A ministra das Finanças afirmou esta sexta-feira no Parlamento que o Governo está a acompanhar a situação no BES “há largos meses” mas que, sobre o Grupo Espírito Santo, não tem a responsabilidade de resolver os seus problemas. Em resposta ao deputado do PCP Paulo Sá, a ministra das Finanças garantiu que o Governo não vai resolver problemas de grupos privados.

“São situações de um grupo privado, sobre o qual o Estado não tem alçada, e como tal, não tem sob a sua responsabilidade resolver problemas de grupos privados”, disse aos deputados.

Sobre o BES, propriamente dito, a ministra disse apenas que este é um banco privado, no qual o Estado não colocou capital, mas que está a acompanhar naturalmente o processo – apesar de sublinhar que as competências de supervisão são do Banco de Portugal -, mas que não tem razões para temer instabilidade.

“O Governo não tem qualquer indicação que leve a crer que podemos ter quaisquer problemas de estabilidade financeira, em relação à instituição financeira”, disse a ministra, em resposta ao deputado do Bloco de Esquerda Pedro Filipe Soares.

A ministra deixou a garantia que o Governo “tudo tem feito no âmbito das suas competências para estar a par do que se passa que tenha relevância para a estabilidade financeira” e que “tem acompanhado a situação há largos meses”, “desde que houve razões para o fazer”, para ter a certeza que não há consequências para a estabilidade financeira.

Maria Luís Albuquerque reafirmou que não há riscos para a estabilidade financeira, citando o recente aumento de capital, bem sucedido, que foi realizado pelo banco. Com a operação, o banco recolheu mil milhões de euros para reforçar os capitais próprios.

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