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Deve dizer-se “ter aceitado” ou “ter aceite”? Muita gente teria esta dúvida, o que terá ajudado a que, ao décimo episódio, o Português Suave tenha disparado e chegado aos lugares cimeiros do top nacional de podcasts da Apple. |
O programa estreou há dois meses nas manhãs 360 de fim de semana da Rádio Observador. Todos os domingos, às 11h10, o linguista Marco Neves junta-se ao André Maia e ao João Costa e Silva para desvendar curiosidades linguísticas e esclarecer dúvidas dos ouvintes. Como é que uma ideia tão simples sobre mitos, regionalismos e erros de português pode estar a ser tão procurada por tantos ouvintes? |
O próprio Marco Neves, que tem dezenas de milhares de seguidores nas várias redes sociais, arrisca uma tentativa de explicação: “Hum… Talvez o tema, que interessa a muitas pessoas, e o facto de não o tratarmos como é habitual. Ou seja, não passamos a vida a dizer ‘estão a dizer tudo mal’, mas antes a mostrar o que é interessante na língua (e depois, claro, esclarecemos as dúvidas). Não sei se faz sentido.” Faz todo o sentido, claro. Junta-se talvez o tom descontraído, que torna um prazer aprender a falar e escrever melhor desta forma. |
Até os especialistas gostam do programa. Entre as dezenas de emails de ouvintes com dúvidas que escreveram para portuguessuave@observador.pt, o mais longo tinha o sugestivo subject: “Calhandreiros e o galaico-português”. Foi enviado por Ana Lúcia Reis, professora no departamento de Línguas e Literaturas Românicas da Universidade de Oviedo, que confessou que se entretém a ouvir o podcast nas caminhadas matinais e chega a rir-se sozinha, “para gáudio dos outros caminhantes”. Dando os parabéns pelo programa, a professora colocou uma dúvida sobre se “a língua portuguesa vem diretamente do galego, nunca tendo passado por um estado intermédio de transição”. |
Há também quem meta “cunhas” para ver certas dúvidas esclarecidas no programa. Foi o caso do ex-deputado Duarte Marques, que pediu ao nosso repórter parlamentar para o “Português Suave” se debruçar sobre um erro frequente: “Tens de lhe sugerir o Pego ou pêgo. A eterna confusão :)” |
Entre gravações, quando vem aos nossos estúdios, o linguista é também abordado por muita gente que trabalha no Observador, com dúvidas, palavras e expressões que querem ver esclarecidas. Parece algo que só aconteceria a estrelas da música ou do futebol, mas o nosso Marco Neves já teve até um condutor a parar o carro na estrada só para lhe gritar que costuma ouvir o “Português Suave”. É um verdadeiro linguista popstar. Estamos a adorar este sucesso. |
Por graça, pedi ao Marco Neves que lesse esta newsletter para acrescentar uma curiosidade sobre qualquer das palavras ou expressões usadas. Eis o que ele enviou, que funciona quase como um mini-episódio inédito do Português Suave, só para os nossos assinantes: |
“Olhei para a palavra «prazer» e lembrei-me de como os falantes da nossa língua, desde tempos imemoriais, gostam de transformar o som L no som R. Por isso há tantas palavras em que temos um R onde os nossos vizinhos têm um L: praia (e não «playa»), branco (e não «blanco»), prato (e não «plato») – e prazer (e não «placer»). É um pormenor, mas é também desses pormenores que se faz a identidade da nossa língua. E acrescento: é um prazer estar na Rádio Observador!” |
Depois, humildemente, o Marco ainda acrescentou um parêntesis: “(posso pensar noutra coisa)”. Claro que não seria preciso, já foi bastante surpreendente — e a palavra não podia ter sido mais bem escolhida: o prazer é nosso. |
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Antónia acatou quando os videntes lhe disseram que, para reaver o prémio de 30 milhões de euros, teria de estar disposta a dar-lhes dinheiro. Quando esgotou as poupanças, recorreu aos mais próximos.
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Estudo revelou que mais de 95% dos possíveis custos com catástrofes não estão acautelados por seguros. Autoridade do setor admite riscos "preocupantes" em Portugal, que está "particularmente exposto".
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Arterial
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Um coágulo numa válvula cegou-lhe um olho, um rasgão na aorta quase lhe parava o coração. Pedro Carvalho tem síndrome de Marfan e já foi operado quatro vezes, mas desafia a ciência há vários anos.
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O Observador faz a pré-publicação de "Génesis", livro publicado um ano após a morte do político e em que este (com Craig Mundie e Eric Schmidt) reflete sobre as transformações tecnológicas em curso.
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O novo livro, "O Lago da Criação", e o que há de real na ficção. As expectativas e as desilusões sobre uma vida partilhada. A política, a América e o mundo. Entrevista com a escritora americana.
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Ganhou um Tour por três minutos, perdeu outro por quatro segundos, tem duas pratas em Mundiais. Começou na patinagem, foi florista, tornou-se uma ciclista de elite. Entrevista a Demi Vollering.
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Mais cínico ou mais verdadeiro, Joshua Tillman construiu uma persona ao longo dos anos e dos discos e faz-se trovador adorado. Mas em 2024 e com um novo álbum, ainda molda as vontades de quem o ouve?
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Após uma década, o festival açoriano que reúne diferentes linguagens artísticas dá lugar a uma bienal. Primeira edição acontece entre setembro e novembro de 2025, com epicentro na ilha de São Miguel.
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"O Rei de Nova Iorque" é a nova biografia do homem que a partir dos infernos mudou a cultura popular. Falámos com o autor, Wille Hermes, sobre música, sexo, negócios, redenção e morte.
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O problema do 25 de Novembro é que a sua história e celebração obrigariam a oligarquia a reconhecer que a democracia assentou numa coligação diferente da que governou o país nos últimos anos.
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Ao contrário da história da Carochinha que agora nos tentam contar, o que saiu do 25 de Novembro não foi uma democracia plena. Os partidos da direita querem comemorar isso? Que lhes faça bom proveito.
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São 16 protagonistas de 50 anos de democracia, 16 testemunhas empenhadas que Maria João Avillez entrevistou para o podcast do Observador "Eu Estive Lá" e agora foram reunidas em livro. Pré-publicação.
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