Recentemente escrevi um artigo de opinião sobre o perigo da ‘História única’ no qual defendi que o confronto das diferentes narrativas e interpretações da História não devem ser considerados como sinónimos de traição para com a identidade nacional. Rapidamente se fizeram sentir reacções de dois comentadores que, de tão preocupados com a new left identitarista, se esqueceram de ler o que escrevi. Limitei-me a tentar introduzir alguma objectividade e moderação num debate que polariza a nossa sociedade mas a partir do momento em que utilizei palavras como ‘racismo, escravatura, colonialismo’ fui de imediato catapultada para esse ‘colectivo’ da elite bem-pensante obcecada com a ideologia do politicamente correto e com a ‘trilogia moral progressista.’

O problema da classe política e de muitos opinion-makers do momento é a ânsia com que pretendem atribuir aos outros rótulos e padrões mentais ideológicos segundo mundivisões pré-definidos pelos próprios. Com a pressa de catalogar opiniões ignoram a nuance. Fosse o mundo das ideias e do pensamento assim tão simples. Segundo uma visão prevalecente, de um lado da barricada estão os ‘hipócritas’ do politicamente correto e da ideologia progressista, e do outro, estão os detentores da verdade única. Percebo que quem assuma este combate como prioritário, não entenda, o que procuro escrever e defender.

Mas face às críticas expostas, em particular no artigo de João Pedro Marques, vejo-me obrigada a clarificar o seguinte:

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