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O primeiro-ministro António Costa e o ministro Pedro Nuno Santos
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O primeiro-ministro António Costa e o ministro Pedro Nuno Santos

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Sondagem Observador/TVI/Pitagórica. Portugueses chumbam gestão do Governo no dossiê TAP

Quase metade dos inquiridos vê como "má" ou "muito má" a gestão que o Governo tem feito do dossiê TAP mas 49% consideram que o Estado deve salvar a transportadora aérea.

Quase metade dos portugueses (46%) vê como “má” ou “muito má” a gestão que o Governo tem feito do dossiê TAP nos últimos anos, revela a sondagem Observador/TVI/Pitagórica. Uma proporção muito menor dos inquiridos nesta sondagem – 9% – considera que António Costa e o seu executivo têm lidado com esta matéria de forma “boa” ou “muito boa” (33% dizem “razoável”). Ainda assim, praticamente metade dos inquiridos não tem dúvidas: o Estado deve salvar a transportadora aérea.

Estas são algumas das principais conclusões deste estudo de opinião que também olha, em concreto, para um momento-chave de todo este processo: o momento em que António Costa, recém-chegado ao Governo, decidiu reverter a privatização feita pelo seu antecessor, Pedro Passos Coelho. O governo de centro-direita tinha promovido a redução da participação pública para 39% mas António Costa voltou atrás e aumentou-a novamente para 50% (os parceiros privados passaram a ter apenas 45% e os trabalhadores mantiveram os seus 5%).

Olhando para trás, qual destas duas decisões contrárias é vista como tendo sido mais acertada? A julgar por esta sondagem, há uma apreciação mais positiva em relação à decisão de Passos Coelho. Um em cada quatro inquiridos (25%) acha que reduzir a participação do Estado foi uma “boa” decisão ou, mesmo “muito boa”. Uma percentagem inferior a essa – 19% – representa os portugueses que acham que foi “boa” ou “muito boa” a decisão de António Costa de reverter parcialmente a privatização.

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Sublinhe-se, porém, que apesar desta aprovação ligeiramente superior à decisão de Passos Coelho, em ambos os casos os inquiridos acham, maioritariamente, que tanto um governante como o outro agiram de forma errada com as respetivas decisões – 43% no caso da privatização e 44% na reversão acham que estas foram decisões “más” ou “muito más”.

Numa recente (e rara) aparição pública, Pedro Passos Coelho falou sobre a TAP e lembrou as verbas que fazem falta “na saúde, na educação, na ciência ou na ajuda à economia”, mostrando-se contra a injeção de capital numa empresa “redimensionada, com milhares de despedimentos inevitáveis, menos aviões e atividade, sem no entanto explicar ao país que apenas o fará porque reverteu uma privatização que vários governos tentaram, mas só um conseguiu concretizar”.

Passos Coelho critica Governo, da TAP a Ihor Homenyuk, apontando “superior dificuldade em admitir as falhas graves”

Para o antigo primeiro-ministro, que governou entre 2011 e 2015, a companhia aérea TAP irá revelar-se uma pesada fatura que os contribuintes portugueses terão de pagar durante muitos anos, algo que é revelador de uma falta de “respeito e parcimónia” de António Costa e respetiva equipa.

Porque é que a TAP se tornou um problema? Pandemia e gestão

A sondagem questionou os portugueses, também, sobre qual é que era, na sua opinião, o “principal responsável” pelo facto de a situação da TAP ser aquela que existe atualmente. A maior “fatia” de inquiridos – 28% – considera que, acima de tudo, foi a pandemia de Covid-19 que atirou a transportadora para a necessidade de um auxílio financeiro público.

Praticamente um em cada cinco (19%), porém, atiram a maior parte das culpas para os administradores e gestores da TAP, ao passo que 16% acham que os problemas são da responsabilidade da governação de António Costa. Só 9% acham que são as decisões tomadas por Pedro Passos Coelho os causadores das dificuldades existentes e 8% dos inquiridos culpam os acionistas privados. A maior fatia de inquiridos nesta rubrica (20%) ou não sabe ou não responde.

Aqui chegados, todavia, prevalece a opinião de que a TAP deve receber a ajuda financeira dos contribuintes de que necessita para tentar reestruturar-se e ser uma empresa viável: 49% dos inquiridos acham que o Estado deve salvar a TAP mesmo que seja necessário um investimento como aquele que está em cima da mesa.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, participa na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros no Palácio de Ajuda, em Lisboa, 17 de setembro de 2020. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Num cenário mais adverso as necessidades de capital da TAP podem atingir os 3,725 mil milhões de euros até 2024, reconheceu Pedro Nuno Santos.

ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Num cenário mais adverso as necessidades de capital da TAP podem atingir os 3,725 mil milhões de euros até 2024, um valor que já inclui a almofada financeira e o empréstimo de 1,2 mil milhões de euros concedido em 2020.

Estes são valores demasiado elevados para serem subtraídos ao erário público, contrapõem 39% dos inquiridos nesta sondagem. E quem são os portugueses com maior tendência para assumir esta posição contrária à salvação pública da empresa? Segundo este estudo de opinião, são sobretudo os homens entre os 35 e os 44 anos de idade, da chamada classe social A/B e eleitorado a pender para o lado do PSD. E outro dado curioso: é maior a resistência a esta injeção pública entre os residentes do Grande Porto.

Ora, o ex-presidente da Câmara Municipal do Porto – hoje líder do PSD – defendeu que a liquidação da TAP poderá ser uma hipótese se o plano de reestruturação do governo não tornar a empresa viável. Rui Rio salientou, também, que muitos dos funcionários tem rendimentos mais altos do que o de outras empresas do setor e que sempre que querem um aumento salarial não hesitam em fazer greve, deixando duvidas de como estes se poderão comportar no futuro.

A julgar por este estudo de opinião, uma clara maioria dos inquiridos (54%) concorda com esta análise do líder do PSD – 37% “concordam” e 17% “concordam totalmente”. Só 19% discordam ou “discordam totalmente”, ao passo que 21% não sabem ou não respondem.

Ficha técnica

Durante 6 semanas (10 Dezembro 2020 a 21 de Janeiro 2021) vai ser publicadas pela TVI e pelo Observador uma sondagem em cada semana com uma amostra mínima de 626 entrevistas. Em cada semana a amostra corresponderá a 2 sub-amostras de 313 entrevistas. Uma das sub-amostras será recolhida na semana da publicação e a outra na semana anterior à da publicação. Cada sub-amostra será representativa do universo eleitoral português (não probabilístico) tendo por base os critérios de género, idade e região.

Semana 1 Publicação: O trabalho de campo decorreu entre os dias 10 e 13 de Dezembro. Foi recolhida uma amostra total de 629 entrevistas que para um grau de confiança de 95,5% corresponde a uma margem de erro máxima de ±4,0%. A seleção dos entrevistados foi realizada através de geração aleatória de números de “telemóvel” mantendo a proporção dos 3 principais operadores identificados pelo relatório da ANACOM, sempre que necessário são selecionados aleatoriamente números fixos para apoiar o cumprimento do plano amostral. As entrevistas são recolhidas através de entrevista telefónica (CATI – Computer Assisted Telephone Interviewing).

O estudo tem como objetivo avaliar a opinião dos eleitores Portugueses, sobre temas relacionados com as eleições, nomeadamente os principais protagonistas, os momentos da campanha bem como a intenção de voto nos vários partidos. A taxa de resposta foi de 55,32%. A direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva.

A taxa de abstenção na sondagem é de 56,6% a que correspondem os entrevistados que aquando do momento inicial se recusaram a responder à entrevista por não pretenderem votar nesta eleição.

A Ficha técnica completa bem como todos os resultados foram disponibilizados junto da Entidade Reguladora da Comunicação Social que os disponibilizará oportunamente para consulta online.

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