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Luís Montenegro chegou atrasado ao debate e foi o último a entrar no estúdio.
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Luís Montenegro chegou atrasado ao debate e foi o último a entrar no estúdio.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Luís Montenegro chegou atrasado ao debate e foi o último a entrar no estúdio.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

O protesto bem-humorado de Pedro Nuno, o atraso de Montenegro e o basquetebolista improvável. Os bastidores do Debate da Rádio

O atraso de Montenegro e a ausência de Ventura foram alguns dos temas dos bastidores do Debate da Rádio. Os tempos de cada um também foram assunto e arma de arremesso político.

Os candidatos começaram a sentar-se no estúdio para o último debate, mas faltava um além da ausência prevista de véspera, de André Ventura. Luís Montenegro optou por dormir em Espinho e, como estava a chover com intensidade, não arriscou acelerar na A1. Pedro Nuno Santos protestou com a ausência do adversário no pré-debate: “Só começo o debate se começarem pelo PSD”. Quando um dos moderadores lembrou que, em 2022, tinha sido o anterior líder do PS a chegar atrasado, o candidato socialista não desarmou: “Pois, mas eu não sou o doutor António Costa”.

O debate começaria sem Luís Montenegro, que só chegou ao edifício da RTP, onde se realizou o debate, 10 minutos depois da hora marcada. Maquilhado em andamento, ainda no carro, levou apenas um pequeno retoque antes de entrar e 15 minutos depois do início do debate acabaria por se sentar. O atraso serviu, ainda antes de o debate ir para o ar, para Pedro Nuno Santos provocar amigavelmente Rui Rocha a apontar para o então ainda lugar vazio ao seu lado: “Ó Rui, assim se vê quem é o parceiro confiável“. O líder da IL respondeu: “Há o tempo de rir e o tempo de chorar”.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Rui Tavares também já tinha dado o seu aparte pré-debate, antecipando que, daqui a poucos meses, podiam estar ali a debater novamente, tendo em conta os “mini-ciclos”. Pedro Nuno Santos reclamou de imediato: “Não podes dizer isso. Pelo país e por nós”.

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O co-porta-voz do Livre tinha-se cruzado minutos antes com Mariana Mortágua na maquilhagem, onde trocaram palavras amigáveis, mas com uma ligeira provocação. Rui Tavares contou que ia a Odemira (concelho onde há migrantes que enfrentam difíceis condições laborais) na quinta-feira e que andava a fazer um périplo. Já a líder bloquista respondia: “Nós vamos antes, vamos já terça de manhã. Vamos antes de vocês”. Depois do riso geral, Rui Tavares atira antes de desaparecer pelo corredor: “Odemira é um concelho muito grande, vê lá se deixas alguma coisinha para mim”. O co-porta-voz do Livre foi também dos mais fortes nos apartes durante o debate e chegou a dizer, numa indireta às previsões da AD dirigida a Luís Montenegro, que “se eu crescesse 5% ao ano era basquetebolista“. Era uma alusão ao cenário macroeconómico da AD que prevê que o país esteja a crescer 4,4% em 2028.

Mariana Mortágua e Inês Sousa Real riem-se para Pedro Nuno Santos enquanto este era desmaquilhado.

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

As costas como as de Costa e os tempos que o tabu criou

Luís Montenegro, sem saber, acabaria por imitar duas vezes António Costa. Depois de repetir o atraso do ainda primeiro-ministro em 2022, fez exatamente a mesma queixa em 2024 que o então líder do PS tinha feito em 2022: “Estas cadeiras são horríveis. Estive aqui aflito das costas“.

O debate acabou e os candidatos não resistiram a olhar para o plasma com os tempos que cada um tinha ocupado. A indisciplina de alguns e as respostas curtas de outros criou um desequilíbrio nos tempos. Luís Montenegro foi quem falou mais tempo (16minutos e 44 segundos), o que levou Pedro Nuno Santos a protestar novamente, sem vitimização, mas com ataque político: “É o que tem mais tempo porque não responde a nada. Anda ali às voltas e acaba por não responder a nada”. Mariana Mortágua lembrava que já tinha alertado para isso, já que era a única que, de soslaio, conseguia espreitar os tempos — que estavam num ecrã exclusiva e diretamente virado para os moderadores.

Rui Rocha queixou-se então que era o que tinha tido “menos tempo”, enquanto apontava com o pé para o seu rosto no ecrã. Pedro Nuno Santos, em modo bully, não perdoou: “Também não tinhas nada de interessante para dizer”.

Os candidatos, no fim do debate, a conferirem os tempos que cada um falou.

DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

Os líderes seguiram depois para um pós-debate. Falaram por ordem decrescente dos votos que tiveram nas últimas eleições. O líder do PS foi o primeiro a falar, o que obrigou Luís Montenegro a ouvir in loco todas as críticas que o seu adversário estava a fazer. Quando trocaram de lugar e se cruzaram trocaram cumprimentos.

Antes disso Pedro Nuno Santos e Rui Rocha também tinham comentado — enquanto aguardavam as declarações — a ausência de André Ventura. O líder da Iniciativa Liberal a dizer ao socialista: “Tu arrumaste a questão quando disseste que ninguém se senta com ele”.

Apesar das picardias, os sete que estiveram presentes mantiveram boas relações. Paulo Raimundo foi o que mais fez, literalmente, sorrir os restante durante o debate quando disse que “depois de 15 dias de campanha, o dia de reflexão sabe bem para refletirmos, de preferência na horizontal” ou quando disse que “não dá para jogar à bola a falar ao telemóvel”.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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