Agora com sinal reforçado em Lisboa 98.7 FM No Porto 98.4 FM Mundo / Conflito na Síria Seguir Sauditas dizem que a Rússia não vai conseguir salvar o regime sírio O ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, disse hoje que os esforços de Moscovo na Síria não estão a ajudar a manter Bashar al-Assad no poder. Agência Lusa Texto 14 Fev 2016, 14:05 i ANDREAS GEBERT/EPA ANDREAS GEBERT/EPA O ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, disse hoje que os esforços de Moscovo na Síria não estão a ajudar a manter Bashar al-Assad no poder.Jubeir disse, em conferência de imprensa em Riade, que os apoios anteriores, incluindo do Irão, “falharam” completamente. “Agora, Assad tem procurado o apoio da Rússia, mas Moscovo não vai conseguir salvá-lo”, disse o chefe da diplomacia saudita, que pediu aos russos para terminarem com as operações militares aéreas contra os grupos “moderados” da oposição da Síria.A Rússia, país aliado da Síria, iniciou os bombardeamentos em setembro do ano passado, atingindo, segundo os Estados Unidos, sobretudo os grupos armados pelo ocidente.Analistas referidos pela France Presse acreditam que a intervenção militar russa na Síria concedeu a Assad mais tempo no poder o que provocou um “profundo alarme no ocidente”.Mas, para o ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, está já a tornar-se impossível que um “homem responsável pela morte de 300 mil inocentes continue no poder”, referindo-se ao presidente sírio. A queda do regime é uma “questão de tempo porque mais cedo ou mais tarde vai cair, abrindo o caminho à construção de uma nova Síria, sem Bashar al-Assad”, disse Jubeir.O ministro saudita urgiu o regime sírio a permitir a “entrada imediata de assistência humanitária em todo o país e a pôr fim aos ataques militares contra civis inocentes”, dando possibilidade a uma transição política no país.Os 17 Estados que compõem o Grupo de Apoio à Síria e que conta com o envolvimento da Rússia e dos Estados Unidos, concordaram na sexta-feira encontrar meios para o fim das hostilidades nas próximas semanas, permitindo a entrada de auxílio humanitário às cidades mais afetadas pela guerra. Os mais críticos afirmam que o acordo está a ser prejudicado porque não inclui os grupos extremistas como o Estado Islâmico ou o Al-Nusra, da Al-Qaeda, permitindo à Rússia manter posições e continuar a defender os ataques aéreos contra os jhiadistas.Logo após a iniciativa diplomática de sexta-feira, a Síria lançou uma forte ofensiva que atingiu as zonas controladas pelos extremistas na cidade de Aleppo e que foi apoiada pela aviação russa e por tropas do Irão.