A passagem do furacão Irma pelas ilhas de Barbuda e de São Bartolomeu — onde existe uma grande comunidade portuguesa — foi marcada por telhados arrancados, barcos destruídos e casas fortemente danificadas pelos ventos na ordem dos 300 quilómetros por hora, escreve o jornal caribenho La 1ère.

Em Barbuda, há relatos de que a ilha esteve inteiramente incontactável durante 4 horas. As primeiras e mal conseguidas comunicações de rádio dão conta da destruição mas não têm, para já, informação vítimas mortais. A ilha tem menos de dois mil habitantes.
O jornal adianta ainda que inúmeros habitantes de São Bartolomeu tiveram dificuldade em encontrar abrigo para aguentarem a passagem da tempestade. O próprio delegado da prefeitura do governo regional teve de ser evacuado por várias vezes durante a noite.
Contactadas pelo Observador, várias rádios e jornais locais, que cobriam a passagem do Irma em direto, garantiram estar a passar por “condições nunca antes vistas, nem com o Gonzalo”. O Gonzalo foi um furacão de categoria 4 que em 2014 também passou diretamente sobre a ilha.
Há um grande número de portugueses em São Bartolomeu, território francês. O Observador tentou entrar em contacto com vários mas não obteve ainda resposta de nenhum deles. Citada pelo JN, a portuguesa Catarina Leite admitiu que corria “risco de vida”.
A força do vento foi considerada “sem precedentes”. Nas redes sociais foi partilhado um vídeo de um timelapse que mostra a evolução gradual em São Bartolomeu.
https://www.youtube.com/watch?v=jc_7GUXToyw&feature=youtu.be
É difícil para já avaliar os estragos ou apurar se há vítimas a registar.
Em baixo vamos atualizando o ponto de situação à medida que chegam novas informações.
Antigua e Barbuda
- As autoridades de Antigua dão conta de estragos mínimos, tendo três pessoas sido socorridas pelas equipas de emergência médica sem mortes a registar.
- Contudo, não há contacto com a ilha de Barbuda desde as 00h30 locais (05h30 em Lisboa).
Here is a report from #ABS on the impact of #H_Irma pic.twitter.com/kAsjnJchlC
— 268Weather (@268Weather) September 6, 2017
São Bartolomeu
- Confirmam-se cheias generalizadas em toda a ilha. A eletricidade está cortada em 100% da ilha, tal como em São Bartolomeu.
- O quartel dos bombeiros está submerso em 1 metro de água. Os bombeiros socorreram-se no primeiro andar.
- Várias casas estão destruídas e os telhados da ilha parecem ter sido quase todos arrancados pela força dos ventos.
Vários portugueses publicaram fotos e vídeos antes e após a passagem do furacão Irma. Um deles, identificado como “Boa Vida” mostrou apreensão quanto ao prognóstico do furacão.
Rebentou seja o k Deus quiser
Posted by Boa Vida on Tuesday, 5 September 2017
Também Luísa Lopes publicou fotografias de “tudo destruído”.
Está numa pausa mas já espreitemos tá tudo destruído irreconhecível coragem a todos nós para mais uma parte ???? estamos bem é o k emporta ???? 5h e42m
Posted by Luisa Lopes on Wednesday, 6 September 2017
Irma – des images de Saint Barth @ParisMatch pic.twitter.com/KhbYgMr6ha
— Pauline Lallement (@pau_lallement) September 6, 2017
São Martinho
- Os edifícios do governo não resistiram aos ventos do Irma.
- O governo da ilha está refugiado numa sala de betão.
- O quartel dos bombeiros ficou destruído.
- A situação é em tudo semelhante à de São Bartolomeu: telhados arrancados e eletricidade cortada.