Muitos políticos portugueses gostam de tratar os portugueses como se fossem estúpidos. A semana que passou mostrou três casos.
1. O PS, o PCP e o BE querem convencer os portugueses que houve um acordo sobre a Lei de Bases da Saúde. Os três partidos continuam a discordar sobre as PPPs, a questão central da legislação, mas combinaram dizer aos portugueses que tinham feito um “acordo”. No dia seguinte, Catarina Martins andou nas ruas a dizer que as PPPs tinham acabado. O ministro das Finanças, por outro lado, afirma que não acabaram. Centeno sabe o que é gerir as finanças públicas e também sabe que as PPPs poupam dinheiro aos portugueses, mantendo serviços de qualidade. Ou seja, está tudo como estava antes do anúncio do “acordo”.
Mentiras como esta prejudicam a qualidade da democracia. Será que os dirigentes do PS não percebem o elementar? Os comunistas e os bloquistas não se importam porque o seu objectivo é destruir a democracia portuguesa. Mas o PS deveria ter mais cuidado. Seria muito mais saudável, politicamente, se o PS fizesse a campanha eleitoral assumindo as divergências com as extremas esquerdas e defendendo as vantagens das PPPs na saúde. É isso que muitos dirigentes socialistas pensam em privado. Por que razão não o defendem em público?
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