Três carros armadilhados provocaram esta quarta-feira mais de 80 mortos na cidade iraquiana de Bagdade, avança a agência de notícias Reuters, citando fontes da polícia e dos hospitais iraquianos. A France-Presse fala em 86 mortos. Dados anteriores davam conta de cerca de 70 mortos, naquele que já é considerado o ataque mais mortal registado este ano na capital do Iraque. De acordo com as autoridades iraquianas, o número de vítimas mortais pode ainda vir a aumentar.

A primeira explosão aconteceu da parte da manhã perto de um mercado em Sadr City, um dos distritos da capital iraquiana, provocando a morte de, pelo menos, 55 pessoas. Cerca de 68 ficaram feridas. O bairro reúne a maioria dos apoiantes do clérigo xiita Moqtada al-Sadr, líder de um movimento que se opõe ao governo iraquiano. A este primeiro ataque, seguiram-se outros dois da parte da tarde, na zona norte da cidade.

Uma das explosões, provocada por um bombista suicida à entrada do distrito de Kadhimiya, onde fica localizado um dos lugares mais sagrados para os xiitas, causou 17 mortos e 33 feridos. O outro ataque aconteceu na zona comercial do distrito de Jamea, predominantemente sunita, e matou, pelo menos, oito pessoas. Mais de 20 ficaram feridas.

Na terça-feira, um outro atentado em Bagdade provocou, pelo menos, 13 mortos. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque da manhã desta quarta-feira. O de terça e dois últimos atentados ainda não foram reivindicados.

As zonas comerciais e áreas públicas habitualmente frequentadas por muçulmanos xiitas estão entre os alvos mais frequentes dos ataques do Estado Islâmico, um grupo terrorista sunita, numa tentativa de minar os esforços encetados pelo governo iraquiano para manter a segurança na capital.

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