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Como terá sido a vida em 1974 e 1975? Falamos da vida quotidiana, do trabalho, da escola, dos meios de transporte ou da ida à mercearia (ainda não existiam hipermercados). O cinquentenário da revolução serviu de inspiração a comemorações oficiais, exposições, conferências, debates, livros, programas especiais de rádio e televisão, artigos, entrevistas, enfim, só para citar alguns exemplos. Mas como seria viver naqueles dias? Como seria ir trabalhar, alimentar os filhos, imaginar o futuro? |
Os meus avós maternos tinham uma tasca no Bairro Alto, em Lisboa. Não era um restaurante, não era um café, era uma tasca com mesas de tampo de mármore, onde as pedras de dominó e os copos produziam um som muito similar. Infelizmente, já não lhes posso perguntar quantos dias estiveram fechados, se o meu avô cortou nas compras ou se a minha avó cozinhou mais ou menos petiscos do que era habitual. Será que aumentaram os preços ou mantiveram tudo como estava? Rui Ramos e Pedro Jorge Castro não conhecem esta parte da minha história, mas procuraram respostas para as minhas perguntas no novo podcast da Rádio Observador, que estreia na próxima segunda-feira, 6 de janeiro, dia de Reis, depois do jornal das 13h. |
“A Vida em Revolução” é uma série de entrevistas que tem como primeiro convidado, Marçal Grilo. O amigo de infância de Ramalho Eanes, que lhe chamava “pinguim”, emociona-se ao recordar uma manifestação na Alameda em 1975. O então jovem, que viria a ser ministro da Educação nos anos 90, descreve as lutas e as cenas de pancadaria no Instituto Superior Técnico, em Lisboa. Desses tempos lembra-se bem dos professores amedrontados e saneados ou da detenção de Soares Carneiro, que o impressionou. A Marçal Grilo, juntam-se outros nomes como o de Zita Seabra, que nos fala dos jovens comunistas desses tempos quentes ou Manuel Fonseca, que nos relata como foi vivida a revolução em Angola. |
Mas a vida quotidiana é também feita de outros ingredientes e foi por isso que Rui Ramos e Pedro Jorge Castro chamaram à conversa Toni, campeão pelo Benfica em 1975; Joaquim Letria, que moderou o debate entre Mário Soares e Álvaro Cunhal na RTP e co-apresentou a primeira noite eleitoral para a Assembleia Constituinte; João Braga sobre os movimentos de direita e o Fado; Ana Salazar, que protagonizou a revolução na moda; João Van Zeller, que fala da alta finança em Angola; Artur Lopes sobre a área da saúde; Lídia Maria, hospedeira, que viveu os tempos da ponte aérea entre Lisboa e Luanda; o taxista Vítor Carvalhal; o advogado João Nuno Azevedo e o Padre Armando Duarte. |
As produtoras da Rádio Observador Inês Santos e Maria Nunes tiveram como missão adicional às tarefas quotidianas encontrar pessoas, já adultas em 1974 e 75, que nos relatassem as histórias do dia a dia desses tempos. E conseguiram. O sonoplasta Artur Costa tratou do áudio. O primeiro episódio ficará disponível em podcast já na segunda-feira e passa na rádio às 13h10 com repetição às 09h10 de domingo. “A Vida em Revolução” é um podcast da autoria de Rui Ramos, historiador consagrado, fundador do Observador, co-anfitrião do “E o Resto é História”, autor de obras de referência da História de Portugal e de Pedro Jorge Castro, diretor adjunto do Observador, também um apaixonado por História, em especial pelo período do PREC (Período Revolucionário Em Curso) e autor do podcast “O esplendor e a Infâmia”. |
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Talvez lhe tenha escapado
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31 de julho de 1992. Quando encontra o corpo de uma mulher num barracão na Póvoa de Santo Adrião, a PJ não imagina que é o início de um dos mais enigmáticos casos da história do crime em Portugal
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Podcast Plus
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Cinco meses depois, mais um crime, noutro local mas com a mesma assinatura. No episódio 2 de "A Caça ao Estripador de Lisboa” a PJ já não tem dúvidas de que há um assassino em série à solta na cidade.
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Podcast Plus
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O assassino volta à Póvoa de Santo Adrião e faz a terceira vítima. Mas desta vez a polícia não precisa de ajuda para a identificar: é uma mulher que os agentes responsáveis pelo caso conhecem bem.
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Podcast Plus
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Com a investigação praticamente parada, a PJ decide pedir ajuda à polícia internacional mais habituada a lidar com casos de assassinos em série. Quarto episódio de "A Caça ao Estripador de Lisboa".
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Podcast Plus
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E se o assassino já tiver começado a matar há anos e nos EUA? No episódio 5 de "A Caça ao Estripador de Lisboa" a PJ segue várias pistas internacionais. E põe sob escuta um médico muito suspeito.
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Podcast Plus
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No último episódio de "A Caça ao Estripador de Lisboa", os crimes vão prescrever mas a história não acaba. Em 2011 um jornal anuncia que fez aquilo que a PJ nunca conseguiu: descobriu o assassino.
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Crime
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Muitos moradores só souberam do crime de manhã. Na origem estará o momento em que a mãe do filho de Bruno, acompanhada de um homem, foi buscar a criança de três anos, que ficou ferida numa mão.
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Vichyssoise
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A relação entre Marcelo e Montenegro e a escolha falhada do novo secretário-geral do Governo foram temas à mesa da Vichyssoise. O convidado foi o líder parlamentar do BE, Fabian Figueiredo.
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Ministério Público
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Supremo condenou procuradora a pena suspensa por ter falsificado documentos e ter deixado prescrever 89 processos. Mas não perdoou "incúria" da inspeção do MP e "inércia" da hierarquia da magistrada.
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Função Pública
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Quatro secretários-gerais adjuntos assumiram funções ainda sem um secretário-geral. Ficam em regime de substituição até que a Cresap abra concursos — pelos quais "não era viável" esperar, diz Governo.
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Governo
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Hélder Rosalino desistiu da nomeação para a liderança da (nova) Secretaria-geral do Governo, onde iria receber o mesmo salário de quase 15.000 euros por mês que ganha como quadro Banco de Portugal.
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Governo
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Governo alterou salário de novo secretário-geral, mas uma lei de 1988 em vigor coloca um limite, que não é afastado pelo polémico decreto que a oposição diz ter sido feito "à medida" de Rosalino.
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Educação
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No ano passado, Rui Garcia viajou de carrinha de Ponte de Lima até Elvas, para dar aulas. Hoje, vive em casa e dá aulas em Arcos de Valdevez. Mas avisa que a situação pode mudar já em setembro.
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Moçambique
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Já lhe ofereceram dinheiro para desistir. Armas para defender o povo. Tem de cruzar fronteiras, mudar de casa de três em três dias, mas candidato moçambicano diz que vai voltar ao país e governar.
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Moçambique
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Montenegro e Marcelo não tardaram a reagir ao resultado das eleições de Moçambique. Oposição não poupa nas críticas e especialistas acusam Governo de "precipitação" e "incompetência".
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Alterações Climáticas
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Super-agência deve gerir mais de seis mil milhões de euros até 2032 e há um fundo que será financiado por uma nova tarifa europeia que vai penalizar os combustíveis e pode substituir taxa de carbono.
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Mercados Financeiros
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Analistas confiantes de que, apesar das fortes subidas das ações dos EUA (sobretudo as tecnológicas), ganhos vão continuar em 2025. Mas as cotações estão tão "esticadas" quanto na bolha das "dotcom".
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Terrorismo
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Em 2019, os EUA proclamaram a morte do grupo. Seis anos depois, uma bandeira do EI aparece no carro de um terrorista que matou 15 pessoas no país. Como é que os jihadistas renasceram das cinzas?
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Cinema
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Foi salva-vidas para o mundo ver e partilhada na internet antes que a viralidade tivesse nome. Agora, Pamela Anderson é "The Last Showgirl e está nomeada para um Globo de Ouro. Falámos com ela.
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Livros
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No livro "Os Judeus e a Comédia", o autor americano conta o que diz ser "uma história muito séria": a de um povo que se diz eleito mas cuja perseguição pode ter algo de cómico. Entrevistámo-lo.
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Livros
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Napoleão Bonaparte é o tema central de cerca de 60.000 de livros, mas a biografia pelo historiador Andrew Roberts não tem dificuldade em conquistar um lugar no topo da pilha.
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Séries
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Regressou à Netflix a narrativa distópica onde muita gente morre e mata. Sete episódios feitos de jogos nada lúdicos, que servem de lucro para alguns e de entretenimento sangrento para uns poucos.
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Opinião
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É hoje inegável que o Banco de Portugal está a ser politicamente instrumentalizado de uma forma flagrante, ao serviço dos objetivos políticos do seu actual Governador.
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O caso da contratação do secretário-geral do Governo é uma lição sobre a dificuldade de atrair talento, a distorção dos salários na administração pública e a falta de coragem de quem nos governa.
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Há um mundo de problemas reais, o das pessoas no seu dia a dia, e um outro mundo onde habita uma esquerda cada vez mais caviar, cada vez mais enredada em esquemas mentais preconceituosos e ideológicos
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Numa altura em que todos os dias nos dizem que o clima está cada vez mais imprevisível, estamos a pôr as fichas todas em energia cuja produção implica prever o clima. Faz sentido.
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