Depois de ser ouvida por um juiz de instrução, a mulher que terá tentado raptar um bebé no último sábado no Hospital de S. João, no Porto, vai ficar em prisão preventiva e a aguardar julgamento na cadeia de Santa Cruz do Bispo, determinou esta segunda-feira o Tribunal de Instrução Criminal do Porto.

Segundo o Jornal de Notícias, a mulher terá entrado no sábado no serviço de obstetrícia do hospital, alegadamente vestida com uma bata branca, e terá tentado levar uma criança de um dos berçários, tendo sido impedida pela família.

O acesso a partir do exterior do hospital para o serviço de obstetrícia é eletrónico e feito através de um cartão de cada profissional do estabelecimento, tendo os próprios familiares que ser indicados e identificados para poderem entrar no serviço. Uma das visitas no serviço, pensando que se tratava de um profissional de saúde do hospital, abriu a porta à mulher de bata.

Contactada no domingo pela agência Lusa, uma fonte do Comando Metropolitano da PSP do Porto adiantou que a mulher, de 48 anos, entrou no quarto onde estava o bebé e familiares. A mulher “chegou a pegar na criança ao colo”, mas o pai estranhou a situação e decidiu chamar a polícia às 19h22 de sábado, tendo a suspeita acabado por ficar detida, disse a mesma fonte da PSP. Segundo a mesma fonte, a mulher ficou detida devido à “gravidade da situação”.

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Ainda esta segunda-feira, o Hospital de São João emitiu um comunicado onde garantiu que “nunca houve um caso de rapto consumado no Serviço de Obstetrícia” desde que foi instalado o sistema de segurança, há dez anos, e que os dispositivos de segurança “estiveram e estão permanentemente ativos”. Segundo a mesma nota enviada, os recém-nascidos utilizam todas uma pulseira eletrónica que “dispara o alarme sempre que a criança sai fora de um perímetro pré-definido no interior do serviço”.

Depois do sucedido, o hospital decidiu também abrir um inquérito interno para “esclarecimento completo” da tentativa de rapto. A PSP, noticia o JN, acredita que a mulher vigiou o hospital nos dias anteriores para preparar a melhor altura para o rapto.

Hospital de São João garante que todos os bebés usam pulseira eletrónica