Estou muito triste: o Papa disse que esta foi a JMJ mais bem organizada de todas!! Que insulto à improvisação portuguesa!! Onde está a nossa tradição de deixar tudo para a última hora?! Onde pára o desleixo lusitano?! Que é feito da tradição de fazer depois de amanhã o que devia ter ficado terminado antes de ontem?!

Isto é uma questão patriótica, uma questão de identidade nacional: está em causa a nossa soberania! Um Papa reconheceu, em 1179, a nossa independência nacional, e outro Papa, em 2023, destruiu a nossa essência como nação orgulhosamente caótica!

Por este caminho, qualquer dia comparam-nos aos bárbaros, ou seja, os alemães!! Corremos o risco de ser apontados como um exemplo de ordem e de disciplina e os germânicos o oposto, um povo de trafulhas e preguiçosos!!

Acreditem em mim: isto é muito pior do que as alterações climáticas!

Não é por nada, mas a tradição já não é o que era e isto vai de mal a pior! Não gosto de ser profeta de desgraças, mas o fim do mundo está cada vez mais próximo!! Depois não digam que eu não avisei!!!

Neste rescaldo da JMJ, desculpem este aparte bem-humorado, que é também um fruto desta tão grande graça, porque ser cristão é ser feliz, na alegria de se saber amado por Deus e de amar o próximo, porque há mais alegria em dar do que em receber. Foi essa a grande lição do Papa e dos peregrinos que invadiram o nosso país, as nossas cidades, as nossas ruas, as nossas casas, as nossas vidas e os nossos corações! Não em vão Nossa Senhora é a “cheia de graça”, ou seja, teologicamente, engraçadíssima!

Depois de dias tão intensos de espiritualidade, permitam-me o atrevimento deste momento de bom-humor, na certeza das minhas orações e amizade por todos, todos, todos!

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