A Fraternidade Missionária de Cristo-Jovem, em Requião, Famalicão, tem estado em destaque na atualidade depois das denúncias de maus-tratos e escravidão a jovens que lá viveram. A Polícia Judiciária abriu uma investigação e o padre fundador Joaquim Milheiro e outras três das fundadoras da Fraternidade foram constituídos arguidos.

Segundo conta o Jornal de Notícias na sua edição impressa desta quarta-feira, perante esta situação a Arquidiocese de Braga também pôs mãos à obra e decidiu afastar o padre Milheiro nomeando um novo para acompanhar a instituição. Também uma freira foi igualmente expulsa.

No entanto as dúvidas sobre o funcionamento da organização não são de agora. Isto porque D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, decidiu, há um ano, escolher um sacerdote para que realizasse visitas semanais à Fraternidade para celebrar missas e acompanhar as mulheres que por lá viviam. Agora vai ser, entre outras coisas, nomeado um outro sacerdote para seguir a vida na comunidade.

Ou seja, Joaquim Milheiros vai ser substituído por um padre a trabalhar atualmente em Famalicão e já não deverá regressar à Fraternidade. O padre natural de Portalegre vai ficar a viver na casa sacerdotal de Braga, por se encontrar doente.

Já Arminda, também arguida no processo, foi afastada “definitivamente” tendo tido de receber, inclusivamente, tratamento psicológico aquando do começo de toda a investigação. Outras duas irmãs que ainda vivem na comunidade – são elas Isabel, de 70 anos, também arguida, e Joaquina, de 72 – ficaram de decidir se querem continuar por lá ou não.

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