Milhares de pessoas começaram a abandonar as suas casas à medida que o vulcão Mayon, na ilha de Luzon nas Filipinas, ameaça entrar em atividade. As autoridades já alertaram para uma erupção perigosa que deverá acontecer nas próximas semanas, disse o diretor do Instituto Filipino de Vulcanologia, Renato Solidum, à Agence France-Press. Todos os residentes num raio de oito quilómetros serão forçados a abandonar residências, e nos próximos três dias, as autoridades filipinas esperam conseguir evacuar as 50 mil pessoas que vivem perto do vulcão e que correm agora risco de vida.

Nas últimas horas, a rede de monitorização notou uma escalada de agitação no vulcão, divulgou o Instituto Filipino de Vulcanologia. Foram detetados 39 eventos de queda de rocha e 32 tremores de terra de fraca frequência, que indicam o rompimento da cúpula e a intrusão de magma ou atividade de gás vulcânico. O brilho da cratera tornou-se também observável, indicando a existência de lava. O nível de alerta foi por isso elevado de 2 para 3, o que significa que a atividade vulcânica é agora instável e que o magma se encontra à superfície.

O vulcão Mayon tem uma longa história de erupções mortíferas. Em 1814, mais de mil pessoas morreram quando lava escorreu na direção da cidade de Cagsawa e, em 2006, outras mil pessoas morrerem quando um tufão causou uma avalanche de lama vulcânica.

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