Enquanto dormia… |
Explicávamos como André Ventura quer ver o sindicado apoiado pelo Chega nas ruas até ao verão, apesar da resistência que tem encontrado nas ruas. O “Solidariedade”, a grande confederação sindical que pretende mimetizar o que o Vox fez em Espanha, continua na gaveta, sete meses depois, mas a ambição mantém-se: Ventura planeia uma primeira grande manifestação agendada para essa altura. O objetivo é competir com a UGT e a CGTP e com os partidos à esquerda pela captação do descontentamento. |
Pela primeira vez, Rosa Grilo assumiu que matou o marido. A viúva do triatleta Luís Grilo confessou de viva voz ter drogado e disparado sobre ele o tiro fatal, de acordo com o Público e o Correio da Manhã. Contou pormenores, deixou o amante de fora e complicou o caso da ex-advogada — que, juntamente com o assessor forense com o qual trabalhava, está pronunciada pelo crime de favorecimento pessoal na defesa de Rosa Grilo. São ambos suspeitos de terem plantado provas para organizar uma nova “cena do crime”, numa tentativa de que o julgamento fosse prolongado e que a viúva acabasse por ser libertada e absolvida. Depois destas novas revelações, a defesa de António Joaquim, à época amante de Rosa Grilo, admite apresentar recurso. |
No caso TAP, Miguel Cruz, secretário de Estado do Tesouro à época da indemnização a Alexandra Reis, considera que os 55 milhões de euros pagos a David Neeleman foram o “valor mínimo” para “salvar” a companhia. O valor foi pago em 2020, em plena pandemia, para o empresário americano sair da TAP, depois de este inviabilizar a ajuda de emergência que o Estado queria dar à transportadora. Miguel Cruz garante que o valor resultou de uma negociação conduzida por advogados que tinham instrução para encontrar valor mínimo. Pode ler aqui o que importa reter desta audição, em oito pontos. |
Já a carta conforto dada em 2015 aos bancos, que determinou que o Estado assumiria a dívida da TAP em caso de incumprimento, foi “muito, muito, muito séria” e grave, afirma Pedro Marques. O antigo ministro das Infraestruturas diz que não teve indicações de ilegalidade na venda de 2015, mas considera que a privatização foi feita à pressa, quando o Governo PSD/CDS caiu, depois da rejeição no Parlamento do programa de Governo. O ex-ministro socialista foi esta terça-feira ouvido na comissão de Economia e Obras Públicas no Parlamento e hoje voltará à Assembleia da República para comparecer na comissão de inquérito parlamentar à TAP. |
A terminar, deixo-lhe ainda uma sugestão: o podcast “Nem Tudo o que Vai à Rede é Bola. Na última edição, pode conferir os elogios à “classe de João Almeida em Roma”, pelo presidente da Federação, Delmino Pereira, e pelo primeiro treinador do ciclista, José Pedro Fernandes. Neste episódio vai encontrar ainda notas sobre os heróis do título do Benfica. |
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Boa quarta-feira. |