A comissão parlamentar de inquérito aos atos de gestão do BES e GES arranca segunda-feira às nove da manhã com a audição do governador do Banco de Portugal. Carlos Costa volta a ser ouvido sobre a resolução do Banco Espírito Santo, não obstante o banco central ter já confirmado que a auditoria forense ao BES não estará concluída a tempo da audição. Mesmo depois de concluída haverá limitações por causa do segredo de justiça.

O primeiro dia segue com as audições do vice-governador Pedro Duarte Neves que até há poucas semanas liderada o departamento de supervisão prudencial do Banco de Portugal, sendo por isso diretamente responsável pela gestão do processo do BES.

Ainda na segunda-feira será questionado o presidente do Fundo de Resolução, mecanismo que foi utilizado para capitalizar o Novo Banco. José Berberan Ramalho é também vice-governador do Banco de Portugal.

Terça-feira estão marcadas as audições dos presidentes do Instituto de Seguros de Portugal, José Almaça, e de Carlos Tavares, presidente da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.

As audições agendadas para quarta-feira são a do ex-ministro das Finanças socialista, Teixeira dos Santos, e da atual titular da pasta. Maria Luís Albuquerque será ouvida à tarde. Neste grupo ainda falta agendar a audição de Vítor Gaspar.

O calendário das primeiras audições, agora divulgado, já estava desenhado há praticamente uma semana, no entanto, alguns deputados da comissão levantaram a hipótese de haver adiamentos de audições, na medida em que muitos dos documentos pedidos foram só entregues nos últimos dois dias do prazo, que terminou quinta-feira. Várias entidades pediram mais tempo para entregar a documentação pedida.

 

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