojamentos continuam a exigir certificado digital Covid-19

ANTONIO COTRIM/LUSA

Tenho um casamento no próximo fim de semana. Quantos convidados é que podem ir?
Nesta primeira fase, a lotação máxima será de 50%. Mas não se esqueça de que para entrar vai precisar de um certificado digital válido ou um teste negativo.

E noutro casamento que tenho marcado para setembro?
Nesse caso, já vai ter mais companhia: a lotação máxima será de 75% da capacidade do recinto.

Vou de férias em agosto. Como é que faço para dormir num hotel?
A ideia é que o uso de certificado digital seja feito de forma cada vez mais “intensiva”, como Costa disse. Por isso, para entrar num hotel, em qualquer lugar do país e em qualquer dia da semana, vai precisar de mostrar o certificado.

E se for um AirBnB?
A mesma coisa: a regra vale para alojamento local também.

E para jantar fora?
Idem, mas só se quiser ir jantar fora ao fim de semana ou num feriado; a regra não se aplica durante a semana e continua a não aplicar-se às esplanadas.

As minhas férias são no estrangeiro. O certificado também serve para isso?
Sim. A lista completa de situações nas quais precisa de um certificado válido ou de um teste negativo é esta: viagens por via aérea ou marítima, hotéis e alojamento local, restaurantes no interior ao fim de semana e feriados, aulas de grupo nos ginásios, termas e spas, casinos e bingos, eventos culturais, desportivos ou corporativos com mais de 1000 pessoas em ambiente aberto ou 500 em ambiente fechado, e casamentos ou batizados com mais de 10 pessoas.

É este verão que posso voltar a ir a um festival?
Ainda não deve conseguir, uma vez que as edições deste ano foram adiadas para 2022. Mas a partir da fase 3, em outubro, acabam os “limites de lotação”, no geral.

E a uma festa de aldeia?
Para já, também ainda não: na fase 1, existe a indicação expressa de que não será possível fazer festas nem romarias populares.

O meu cartão de cidadão está quase a caducar. Tenho de fazer agendamento para tratar disso?
Por agora mantém-se essa regra, mas só até setembro: a partir daí, quem precisar de ir tratar de algum assunto em serviços públicos já não precisa de fazer marcação prévia.

Vacinação abaixo de 16 anos ainda depende de diretiva da DGS

Rui Oliveira/Observador

Mas isto tudo é definitivo ou pode voltar atrás? E as datas estabelecidas para cada fase ainda podem mudar?
O primeiro-ministro fez questão de frisar que, não se sabendo se podem aparecer novas variantes do vírus que “perturbem” a evolução esperada da pandemia em Portugal, é preciso alguma cautela e que não “hesitará” se for preciso recuar.

Mas também há perspetivas melhores: se a vacinação acelerar de forma a antecipar as metas previstas (70% da população em setembro e 85% em outubro), também as datas de arranque das respetivas fases serão antecipadas.

Tenho uma filha com 13 anos e um filho com 15. Vou ter de decidir se são vacinados ou não?
Ainda não se sabe: o primeiro-ministro garantiu que a Direção-Geral da Saúde está a ultimar o seu parecer sobre a vacinação nesta faixa etária, que divide os especialistas. No entanto, o Governo tem deixado bem clara a sua preferência: não só Costa frisou esta quinta-feira que a task-force estará pronta para arrancar com esse processo como o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, já tinha dito que essa “preparação” existe e que seria uma forma de garantir a tranquilidade no começo do novo ano letivo. Mais consensual é tanto a vacinação dos 16 aos 18 anos como a vacinação dos 12 aos 15 no caso de crianças que tenham doenças que representem fatores de risco.

E enquanto não forem vacinados como podem entrar nos hotéis durante este verão?
Vão ter de continuar a apresentar o certificado de testagem ou um teste negativo para acompanharem os pais nos locais onde é exigido o certificdo digital Covid, sejam alojamentos ou restaurantes, por exemplo. Apenas as crianças com menos de 12 anos estão isentas desta apresentação, pelo que entre essa idade e os 16 anos (idade a partir da qual podem ser vacinados), a única hipótese é mesmo continuar a fazer testes.

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver oferta

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.
Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos