O comércio entre China e Estados Unidos voltou a contrair em julho, segundo dados oficiais esta quinta-feira divulgados, face ao intensificar da guerra comercial entre Pequim e Washington, com um acordo a parecer cada vez mais difícil.

Os dados das alfândegas chinesas revelam que as importações de bens oriundos dos EUA caíram 19%, em relação ao mesmo mês do ano anterior. As exportações chinesas para os Estados Unidos caíram 6,5%.

Os governos dos dois países impuseram já taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de dólares de bens importados um do outro, numa guerra comercial que começou no verão passado.

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Na semana passada, Donald Trump anunciou a imposição de novas taxas alfandegárias, de 10%, sobre um total de 300 mil milhões de dólares de bens importados da China, a partir de 1 de setembro. Em retaliação, Pequim suspendeu as compras de produtos agrícolas norte-americanos.

No total, as trocas comerciais da China com o exterior registaram um crescimento homólogo de 5,7%, em julho, fixando-se em 2,74 biliões de yuans (346.709 milhões de euros). As exportações subiram 10,3%, enquanto as importações aumentaram 0,4%.

O excedente comercial fixou-se assim nos 310.260 milhões de yuans (39.282 milhões de euros), um aumento de 75,3%, em relação ao mesmo mês do ano anterior.

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Entre janeiro e julho, o comércio externo da China atingiu os 17,4 biliões de yuan (2,2 biliões de euros), com melhor desempenho das exportações – avançou 6,7% – do que as importações, que subiram 1,3%.

O excedente comercial do país asiático, no conjunto dos primeiros sete meses de 2019, é de 1,5 bilião de yuan (195.395 milhões de euros), mais 44,5% do que no mesmo período de 2018.