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Demand for COVID-19 testing increases in Portugal as case numbers rise ahead of the Christmas Festivities
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NurPhoto via Getty Images

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Testes a mais justificam número de casos? Não e Portugal testa menos do que devia. Especialistas querem menos isolamento

Neste momento 20 em 100 PCRs são positivos. Não deviam ser mais de 5. País não tem controlo sobre a Covid. Para se alcançar o mesmo número de internados de há um ano eram precisos muito mais casos.

Não, Portugal não está a testar demais: está mesmo a testar menos do que devia para manter a epidemia de Covid-19 sob controlo. O argumento de que o número de novos casos diários, que esta quarta-feira esteve perto dos 27 mil, está a ser maior do que nunca porque se está a fazer mais testes do que se devia cai por terra quando se olha para a percentagem de casos positivos entre todos os testes PCR que têm sido efetuados em Portugal. Para que o país não ultrapasse as linhas vermelhas estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde, as autoridades de saúde têm de fazer 375 mil testes diariamente. Mas, apesar dos picos que permitiram alcançar números próximos deste em vésperas de Natal, a média continua apenas nos 220 mil testes.

Carlos Antunes calcula que a taxa de positividade já tenha subido para 15% a 20%, o que representa um descontrolo da epidemia de Covid-19 em Portugal. E fazer menos testes não é solução: “Isso seria apenas fechar os olhos porque os casos continuam por aí. Levado ao absurdo, se não fizermos testes a pandemia nem sequer existe”.

O alerta foi partilhado com o Observador por Carlos Antunes, engenheiro da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa que, juntamente com o epidemiologista Manuel Carmo Gomes, tem acompanhado a evolução da epidemia desde que ela surgiu em Portugal. A 25 de dezembro, Dia de Natal, a taxa de positividade (a métrica que indica quantos casos positivos existem em cada 100 testes realizados)  já rondava os 12% — e isto contando apenas com os testes PCR, os únicos que confirmam às autoridades de saúde um diagnóstico de infeção. Volvidos quatro dias, Carlos Antunes calcula que a taxa de positividade já tenha subido para 15% a 20%, o que representa um descontrolo da epidemia de Covid-19 em Portugal. E fazer menos testes não é solução: “Isso seria apenas fechar os olhos porque os casos continuam por aí. Levado ao absurdo, se não fizermos testes a pandemia nem sequer existe”.

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Henrique Barros, epidemiologista e presidente do Conselho Nacional de Saúde, concorda que parte dos novos casos não seriam identificados se o volume de testagem fosse mais baixo. Mas isso não significa que se esteja a testar demais: na verdade, quanto mais se testar melhor. Em entrevista à Rádio Observador esta manhã, o especialista defendeu que “termos 300 mil, 400 mil, 500 mil pessoas a testarem-se todos os dias é o que deve acontecer”, mesmo que isso se traduza num grande número de novos casos diários.

“Não há razão nenhuma para mudar o nosso cuidado com a infeção”, alerta epidemiologista Henrique Barros

“Felizmente estamos a ter uma enorme capacidade de fazer testes. E ainda bem, porque eles vão cobrir as eventuais falhas da vacinação. Não vejo razão nenhuma para mudar o nosso cuidado com a infeção”, defendeu o especialista. De resto, basta analisar os números do ano passado para revelar como a capacidade de testagem aumentou — e não só isso: também mudou.

Segundo Henrique Barros, a 23 de dezembro de 2020 as autoridades de saúde concretizaram quatro testes por cada 1.000 pessoas, enquanto agora o número médio de testes na última semana é 400% superior: são 20 testes por 1.000 pessoas. “Simplesmente este facto dá-nos a dimensão de que nós estamos a fazer tantos mais testes que identificamos muita mais gente infetada do que antes, quando estávamos sobretudo a identificar pessoas com queixas ou pessoas com suspeitas por terem tido um contacto”, concretiza o epidemiologista.

Quando a taxa de positividade aumenta é porque o vírus se está a espalhar mais rápido do que o crescimento visto em casos confirmados. Ou seja, mesmo com um nível de testagem incomparável com o do passado, Portugal está a correr atrás do prejuízo e continua a perder distância: “A infeção reproduz-se a um ritmo muito grande. Tínhamos de conseguir aumentar a capacidade de testagem à mesma velocidade a que a infeção está a aumentar, mas não estamos a ser capazes porque os recursos são limitados”.

Mesmo assim, Portugal está longe da situação ideal. Em maio de 2020, a Organização Mundial de Saúde estipulou que os países podem considerar que têm a epidemia “sob controlo” enquanto a taxa de positividade está abaixo dos 5%. E, de acordo com os últimos dados reportados à plataforma Our World in Data da Universidade de Oxford, Portugal registou uma taxa de positividade de 3,47% na véspera de Natal. São números muito distantes dos apresentados por Carlos Antunes, mas só porque os dados entregues à Universidade de Oxford contam não só com os testes PCR de diagnósticos, como também com os PCR efetuados para confirmar uma recuperação e os testes rápidos de antigénio — que as autoridades de saúde não aceitam como prova de diagnóstico, tanto que todos os casos positivos detetados com eles são confirmados com testes PCR. Mais: como estes testes podem ser feitos à mesma pessoa, os dados são duplicados.

Mesmo colocando na equação a totalidade de testes efetuados em Portugal, a taxa média de positividade já tinha aumentado para 5,5% no Dia de Natal e agora deve estar perto dos 6%, demonstram as contas de Carlos Antunes. E a OMS é clara: quando a taxa de positividade aumenta é porque o vírus se está a espalhar mais rápido do que o crescimento visto em casos confirmados. Ou seja, mesmo com um nível de testagem incomparável com o do passado, Portugal está a correr atrás do prejuízo e continua a perder distância: “A infeção reproduz-se a um ritmo muito grande. Tínhamos de conseguir aumentar a capacidade de testagem à mesma velocidade a que a infeção está a aumentar, mas não estamos a ser capazes porque os recursos são limitados”.

Aliás, a capacidade de testagem está a ser proporcionalmente inferior agora do que a 29 de dezembro de 2020, mesmo com o país a realizar mais testes PCR este ano: a taxa de positividade há um ano era de 10%. Ou seja, as autoridades de saúde tinham um maior controlo sobre a epidemia: mesmo testando menos do que agora, e mesmo com esta métrica a demonstrar um nível de testagem inferior ao necessário para tomar as rédeas à epidemia, ele era mais adequada à realidade epidemiológica do que é agora.

Portugal precisava de 2.300 rastreadores para conseguir manter a Covid-19 debaixo de olho. Mas só tem 500

As limitações começam, desde logo, nas equipas de rastreamento. Há quatro semanas consecutivas que existem cerca de 500 rastreadores alocados para os inquéritos epidemiológicos, mas cada um pode gerir seis novos casos diários — este é, pelo menos, o número máximo adequado para os rastreadores conseguirem identificar seis a nove contactos de risco, realizarem os inquéritos epidemiológicos e reportarem as informações aos delegados de saúde e médicos de família. Esses números já não bastam: agora seriam precisos 2.300 rastreadores, além dos 375 mil testes diários, para manter o controlo da epidemia. A consequência? Pelo menos até sexta-feira, só 58% dos contactos tinham sido rastreados. E o volume de trabalho aumenta com centenas de milhares de isolados.

Sobrecarga do SNS24. “Surpreendente que não se use o email”

É por isso que o volume de testagem considerado adequado não é, apesar de tudo, consensual na comunidade científica. Ao contrário de Henrique Barros e Carlos Antunes, o virologista Pedro Simas considerou na CNN Portugal que “esta corrida aos testes não é boa, é alarmista”, porque “prejudica o restante funcionamento do SNS”: Portugal, com cerca de 90% da população vacinada, “deve assumir o papel de liderança que teve e dar um exemplo ao mundo de que se pode desconfinar”.

Neste momento, com 26.867 novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2, a pressão nos hospitais é incomparável à que se registava há um ano: com oito vezes menos casos que atualmente — contabilizavam-se 3.336 novos infetados a 29 de dezembro de 2020 —, Portugal tinha 2.930 internados por Covid-19. E o pior ainda estava para vir. Passado um ano, esta quarta-feira o país registou apenas 971 internados. Fazendo as contas, numa proporção simples levando em conta o número de casos e de internados há um ano e agora, para se alcançar o mesmo número de hospitalizações que a 29 de dezembro de 2020, seriam necessários muitos mais casos do que os registados atualmente. 

DGS. Na terça e quarta-feira, o número de infetados cresceu mais de 66% em relação à semana anterior

Espanha, que também tem milhares de pessoas em isolamento, comprometendo o funcionamento de serviços essenciais, se decidiu esta quarta-feira que quem testou positivo pode sair de isolamento ao fim de sete dias desde que não tenha mais do que sintomas leves. E o mesmo se aplica aos seus contactos de risco.

Aquando do surgimento da Ómicron, o período de isolamento foi aumentado em Portugal de 10 dias para duas semanas nos casos que se desconfiasse de infeção pela nova variante. Seria uma “medida temporária de precaução”, nas palavras da diretora-geral da saúde Graça Freitas, mas que não acompanha a tendência de outros países: em Inglaterra, desde a semana passada que quem testar positivo à presença do SARS-CoV-2 só terá de ficar sete dias em casa desde que um teste PCR resulte negativo, menos três do que ditavam as últimas indicações das autoridades de saúde. Agora, com a Ómicron a ser responsável por 75% dos novos casos em Portugal, há quase 250 mil pessoas em isolamento neste momento no país. E o número pode alcançar os 600 mil em janeiro. 

Especialistas apelam à redução do tempo de isolamento para cinco a sete dias

É tanta gente que Espanha, que também tem milhares de pessoas em isolamento, comprometendo o funcionamento de serviços essenciais, se decidiu esta quarta-feira que quem testou positivo pode sair de isolamento ao fim de sete dias desde que não tenha mais do que sintomas leves. E o mesmo se aplica aos contactos de risco. O debate também acontece por cá e a Madeira tornou-se já a primeira região do país a reduzir o tempo de isolamento imposto a quem esteja infetado pelo coronavírus, de dez dias para apenas cinco, desde que não se tenha sintomas de Covid-19 — a mesma duração em vigor nos Estados Unidos.

Espanha reduz de 10 para sete dias isolamento de infetados com Covid-19

O mesmo se aplica aos contactos de risco destes infetados que não estejam vacinados ou ainda não tenham recebido a terceira dose (ou segunda, no caso da vacina da Janssen). Quem estiver vacinado e com a dose de reforço nem sequer tem de cumprir quarentena se não exibir sintomas de Covid-19. Mas há uma regra que toda a gente tem de cumprir: utilizar uma máscara com filtração mínima das cirúrgicas até ao décimo dia.

Mas, pelo menos na Madeira, a paralisação da sociedade com mais de meio milhão de portugueses em quarentena não foi um argumento para aliviar as medidas de isolamento: a questão é que “com o predomínio desta variante, a atual evidência científica sugere que a maior parte da transmissão da SARS-CoV-2 ocorre no início do curso da doença, geralmente um a dois dias antes antes do início dos sintomas e dois a três dias depois”.

Madeira reduz para cinco dias isolamento de assintomáticos e contactos

O médico Paul Hunter defendeu mesmo que este é o momento para se começar a debater o fim das medidas de isolamento. “A questão de por quanto tempo seremos capazes de permitir que as pessoas se isolem se forem positivas terá que ser discutida em breve, porque acho que esta é uma doença que não vai embora”, argumentou.

Espanha fala de um compromisso a duas frentes: libertam-se os funcionários dos serviços essenciais, em pré-colapso porque têm milhares de trabalhadores em isolamento; e obedece-se à evidência científica mais recente, que diz que, com a variante Ómicron, “os positivos nas formas de infeção leve ou assintomática deixam de ser contagiosos a partir do sétimo dia”, disse José Miguel Cisneros, chefe do departamento de doenças infecciosas, do Hospital Virgen del Rocío (Sevilha) ao El Pais.

No Reino Unido, em entrevista à BBC, o médico Paul Hunter defendeu mesmo que este é o momento para se começar a debater o fim das medidas de isolamento. “A questão de por quanto tempo seremos capazes de permitir que as pessoas se isolem se forem positivas terá que ser discutida em breve, porque acho que esta é uma doença que não vai embora”, argumentou. Na África do Sul, onde a variante Ómicron foi originalmente detetada, as autoridades de saúde dispensaram da testagem ao SARS-CoV-2 e de cumprirem isolamento as pessoas que tiverem contactado com um infetado, mas não tiverem quaisquer sintomas — ainda que nas últimas horas se tenha assistido a um recuo.

Em entrevista à Rádio Observador, o epidemiologista Henrique Barros considerou que o tempo de isolamento imposto em Portugal perante um contacto de risco “sempre foi excessivo na maior parte das circunstâncias” e “errático na forma de ser aplicado”: “Muito provavelmente exageramos sempre no número de dias”.

A própria Ordem dos Médicos exigiu “uma adaptação ágil” às regras do isolamento, com a redução do período de 10 dias para sete: um comunicado do grupo de clínicos sugeriu “a reavaliação dos períodos de isolamento e de baixa por doença ou após contacto de alto risco (por exemplo, sete dias) com testagem de modo a assegurar segurança do próprio e de todos, tendo em atenção a presença de fatores de risco, estado vacinal e o impacto do absentismo laboral”.

E Manuel Carmo Gomes também defendeu que é preciso “reduzir o número de dias de isolamento”: “As pessoas têm de saber que no essencial devem auto isolar-se em cerca de cinco dias, se possível fazerem o autoteste para ver se estão positivas e fundamental: não devem ir ao hospital”, defendeu em declarações à SIC Notícias.

Pelo menos o poder político e as autoridades de saúde parecem ter ouvido o apelo dos cientistas. O secretário de Estado adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, admitiu esta quarta-feira que a redução do número de dias de isolamento é uma medida que está a ser equacionada pelo Governo. “Perante esta evolução [da pandemia] é uma possibilidade, com certeza” e uma “matéria que está a ser estudada” pela Direção-Geral da Saúde, disse.

Lacerda Sales abre a porta à redução de dias de isolamento: “É uma possibilidade” e seria “uma boa notícia para todos”

Covid-19 está a caminho da endemia: Israel quer apostar na infeção natural

Foi também Carmo Gomes quem admitiu que, se a variante Ómicron for realmente menos grave do que a Delta em populações muito vacinadas, a imunização natural da população pode ser uma hipótese: “Nunca advoguei teorias de imunidade de grupo por infeção natural, mas estamos numa situação completamente diferente, com a população praticamente toda vacinada e uma variante que, para já, não parece ser muito preocupante em hospitalizações”. Isso também aliviaria a pressão que está a ser colocada no rastreamento, admite o epidemiologista.

Israel está a considerar a promoção de um “modelo de contágio em massa” da variante Ómicron — uma estratégia que não resultou na fase inicial da pandemia na Suécia, quando ainda não havia qualquer cobertura vacinal para a Covid-19 e o coronavírus era mais letal.

A sugestão de Carmo Gomes foi repetida pelo virologista Pedro Simas, que em entrevista à CNN Portugal defendeu que a nova variante “vai conferir uma imunidade muito boa às pessoas, a par da que já têm com a vacinação” e que o melhor é “deixar o vírus disseminar-se”: “Este é o início inequívoco da endemia. Só se entra em endemia verdadeira quando, num país, a maior parte das pessoas já teve infeções e o vírus circula livremente. Isto é normal”.

Não são as vantagens dessa estratégia que separam os especialistas: todos concordam que Portugal é o único palco possível para a colocar à prova e que o SARS-CoV-2 caminha em direção à endemia. Mas o facto de a variante Ómicron ser tão recente, e ainda pouco estudada, deixa a muitos cientistas de pé atrás na hora de adotar efetivamente qualquer estratégia semelhante à da imunidade de grupo.

E é o próprio epidemiologista que o afirma: “Não vejo que haja recursos humanos para conseguir acompanhar em termos de rastreadores, isolamentos de casos, vigilância, etc. Temos já uma quantidade imensa de pessoas empenhadas nisto e os cuidados de saúde primários podem ser postos em causa. Se isso se confirmar, talvez faça sentido deixar que imunize as pessoas naturalmente“, disse Carmo Gomes.

Mesmo fora de Portugal, esta estratégia já está a passar da teoria à prática: Israel está a considerar a promoção de um “modelo de contágio em massa” da variante Ómicron — uma estratégia que não resultou na fase inicial da pandemia na Suécia, quando ainda não havia qualquer cobertura vacinal para a Covid-19 e o coronavírus era mais letal. Especialistas do Ministério da Saúde israelita ponderam agora uma mudança de política para alcançar a imunidade de grupo através de infeções em massa com esta variante.

 
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