A velocidade a que a vida muda, por vezes, é vertiginosa. A capacidade de adaptação à mudança separa, muitas vezes, o sucesso do insucesso – nas pessoas e nos negócios. Dos fracos não reza a História, diz o ditado. Talvez a História seja feita pelos mais resilientes. Ou pelos mais flexíveis. Como é que encara a mudança na sua vida? E na sua empresa? Vê como um problema ou como uma oportunidade? Descubra, neste artigo, de que lado da História poderá estar.

A Vodafone fez uma pesquisa, em mais de 10 países, para perceber quais as empresas que estavam mais bem preparadas para o futuro e chamou-lhes “Future Ready”. Com a chegada da pandemia, chegaram também novos desafios – imprevisíveis. E a forma como estas empresas reagiram, souberam antecipar dificuldades e aproveitar oportunidades, diferenciou-as das outras. Provaram estar “Fit for the Future” (FFTF): preparadas para o futuro. E o que têm estas empresas de diferente? Segundo o estudo “Fit for the Future, 2021 Report”, realizado pela Vodafone em parceria com a London School of Economics (LSE) e a B2B International, estes negócios têm uma atitude positiva em relação à mudança; entendem o poder da tecnologia para resolver os seus desafios; têm planos para definir de que forma a tecnologia pode transformar a sua forma de trabalhar; possuem estratégias de negócio mais abrangentes para o futuro; estão a par das novas tendências e têm uma capacidade de adaptação mais rápida do que a concorrência. Todas estas características fizeram com que estas empresas gerissem melhor desafios inesperados: 94% delas dizem que estão preparadas para enfrentar riscos, mesmo os que surgiram com a Covid-19.

Então, o que fazer para tornar a sua empresa numa “Fit for the Future”? Desde logo, olhar para os percursos das que se revelaram mais aptas: entre as FFTF, 69% das grandes empresas e 47% das de menor dimensão afirmam ter acelerado os planos de transformação digital após a pandemia. A apetência pela novidade é outra marca distintiva. 63% das FFTF gostariam de ser as primeiras a experimentar novas tecnologias, contra apenas 41% da generalidade das empresas. De acordo com o estudo da Vodafone, investir no digital é meio caminho andado para o negócio prosperar. Mas, para isso, é necessário mudar de mentalidade em relação ao investimento tecnológico: não importa a dimensão da sua empresa ou a margem de lucro, com planeamento estratégico, também pode ser uma “Fit for the Future”. Se já está a ficar preocupado com o montante de investimento, respire fundo – não precisa de fazê-lo todo de uma vez. Pelo contrário, deve investir em produtos e serviços que realmente acrescentem valor à sua empresa quando tiver de encarar desafios futuros. E de que desafios estamos a falar? Foram analisados três: satisfazer as necessidades dos consumidores num cenário de mudança permanente; gerir o modelo híbrido de negócio com flexibilidade, tendo o trabalho remoto no centro das prioridades; e compreender o potencial da tecnologia e a forma como está a transformar os negócios.

No primeiro desafio, a análise às empresas feita em mais de 10 países concluiu que a expectativa dos clientes face aos negócios é cada vez maior: 75% das empresas afirmam que os seus clientes esperam poder interagir com as marcas a qualquer hora e em qualquer lugar, através dos canais digitais. 82% também acreditam que os clientes esperam ter experiências personalizadas nessas interações. Como tal, este tipo de experiência está a tornar-se recorrente no mundo dos negócios: 82% das empresas FFTF reconhece a procura crescente por personalização. Além disso, a sustentabilidade está também no centro das preocupações do público-alvo destas empresas. 59% dizem que “é uma prioridade estratégica”, enquanto 21% afirmam que é “absolutamente necessária” para o próprio negócio continuar a funcionar. As medidas “Environment, Social and Governance” (ESG) também melhoram à medida que as empresas se tornam “Fit for the Future”. De acordo com a pesquisa realizada pela Vodafone, LSE e B2B International, as empresas que aumentam o seu índice FFTF em 10 pontos podem esperar que o ESG suba 6 pontos. Portanto, faça como elas: ouça os seus clientes e corresponda às expectativas.

O segundo desafio surgiu com a pandemia. Com o mundo em confinamento, a nossa casa transformou-se também em escritório. E a maior parte das pessoas – e negócios – teve de adaptar-se ao trabalho remoto e flexível. 76% das empresas estão satisfeitas com a adoção rápida de novas tecnologias – uma percentagem que aumenta para 89% quando se trata das FFTF. Por isso, se quer que a sua empresa esteja ao nível das melhores, faça a gestão do mundo de trabalho híbrido: a cultura empresarial remota, com trabalho flexível, contribui para que os colaboradores estejam mais motivados e sejam mais produtivos.

Um mundo cada vez mais digital traz oportunidades e desafios praticamente na mesma medida. 86% das empresas, em geral, estão otimistas em relação ao papel da tecnologia na sociedade – um valor que sobe para 93% no que diz respeito às FFTF. 87% de todos os negócios consideram o impacto social da tecnologia que usam, enquanto 68% das “Fit for the Future” estão perfeitamente cientes deste impacto. Assim sendo, já sabe, se quer fortalecer o seu negócio, aposte na tecnologia.

Se ainda lhe parece algo complicado ou difícil de atingir, desengane-se: a sua empresa pode estar a, apenas, cinco passos de distância de ser uma FFTF. Tome nota: em primeiro lugar, tenha uma mentalidade aberta, atitude positiva, planeie o futuro e seja adaptável face à mudança. Só assim, a sua empresa poderá manter-se sólida durante mais tempo. Em segundo, tenha um plano para adaptar a sua empresa às novas tecnologias. Não basta acelerar, tem de saber qual é o caminho a seguir. Em terceiro, corresponda às expectativas dos seus clientes, não só através do digital, mas também de experiências personalizadas e com a sustentabilidade no centro do seu negócio. Em quarto lugar, se quer atrair e reter talento, ouça a sua equipa e esteja atento às necessidades dos seus colaboradores. Um modelo de trabalho flexível é, regra geral, uma forma de ter trabalhadores mais felizes e produtivos. Por último – e igualmente importante – tenha consciência da importância da tecnologia e procure equilibrar os processos manuais com a automação. Mesmo os pequenos passos podem levá-lo longe. Já sabe onde quer chegar? Seja bem-vindo ao futuro.

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