Alexis Tsipras e o partido Syriza estão a governar a Grécia com apenas 17,5% de apoio popular, de acordo com uma sondagem da Universidade da Macedonia divulgada este fim de semana. Há pouco mais de um ano, o então recém-eleito primeiro-ministro tinha índices de popularidade superiores a 70%, o que indica que os eleitores gregos estarão cada vez mais a castigar o governo pelos sucessivos pacotes de austeridade e reforma estrutural que tem assinado com os credores internacionais.
O governo do Syriza, em coligação com a extrema-direita dos Gregos Independentes, continua a gozar de uma maioria parlamentar de dois deputados, obtida nas eleições realizadas em setembro. Já nessa altura, Tsipras caía nas sondagens (face aos mais de 70% que chegou a ter) mas conseguiu a reeleição apesar de ter acabado de assinar o terceiro resgate ao país.
As medidas que têm sido aprovadas no parlamento grego, contudo, estão a fazer derrapar a popularidade do líder esquerdista. E, na opinião do último ministro das Finanças antes da eleição de Alexis Tsipras, Gikas Hardouvelis, a popularidade de Tsipras irá cair ainda mais à medida que as pessoas sentirem no bolso a quebra de rendimentos que virá das medidas que acabam de ser aprovadas a troco da luz verde para a primeira avaliação ao programa de resgate.
A sondagem, feita para a Skai TV, revelou que sete em cada 10 gregos estão insatisfeitos com a estratégia negocial que tem sido levada a cabo pelo governo de Tsipras. E quase nove em cada dez dizem-se globalmente insatisfeitos com o governo.
Nova Democracia leva oito pontos de vantagem sobre Syriza
A subir nas sondagens está o partido Nova Democracia, que perdeu o poder no final de 2014 mas cujo novo líder, Kyriakos Mitsotakis, já leva uma vantagem de oito pontos em relação a Alexis Tsipras e o Syriza.
Segundo a sondagem da Universidade da Macedonia, se as eleições fossem hoje o Nova Democracia levaria 25,5% dos votos, oito pontos acima dos 17,5% do Syriza.
Ainda assim, a sondagem mostrou que são mais as pessoas que preferem ver o governo a cumprir o mandato do que as que admitem um cenário de eleições antecipadas.