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JEAN-FRANCOIS MONIER/AFP/Getty Images

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Marine Le Pen é mulher. Mas será feminista?

Numa mudança de estilo recente, Marine Le Pen falou dos direitos das mulheres várias vezes durante a campanha — sobretudo para criticar o Islão. Isso faz dela uma feminista? As feministas têm dúvidas.

Reportagem em Paris, França

Quando ouve o nome de Marine Le Pen e a palavra “feminista” na mesma frase, Christine Lemoine não consegue evitar um sorriso irónico. Sentada na sala de exposições da Violette & Co, uma livraria feminista e LGBT que ajudou a fundar em 2003, esta mulher de 62 anos demora a encontrar as palavras. “Ela é mulher, sim, mas…”, diz, cortando o ar com a mão, como quem diz que as coisas ficam por aí. “Pode ser do sexo feminino, mas daí até ser feminista…”

Se vencer as eleições deste domingo, Marine Le Pen não será apenas a primeira líder da Frente Nacional a chegar ao cargo mais alto da política francesa. Há algo ainda mais simbólico que, na maior parte das ocasiões, tem passado ao lado da discussão: se ganhar este domingo, Marine Le Pen será a primeira mulher a entrar no Eliseu pela porta grande. Mas será uma hipotética vitória o suficiente para fazer dela uma feminista ou um exemplo na luta pelos direitos das mulheres?

“Pode ser uma vitória do feminismo, mas não uma vitória da democracia”, disse, em fevereiro, a ensaísta e editora feminista Elisabeth Badinter.

Quando Marine Le Pen recusou usar o véu islâmico

Foi um dos momentos mais emblemáticos da campanha eleitoral de Marine Le Pen. Ainda a caminhada para as eleições presidenciais francesas mal tinha começado, Marine Le Pen viajou até ao Líbano. Na agenda, tinha um encontro com o grande mufti da capital, Beirute. Quando já estava a caminho, chegou à equipa da líder da Frente Nacional que não seria aberta uma exceção e que esta teria de usar um véu para se encontrar com aquele líder espiritual.

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Marine Le Pen recusou e voltou atrás. “Transmitam ao grande mufti a minha consideração, mas eu não vou usar um véu”, disse a líder da Frente Nacional, que quer continuar a interdição do uso do véu nas escolas e que admite, no seu programa, estendê-la a outras zonas do espaço público. Em Paris, o vice-presidente da Frente Nacional, Florian Philippot, não poupou elogios a este desfecho mais ou menos previsível. “É uma bela mensagem de emancipação e de liberdade enviada às mulheres de França e de todo o mundo”, disse ao Le Figaro.

“Mas desde quando é que a Frente Nacional pode ser feminista e defender os direitos das mulheres se nem nas suas estruturas tem mulheres além daquelas que têm o apelido Le Pen?”
Manon Lacroix, 23 anos, estudante de Medicina e ativista feminista

Não foi a primeira vez que Marine Le Pen e a Frente Nacional quiseram associar-se à defesa dos direitos das mulheres. Em janeiro de 2016, depois dos incidentes da noite de Ano Novo em Colónia, onde várias mulheres relataram terem sido sexualmente agredidas por homens de origem árabe, a líder da Frente Nacional escreveu um texto no L’Opinion onde dizia ter “medo de que a crise migratória assinale o início do fim dos direitos das mulheres”. E chegou a citar a feminista Simone de Beauvoir, geralmente ausente das referências da Frente Nacional: “Nunca se esqueçam de que bastará uma crise política, económica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam novamente postos em causa”.

Mesmo na vida pessoal, Marine Le Pen está longe de ser o exemplo da mãe tradicional, católica e conservadora que muitos ainda têm como referência dentro do seu próprio partido. Aos 48 anos, a líder da Frente Nacional tem um passado de bourgeois-bohéme, ou bo-bo, bem vincado. O único intervalo deu-se entre 1995 e 2000, enquanto durou o seu primeiro casamento com um funcionário da Frente Nacional, com o qual teve três filhos. Depois, em 2002 voltou a casar — com outro membro do partido — e tornou a divorciar-se quatro anos depois. Atualmente, mantém uma relação desde 2009, com Louis Ailot, um dos vice-presidentes do partido.

“É ridículo que alguém diga que ela é feminista ou sequer perto disso”, reforça Christine. “Eu também posso dizer que sou muitas coisas, tal como ela pode dizer que não é racista, que não é xenófoba, que não é extremista… E que é feminista, pois claro”, diz. “Mas não quer dizer que o seja.”

Marine Le Pen, ao centro, com as duas irmãs, em 1988, quando a política ainda era uma miragem (JOEL ROBINE/AFP/Getty Images)

JOEL ROBINE/AFP/Getty Images

A Manon Lacroix, estudante do quinto ano de Medicina em Paris e ativista feminista, desagrada-lhe tanto a ideia de associar a defesa dos direitos das mulheres ao nome de Marine Le Pen que não sobra espaço para qualquer sorriso irónico. “Mas desde quando é que a Frente Nacional pode ser feminista e defender os direitos das mulheres se nem nas suas estruturas tem mulheres além daquelas que têm o apelido Le Pen?”, pergunta a estudante de 23 anos, sentada à mesa de um restaurante perto da faculdade. “A não ser que tenham o apelido Le Pen, como Marine ou Marion [neta do fundador, Jean-Marie Le Pen, e sobrinha da atual líder], as mulheres não sobem ao topo daquele partido. O resto é só homens. E isto só acontece porque Jean-Marie Le Pen teve três filhas. Se tivesse tido um filho, as eleições não eram hoje com Marine Le Pen. Eram com um Grégoire Le Pen, ou coisa que o valha.”

Nas suas 144 propostas eleitorais, Marine Le Pen dedica somente um ponto às mulheres. Primeiro, diz que quer “defender os direitos das mulheres” ao “lutar contra o islamismo que faz recuar as suas liberdades fundamentais”. Depois, refere a aplicação de um “plano nacional pela igualdade salarial” e para “lutar contra a precariedade profissional e social”.

“Vocês apresentam-se hoje como defensoras dos direitos das mulheres de fazerem o que entendem com os seus corpos, mas são as mesmas a defenderem a sua repressão pelo véu”
Marion Marechal Le Pen, deputada da Frente Nacional, para parlamentares de esquerda

Em França, segundo números de 2014 apresentados pelo INSEE, o instituto nacional de estatística, os homens ganham em média 2 410 euros mensais líquidos, ao passo que o número desce para 1962 euros no caso das mulheres. Ou seja, pelo mesmo trabalho, as mulheres francesas ganham apenas 81% daquilo que os homens recebem.

“Parece que, agora, ser feminista é moda”, diz Manon Lacroix, agora também ela irónica. “É uma coisa muito fixe, uma coisa muito cool… Mas infelizmente muitas pessoas usam essa palavra sem saber o peso que ela tem. E isso acontece cada vez mais com a Frente Nacional e com Marine Le Pen.”

“A faculdade de Medicina é dos sítios mais sexistas que eu já conheci”

Manon Lacroix ainda dá os seus primeiros passos no feminismo. “Tenho lido muitas coisas, muitos livros, muitos blogues, já aprendi muitas coisas, mas há ainda outras que me faltam”, diz, numa entrevista ao Observador. O interesse inicial despertou pouco depois de ter entrado na faculdade de Medicina. Não foi por acaso. “A faculdade de Medicina é dos sítios mais sexistas que eu já conheci”, garante.

Esta é uma certeza que Manon Lacroix reforça sempre que vai almoçar à cantina reservada aos médicos em formação no Hospital Bichat-Claude Bernard, onde tem formações práticas de manhã. Ali, preserva-se uma tradição bem conhecida dos estudantes de medicina franceses de há várias gerações: em torno das mesas onde são servidas as refeições, as paredes estão pintadas com frescos onde os diretores do hospital, médicos com cargos de destaque e demais personalidades, são retratados em plena orgia sexual.

“É surreal estar a comer e estar ao lado daqueles desenhos”, diz. “Eu sei perfeitamente quem são aquelas pessoas, são conhecidos em todo o hospital. Mas há muita gente, demasiada, que acha que não há mal naquilo. Dizem que a Medicina é muito exigente e que há momentos que devem ser de distração. Eu acho apenas que é uma hipersexualização desnecessária. E mesmo que estejam lá os corpos de homens e mulheres, há diferenças. Porque, para a sociedade, o corpo de um homem é usado como exemplo de força, de desporto, é o exemplo anatómico. O da mulher é só sexo.”

Nas cantinas reservadas aos internos de Medicina, é costume haver imagens de cariz pornográfico, muitas vezes com pessoas conhecidas no hospital e no setor da saúde. Nesta imagem, muitos viram uma cena de violação da atual ministra da Saúde, Marisol Touraine

Em 2014, esta tradição foi posta em causa depois de ter sido publicada uma fotografia de um dos frescos na cantina dos internos do hospital de Clermont-Ferrand. Nela, uma mulher podia ser vista no centro de uma orgia entre super-heróis. Um deles, aparecia a dizer: “Toma a lei da saúde!”. Na altura, e apesar de os internos terem negado as acusações, muitos viram naquelas imagens uma situação em violação em que a vítima era a ministra da Saúde, Marisol Touraine.

A tradição não ficou por aí — e há ainda outras que se passam naquela mesma sala que Manon Lacroix despreza. Uma delas diz que, quem chega à cantina, antes de se sentar, tem de tocar no ombro de todos os colegas. Depois, tem de se ficar ao lado de um colega, sendo proibido deixar um ou mais lugares de intervalo. “É tudo a bem da camaradagem, dizem eles”, explica. E se não respeitarem a regra? Aí, entra uma punição imposta pelo chefe dos internos, geralmente um homem. “Geralmente, envolve nudez. Os homens têm de mostrar o rabo, as mulheres têm de mostrar as mamas.”

O sexismo dentro daquele meio é “diário”, garante a estudante de Medicina, e vai bem para lá daquelas paredes temáticas e chega até ao bloco operatório. Na semana passada, durante um banco, a altas horas da noite, a estudante de Medicina colocou-se de um lado de um paciente anestesiado e um interno mais experiente ficou do outro. Com um bisturi na mão e a tarefa de fazer a incisão, a jovem de 23 anos hesitou. “Não sei onde pôr as mãos”, disse, nervosa. O colega mais velho respondeu-lhe: “Ui, uma noite a ensinar-te onde deves pôr as mãos… Isso excita-me”. Ao silêncio da jovem, seguiu-se uma pergunta que não procurava resposta: “Não te importas com umas piadas de bloco operatório, pois não?”.

Direitos das mulheres nestas eleições? “Zero”

Aos poucos, Manon Lacroix vai sendo conhecida entre as salas do Hospital Bichat-Claude Bernard — onde tem formação prática todas as manhãs — ou entre os corredores da Universidade Paris Diderot — onde tem aulas teóricas à tarde — como feminista. O rótulo não a preocupa e muito menos a incomoda. “Os meus amigos concordam comigo”, diz. “Depois, a maior parte das outras pessoas conhece-me porque eu faço parte do Conselho Pedagógico, por isso seguem o que eu digo e faço, nem que seja ao longe”, explica.

“O que me parece importante é que se fale sobre estes assuntos”, diz, com ares de alguma esperança, mesmo que pouca.

Em relação às eleições, Manon Lacroix já não guarda nenhuma esperança. Apenas desilusão. Porquê? “Porque os direitos das mulheres não foram tema”, diz, para depois fazer uma bola com o polegar e o indicador. “Zero.”

Manon Lacroix votou em Jean-Luc Mélenchon na primeira volta. Já pensou votar em branco na segunda volta, mas acabou por decidir votar em Emmanuel Macron

Para esta estudante de Medicina, não é apenas Marine Le Pen que não é feminista — também Emmanuel Macron não merece essa designação. Apesar de dedicar mais espaço do seu programa aos direitos das mulheres do que a sua adversária, Manon Lacroix acusa-o de “dizer aquilo que parece certo sem apresentar maneiras de como podemos chegar lá”.

Para Christine Lemoine, da livraria Violette & Co, Emmanuel Macron tem pelo menos uma vantagem: “Não é anti-feminista”. Ainda assim, não está preparada para vender um livro dele. Nesta livraria, nem todos os livros têm de ser escritos por mulheres nem eles têm de seguir temáticas feministas ou LGBT. “Mas existe uma sensibilidade social e política da nossa parte que nos leva a fazer uma escolha cuidada dos livros que aqui vendemos”, concede. “E uma coisa é certa: não vamos vender livros de Marine Le Pen, de pensadores de direita, nem de políticos.” Mais tarde, viríamos a reparar numa exceção: o livro Murmures à la jeunesse (2015), de Christiane Taubira, ex-ministra da Justiça de François Hollande, nascida na Guiana Francesa. “Ah, essa é uma exceção. Porque gostamos dela, pronto. E porque o livro dela fala de género, de racismo…”

“Os direitos das mulheres, sobretudo os que dizem respeito ao planeamento familiar, estão sob constante ataque da direita e isso é algo que não devemos ignorar”
Christine Lemoine, 62 anos, livreira feminista

As duas feministas vão votar no ex-ministro da Economia — mas nenhuma o fará de pleno coração. Pouco depois de serem conhecidos os candidatos da segunda volta, Manon Lacroix decidiu que ia votar em branco — tinha escolhido Mélenchon na primeira volta. Só na semana das eleições mudou de ideias, referindo que é o seu “dever enquanto pessoa branca” votar contra Marine Le Pen para “evitar que as minorias étnicas em França sejam atacadas como foram depois do Brexit ou depois da vitória de Donald Trump”. E Christine Lemoine, que votou em Benoît Hamon na primeira volta, diz que lhe custa votar num “ultra-liberal”. “Mas é melhor um ultra-liberal do que alguém da extrema-direita.”

Também Christine Lemoine lamenta a “ausência quase total” do tema dos direitos das mulheres nestas eleições. “Até parece que os problemas desapareceram, até parece que há igualdade plena”, diz. “Como se o direito ao voto fechasse a questão e pronto.”

Manon Lacroix, que ocasionalmente passa na Violette & Co para se abastecer de novas leituras feministas, sublinha as palavras da livreira. E, para isso, recorre a uma cicatriz pessoal. “Eu já fui violada duas vezes. A primeira foi quando tinha 18 anos e a segunda foi no ano passado, em setembro. Foram sempre pessoas que eu conhecia, foi em casa, não foi na rua”, conta. “O que mais me irrita e entristece no meio disto tudo é que eu própria fui conivente com esta cultura de violação, porque só anos depois da minha primeira violação é que percebi, verdadeiramente, que tinha sido violada”, explica. Naquela ocasião, tinha “bebido demasiado” e um homem mais velho violou-a. “Era impossível eu dar o meu consentimento naquelas condições. Mas só anos depois é que consegui perceber isto.”

Do maio de 68 ao véu islâmico, onde fica o feminismo em 2017?

Uma das questões caras ao movimento feminista onde a Frente Nacional e Marine Le Pen mais claudicam é na interrupção voluntária da gravidez (IVG). Se dentro do partido existe uma tradição catolicista, que é contra a despenalização do aborto, Marine Le Pen não alinha ao lado dela. Porém, não é sem reservas que o faz. Em 2012, apesar de não falar do tema no seu programa, falou publicamente contra “os abortos de conforto” e as mulheres que “abusam” da IVG, acusando-as de “utilizar o aborto como um meio de contraceção”. Este ano, o tema torna a não fazer parte do programa de Marine Le Pen — ao passo que Emmanuel Macron quer garantir que o aborto permanece sem penalização, como é desde 1975.

Para Christine Lemoine, não é garantido que isso seja sempre assim. “Os direitos das mulheres, sobretudo os que dizem respeito ao planeamento familiar, estão sob constante ataque da direita e isso é algo que não devemos ignorar”, diz ao Observador.

Na Violette & Co, a maior parte dos livros, tanto de ficção como de ensaio, seguem a temática feminista ou LGBT

Marion Marechal Le Pen, deputada e sobrinha de Marine Le Pen, discorda. Em janeiro deste ano, na assembleia nacional, fez um discurso onde se dirigiu a deputadas de esquerda, a grande parte com mais do dobro da sua idade, dizendo que elas são “feministas obsoletas, dinossauros do meio de 1968”.

“Vocês alarmam-se com ameaças que não existem, são adversários fantasma”, disse-lhes. “A verdade é que ninguém no espetro político ameaça, hoje em dia, o aborto e o seu livre acesso. São vocês que, com regularidade, demasiada regularidade, reativam as bases sociais provavelmente para mascarar os vossos fracassos lamentáveis no plano económico ou particularmente na situação precária de várias mulheres e mães solteiras.”

Marion Marechal Le Pen, sobrinha de Marine Le Pen, é, além da sua tia, uma das poucas mulheres destacadas na Frente Nacional (ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP/Getty Images)

ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP/Getty Images

Acusando-as de estarem “obcecadas com a cor das mochilas, com o sexismo na gramática, com os brinquedos cor-de-rosa da Kinder, com a divisão do tempo a lavar os pratos nos casais”, Marion Marechal Le Pen apontou o dedo ao uso do véu islâmico, um tema fraturante em França e que divide particularmente a esquerda. “Vocês apresentam-se hoje como defensoras dos direitos das mulheres de fazerem o que entendem com os seus corpos, mas são as mesmas a defenderem a sua repressão pelo véu”, atirou-lhes.

Para Christine Lemoine, o pensamento de Marion Marechal Le Pen é demasiado “simplista”. “Dizer coisas como estas é simplificar aquilo que é demasiado complexo para ser tratado de uma maneira leviana”, explica. Sem certezas nem dogmas no que diz respeito ao uso do véu, a livreira feminista ainda assim opõe-se à interdição do seu uso, como acontece nas escolas até ao ensino superior desde 2004.

Manon Lacroix lembra-se daqueles dias. Na altura, tinha 10 anos. “Eu lembro-me de ver as minhas colegas muçulmanas a tirarem os véus à porta da escola e a colocarem-nos de novo assim que saíam do portão”, diz. “A princípio, concordava com isso, mas hoje acredito que é um instrumento de repressão e de intromissão na vida privada das pessoas”, critica. “O que é que me importa se uma mulher ao meu lado tem um véu? E porque é que ninguém se importa se vir um homem judeu com um kippa?”

Para Manon Lacroix, a líder da Frente Nacional “nunca teve um pensamento feminista na vida”. “O que ela quer fazer é usar esse pretexto para poder atacar as minorias, em particular os muçulmanos. E isso é completamente diferente.”

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