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Nancy Witcher Langhorne, ou viscondessa Astor (1879 - 1964), a norte-americana que marcou a política britânica entre 1919 e 1945
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Nancy Witcher Langhorne, ou viscondessa Astor (1879 - 1964), a norte-americana que marcou a política britânica entre 1919 e 1945

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Nancy Witcher Langhorne, ou viscondessa Astor (1879 - 1964), a norte-americana que marcou a política britânica entre 1919 e 1945

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Nancy Astor foi eleita há 100 anos. E foi a primeira lady (norte-americana) a sentar-se no Parlamento britânico

Churchill comparou a presença de uma mulher entre homens à intrusão de um estranho quando se está no WC. "O senhor não é assim tão bonito para ter esses receios", respondeu-lhe a viscondessa.

Pelos bairros de lata adentro, a visitar crianças nos hospitais, a bordo de um barco de pesca, numa carruagem rua fora. Em pé e de dedo em riste, na fase mais segura, ou sujeita aos imprevistos que aguardam uma aristocrata a leste do quotidiano nas zonas mais pobres. Em qualquer dos casos, rumo aos corredores do poder. Plymouth, Sutton é o terreno de campanha de lady Nancy Astor, que em 28 de novembro de 1919 disputou as eleições pelos Conservadores na tentativa de ocupar o lugar até então mantido pelo seu marido, Waldorf Astor, de malas feitas para a Câmara dos Lordes. Nesse escrutínio, mediu forças com o trabalhista William Thomas Gay e com o liberal Isaac Foot, acabando por se destacar com 51.9% dos votos.

A 1 de dezembro de 1919, faz este domingo 100 anos, tornou-se a primeira mulher a sentar-se no Parlamento britânico, onde as suas conquistas foram modestas, mas o seu registo dificilmente cairá no esquecimento. “Sou da Virginia. Disparamos para matar”, terá certa vez atirado a parlamentar que conviveu com quatro primeiros-ministros e conseguiu aumentar a idade mínima para consumir álcool dos 14 para os 18 anos, salvo aprovação dos pais, naquela que ficou conhecida como a Lei Lady Astor, que perdura até hoje. Para a história ficou também o dia em que o prazer se sobrepôs à manifestação de pesar face à notícia da morte de um opositor, notas que destoavam das suas costumeiras ações de caridade e ativismo pelas causas mais diretamente ligadas aos direitos das mulheres e crianças.

Durante uma ação de campanha, em 1919

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É preciso sublinhar, contudo, que a novidade, ou influência, não está toda do lado de Nancy Astor, que até 1921 seria o único rosto feminino naquela câmara. Em bom rigor, a primeira mulher eleita, ainda em 1918, para o parlamento britânico foi a sufragista Markievicz, do Sinn Féin, partido da esquerda republicana, que então não chegou a ocupar o seu lugar dada as origens e filiações políticas. Depois de Nancy, Margaret Wintringham, tornar-se-ia a segunda representante feminina. Já em 1923, merece uma palavra a duquesa de Atholl, eleita quatro anos depois de Astor, com um papel bem mais decisivo entre os Tories. Mas não é menos verdade que a prestação de Nancy, que permaneceu no activo até 1945, acabou por ofuscar por completo o trajeto político do marido que acabou por substituir, mais que não fosse pela novidade que representou.

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Intemporais são uma série de tiradas que sobrevivem até hoje. “As mulheres têm que tornar o mundo seguro para os homens já que os homens o tornaram demasiado inseguro para as mulheres” é uma das frases mais célebres da mulher que obteve uma das mais contundentes respostas de um não menos contundente interlocutor. “Se o senhor fosse meu marido punha-lhe veneno no chá”, atirou Nancy. “Minha senhora, se fosse minha mulher, eu bebia-o”, respondeu-lhe Winston Churchill. O mesmo Churchill que terá comparado a presença de uma mulher no parlamento à intrusão de um estranho quando se está na casa de banho, atoarda que também não deixou Nancy em silêncio. “O senhor não é assim tão bonito para ter esses receios”. A troca de galhardetes foi fértil, envolvendo por mais do que uma vez as inclinações para o álcool. Certo dia, em resposta à dúvida existencial de Churchill sobre que disfarce levar a um baile de máscaras, Astor não poupou na sugestão para o líder britânico. “Porque é que não aparece sóbrio, Primeiro-Ministro?

"Se o senhor fosse meu marido punha-lhe veneno no chá", atirou Nancy. "Minha senhora, se fosse minha mulher, eu bebia-o", respondeu Churchill; Churchill terá comparado a presença de uma mulher no parlamento à intrusão de um estranho quando se está na casa de banho. Nancy também não ficou em silêncio: "O senhor não é assim tão bonito para ter esses receios"; em resposta à dúvida existencial de Churchill sobre que disfarce levar a um baile de máscaras, Astor não poupou na sugestão para o líder britânico: "Porque é que não aparece sóbrio, Primeiro-Ministro?"
Alguma troca de atoadas entre Nancy Astor e Winston Churchill

A nova vida de uma divorciada com um filho

É impossível ignorar o temperamento e, antes de mais, o peso do apelido que Nancy adotou por via daquele que seria o seu segundo casamento. Natural de Nova Iorque, filho de William Waldorf Astor, primeiro visconde de Astor, Waldorf Astor era primo em segundo grau de John Jacob Astor IV, uma das vítimas mais célebres do Titanic, em 1912, e descendente do nome fundador da dinastia, John Jacob Astor Sr, em tempos o homem mais rico de todo o mundo, com raízes italianas e germânicas e um império erguido nos EUA.

Waldorf passou boa parte da sua vida em viagens pela Europa, até ao momento em que a família se decidiu fixar no Reino Unido, corria o ano de 1889. Foi lá que recebeu uma educação esmerada nos exclusivos colégios de Eton e New College, em Oxford, onde as competências desportivas sempre se impuseram sobre as notas académicas.

22 fotos

Quanto a Nancy, nasceu em Danville, na Virginia, oitava de 11 irmãos. Para a família, chefiada por um empresário dos caminhos de ferro, Chiswell Dabney Langhorne, os tempos não foram prósperos depois da abolição da escravatura, com o clã a viver na penúria antes da chegada desta filha. O estatuto haveria apenas de ser recuperado mais tarde, quando o pai vingou na indústria do tabaco. Por volta de 1874, a sua riqueza estava reestabelecida, pretexto para instalar a prole numa nova casa, no mesmo estado, que batizou de Mirador.

Nancy era uma de quatro irmãs, todas elas conhecidas pela beleza. Foi com Irene, uma das mais próximas, que frequentou uma escola de boas maneiras em Nova Iorque, o manual de preparação para uma vida na alta sociedade. Um circuito que lhe permitiu conhecer e casar com Robert Gould Shaw II, primo do coronel que comandara um regimento durante a Guerra Civil, a primeira unidade do exército composta por afro-americanos. Trocaram alianças em 27 de outubro de 1897. Nancy tinha 18 anos e um futuro pouco risonho pela frente. Shaw era um alcoólico abusivo que Nancy abandonou por diversas vezes ao longo dos quatro anos de união. Em 1903, já com um filho, Robert Gould Shaw III, conseguiu obter o divórcio, pouco depois da morte da sua mãe, e regressou a Mirador para assumir as rédeas dos negócios da família, sem grande sucesso.

(Uma entrevista em sua casa, em Cliveden, sobre vida pública e privada)

Apaixonou-se por Inglaterra depois de uma viagem à Europa, onde acabou por se radicar em 1905, por sugestão paterna, acompanhada pela irmã Phyllis. Entretanto, Irene casara com o artista Charles Dana Gibson e tornara-se uma “Gibson Girl”, uma “Kardashian de 1900”. Nancy Langhorne Shaw e Waldorf conheceram-se nesse mesmo ano de 1905. Com Waldorf Nancy partilhava uma peculiar coincidência: haviam nascido no mesmo dia, 19 de maio de 1879, e para mais eram ambos americanos expatriados com valores e visões semelhantes. O namoro foi breve e o casamento concretizou-se em maio do ano seguinte. Como presente do pai do noivo, o casal recebeu uma propriedade em Cliveden, no Buckinghamshire. Tiveram cinco filhos. Quando as vozes britânicas a acusavam de ser apenas mais uma americana em busca de bom partido do outro lado do Atlântico, como à época era frequente, retorquia que já fora suficientemente difícil ver-se livre do primeiro marido.

A estreia na política e os primeiros tempos no Parlamento

De Nancy, Constance Markievicz dizia que era inacessível e pertencia a uma classe demasiado privilegiada para conhecer os dilemas da nação. Quanto a Waldorf, beneficiaria de um trajeto sólido na Câmara dos Comuns durante vários anos antes da I Guerra. Nancy garantiu o título de viscondessa depois de Waldorf herdar do falecido pai o título de segundo visconde de Astor, o que valeu promoção automática à Câmara dos Lordes, deixando assim um assento vago para a mulher nessa eleição especial realizada naquele distrito eleitoral.

O lugar foi aproveitado desde logo por Nancy, então pouco familiarizada com os movimentos sufragistas nas ilhas britânicas, muito menos com os calabouços da prisão, realidade que algumas das militantes mais ferozes, como Markievicz, viriam a conhecer. E contudo, quando se apeou na estação em Paddington, um dia depois de terem sido conhecidos os resultados da histórica votação, foi recebida por uma multidão de mulheres. Muitas haviam sido detidas e encetado greves de fome. Quase todas imaginavam o começo de uma nova era, apesar de saberem que Nancy não era o nome mais familiarizado com a sua luta.

"Se querem uma deputada que seja uma cópia dos outros 600 deputados, não votem em mim. Se querem um advogado ou um pacifista, não votem em mim. Se não têm um homem que vai à luta, arranjem uma mulher que vá à luta. Se querem um bolchevique ou um seguidor do senhor Asquith [então primeiro-ministro], não votem em mim. É verdade que temos vínculos partidários, mas a guerra ensinou-me que há uma coisa maior que os partidos e essa coisa é o Estado".
Parte de um dos discursos de Nancy Astor

Lady Astor, que estimulara o marido a enveredar pela carreira política (falhou na primeira tentativa, em janeiro de 1910, conseguindo ser eleito para os Comuns em dezembro desse ano) desenvolveu um interesse especial nas reformas sociais, empenhando-se em bandeiras como o prolongamento da idade para a escolaridade obrigatória. E apesar de inicialmente não dominar na perfeição os principais assuntos políticos, trazia na bagagem o envolvimento no grupo liberal Milner’s Kindergarten, um círculo que pugnava pela igualdade e união entre os povos que falavam inglês e pela expansão do império britânico.

O folheto de campanha de Nancy Astor © Arquivo do Parlamento Britânico

A sua campanha foi marcada pela ação no terreno e ainda por slogans como “comigo os seus filhos vão pesar mais”, para não falar de discursos que visavam imprimir a diferença. “Se querem uma deputada que seja uma cópia dos outros 600 deputados, não votem em mim. Se querem um advogado ou um pacifista, não votem em mim. Se não têm um homem que vai à luta, arranjem uma mulher que vá à luta. Se querem um bolchevique ou um seguidor do senhor Asquith [então primeiro-ministro], não votem em mim. É verdade que temos vínculos partidários, mas a guerra ensinou-me que há uma coisa maior que os partidos e essa coisa é o Estado”.

Os dribles constantes às regras e o estilo e energia muito próprios eram associados ao seu berço americano, e muitas vezes perdoados por isso mesmo. Consta que o seu primeiro dia no Parlamento incluiu uma advertência: Nancy conversava entusiasticamente com outro deputado sem se dar conta do tumulto que instalou na câmara. Ao mesmo tempo, passou a adotar um visual mais discreto e evitava as áreas habitualmente reservas aos cavalheiros, como os bares e a salas de fumo.

A chegada do S.S. Olympic a Nova Iorque. Lady Astor e o marido pisavam a terra natal a propósito da conferência feminina pan-americana, em Baltimore, em 1922

Bettmann Archive

E se à partida Nancy não seria a face mais óbvia para responder às expetativas de uma maioria silenciosa, a verdade é que em pouco tempo muitas se reviram nas suas batalhas. A, a “deputada das mulheres”, passou a receber uma média de 2 mil a 3 mil cartas por semanas, bateu-se pelo igual acesso à profissão, desafiou a cultura sexista, e apoiou outras aspirantes a deputadas, independentemente da respetiva família política.

“Astor estava determinada a provar que as mulheres eram tão capazes quanto os homens de participarem na vida política. Por várias vezes expressou como as mulheres eram mais talhadas para a vida pública já que tinham mais ‘coragem moral’. O conceito de coragem moral feminina foi um tema constante nos seus discursos e nas muitas entrevistas de reflexão que concedeu depois de abandonar o cargo”, descreveu Jacqui Turner, docente na Universidade de Reading , curador de #Astor100, um dos programas que celebra a efeméride.

O aumento da idade mínimo para consumo do álcool, de 14 para 18 anos, foi uma das grandes cruzadas de deputada © Arquivo Parlamento Britânico

A 24 de fevereiro de 1920, Nancy proferiu o seu primeiro grande discurso, perante uma audiência de 500 homens maioritariamente hostis. Como não bastasse a intervenção no feminino, o corpo estranho naquela câmara ainda apelava às restrições na venda de álcool, com uma intervenção que sublinhava o efeito nefasto na vida das crianças e das mulheres, para além do impacto negativo na economia do país. “Sei que é muito difícil para alguns dos ilustres membros receber a primeira mulher deputada nesta casa. É quase tão difícil para vós como foi para a primeira mulher entrar aqui. No entanto, caros membros, não deveis ter medo do que Plymouth vos traz… Tentarei apenas falar por milhares de mulheres e crianças que não têm voz”, afirmou. Em 1923, apresentou a famoso Intoxicating Liquor Bill, a primeira proposta de lei apresentada por uma mulher e aprovada no Parlamento.

Ambivalências em tempos de guerra

“O meu vigor, vitalidade e rudeza tornam-me repulsiva. Sou o tipo de mulher de quem fugiria”, admitia Nancy, que de visita à Rússia com o amigo George Bernard Shaw, em 1931, interrogaria Estaline no seu jeito abrupto: “Quando é que vai parar de matar pessoas?” — “Quando deixar de ser necessário para a proteção do Estado”, ter-lhe-á respondido ele.

Personagem complexa, Astor foi uma extraordinária anfitriã na sua propriedade rural, ponto de encontro de inúmeras figuras nucleares e centro nevrálgico da diplomacia, um influente grupo que ficou conhecido como o “Cliveden set”, e que não se livraria da polémica. Numa Europa de novo em ebulição, boa parte das relações de Nancy incluía nomes afetos a Hitler e muitos acusavam a fauna que frequentava Cliveden de ser fascista, rótulo que lady Astor chegou a catalogar de “uma terrível mentira”. Mas as suas visões chegavam e sobravam para alimentar dúvidas e controvérsias.

Talvez fosse pelo protestantismo que trilhara ainda jovem nos EUA, facto é que se manifestou duramente anticatólica, anticomunista e antisemita. Nancy terá mesmo redigido uma carta ao embaixador americano no Reino Unido, Joseph P. Kennedy Sr, na qual especulava que a Hitler poderia ser a solução para “o problema mundial” dos judeus. Em 1939, em pleno Parlamento, o deputado Stafford Cripps acusou-a de ser “Membro de Berlim”, mostrando como a sua proximidade à Alemanha comprometia a sua carreira política.

A propósito da data redonda, a morada que ocupou, atualmente propriedade nacional, dedicou-lhe desde abril uma mostra que reacende a sua influência e eventuais ligações perigosas.

Os últimos anos e o legado Astor

A popularidade de Nancy, que venceu sete eleições entre 1919 e 1935, desvaneceu-se com os anos. Na década de 30, a carreira política foi afetada pela prisão do seu filho Bobby, acusado de ofensas homossexuais. Quanto aos comentários mais espevitados, muitos deles haveriam de tornar-se excessivamente inconvenientes e deixaram de cair em graça. Um dos menos populares retomava a sua eterna cruzada contra o álcool, ao qual atribuiu a derrota de Inglaterra contra a Austrália no críquete, uma pasta não menos sensível do que qualquer uma outra.

Todas as deputadas, fotografas no terraço do Parlamento, em novembro de 1931, depois das eleições gerais. Astor está na fila de trás, com nomes como Helen Shaw, Thelma Cazalet, ou Ida Copeland

Astor abandonou o Parlamento em 1945, desincentivada a manter-se em cena pelo Partido Conservador e depois de perder o apoio do marido. Encontravam-se separados há vários anos quando Waldorf morreu, em 1952. Nancy retirou-se da vida pública mas nunca deixou cair por terra a sua afiada crítica social e política e o seu espírito do contra — tanto se empenhou em condenar o comunismo nos anos que se seguiriam como em apontar o dedo à caça às bruxas liderada pelo senador Joseph McCarthy nos EUA. No mesmo ano em que se reformou, 24 mulheres ocupavam o assento de deputadas.

No rescaldo da sua morte, a 2 de maio de 1964, a Universidade de Plymouth, para onde o casal Astor se mudou quando se lançou na política, continua a atribuir bolsas de estudo com o nome do pioneira, que recusava homenagens, apesar de acabar de ganhar uma estátua na região onde viveu. “Devemos ter presente que Nancy Astor não queria ser alvo de memoriais”, nota Jacqui Turner, que deixa claro o pragmatismo da deputada. “A sua vontade ficou expressa no serviço fúnebre: ‘Quando eu morrer não quero monumentos, mas sim caixotes do lixo espalhados por toda a cidade a dizer ’em memória de Lady Astor”.

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