Que bonita, esta quadra natalícia: as ruas iluminadas, os sorrisos das crianças, as infindáveis greves que provocam o caos em toda a parte. Vão ser dezenas de greves até ao final do ano. Felizmente, António Costa deu tolerância de ponto nos dias 24 e 31. Assim os funcionários públicos podem descansar um bocadinho de tanta greve.
A minha greve predilecta está a ser a dos enfermeiros. Para viabilizar a paralisação os enfermeiros fizeram contas a quanto custava apoiar os grevistas e efectuaram uma campanha de crowdfunding para financiar a greve. Estamos portanto na presença da primeira greve com um modelo de negócio. Quem disse que sector público e sector privado não podem coexistir em harmonia? Este exemplo combina na perfeição a típica greve do sector público com o empreendedorismo do sector privado. Parece é ser trabalhoso de organizar. Não daria muito menos trabalho ir simplesmente trabalhar?
Como é óbvio os funcionários públicos têm razões de queixa. De Passos Coelho, claro. Basta lembrar como em 2015 o PSD optou, maldosamente, por ganhar as eleições apenas com maioria relativa. Só para obrigar António Costa a formar a geringonça. Depois, claro, o actual primeiro-ministro não teve alternativa salvo ir a reboque dos comunistas na reposição de rendimentos. E perante isto que alternativa tinha Mário Centeno excepto cativar despesa ao ponto de deixar os serviços públicos à beira do colapso? Maquiavélico, aquele Passos.
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