Decorreu, no passado fim de semana, o Congresso do Partido Socialista. Não viu? Óptimo, pois acaba de encontrar uma estupenda súmula do evento. Uma espécie de apontamentos Europa-América do certame. Ah, afinal viu? Melhor ainda, porque foi uma maçada mesmo muito grande à qual ninguém prestou atenção. E nesta crónica tem só o suminho. Tudo concentrado. No fundo, isto é uma espécie de Tang do congresso do PS. O que, tendo em conta o histórico de desempenhos dos governos socialistas, é um bom nome para este concentrado. Tang. Mas também podia ser Aldrabic. Ou Moscambilh. Ou Patranh. Ou… Bom, é melhor avançarmos.

O que fica, de essencial, desta reunião do PS, é que o evento não se distinguiu muito de qualquer congresso do Partido Comunista Chinês. Embora tenha ficado evidente que António Costa está um bocadinho mais confiante do que é costume os seus congéneres chineses estarem, no que ao controlo que o partido exerce sobre o país diz respeito. Tanto é que, se virmos bem, neste momento, o PS é o Futebol Clube do Porto dos anos 90: domina de tal forma o sistema que, tal como no FC Porto daquela época qualquer treinador se arriscava a ser campeão, também no actual PS quem quer que seja eleito líder se arrisca a ser primeiro-ministro. E que possíveis futuros líderes de governo terá o PS em mente? Ora, é tempo de os elencar.

António Costa

Uma espécie de Pedroto do PS. Tal como, no FC Porto, Pedroto criou um clima que aprofundou o sentimento de ódio aos sulistas, no PS, Costa derrubou o muro e aprofundou o sentimento de amor aos comunistas. António Costa que liderará o PS até ter vaga numa daquelas instituições europeias cuja função ainda ninguém percebeu qual é, mas todos desconfiam ser complementar da tarefa a que se dedica aquela outra instituição europeia cuja finalidade ainda ninguém descortinou qual será. Costa fica até tal suceder, ou até às vésperas da próxima bancarrota. O que chegar primeiro.

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Fernando Medina

Não estão sempre a dizer que faz falta, à frente do governo, um profissional com experiência a gerir pessoas? Pois é. Então haverá poucos mais habilitados a liderar o governo que o, digamos, CEO da Câmara Municipal de Lisboa. Há é a questão de Medina não ser bem um CEO. É mais um director de recursos humanos alcoolizado, que não pára de contratar funcionários para assim ter mais pessoal para lhe pagar uns copos.

Mariana Vieira da Silva

Dizem que a política lhe corre nas veias. Desconheço se é verdade, porque, até ver, não é obrigatório o certificado de análises ao sangue. Agora, que está na política porque lhe corre nas veias um sangue para o qual contribuiu o seu pai ex-ministro, Vieira da Silva, lá disso não tenho grandes dúvidas. É também a pessoa que substitui António Costa quando ele vai de férias. E sabendo dos problemas que as férias de António Costa já trouxeram, nomeadamente com velhinhos, em campanhas eleitorais, é bom que Mariana Vieira da Silva ande a treinar o seu uppercut em dentaduras postiças de septuagenários.

Marta Temido

Portanto, quando estamos numa meritocracia premiamos o mérito, não é? Certo. Já quando se equaciona premiar toda a sorte de trapalhadas estamos numa nação de seu nome Portugal.

Pedro Nuno Santos

Perdeu um bocadinho de gás, neste congresso. É possível que o hidrogénio não lhe deixe tempo para outras fontes de energia, atenção. Ou é isso, ou é porque anda ocupadíssimo com tudo o que é meio de transporte. Ele é os aviões da TAP, ele é comboios comprados por atacado, ele é o maior contrato público de sempre, em autocarros. Enfim, o único veículo sobre o qual continuamos a não saber nada é mesmo o carro em que o ministro Cabrita seguia na A6.

Quinito

Sim, sim, Quinito. O treinador do FC Porto que, em 88/89, se auto-chicoteou psicologicamente à 11ª jornada. O quê? Com Rui Rio a “liderar” a “oposição” e o PS a eleger Quinito como secretário-geral, se calhar o histórico treinador sadino não ganhava as legislativas com maioria absoluta, queres ver?